Raízen (RAIZ4) fez toda diferença no resultado da Cosan (CSAN3) no 4º trimestre; ações fecharam em forte baixa

Raízen “deve ser a ‘joia da coroa’ da Cosan pelo menos no curto prazo”, avaliam analistas

Augusto Diniz

Colheita mecanizada (Foto: divulgação/Raízen)

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Ao avaliarem o balanço da Cosan (CSAN3) do quarto trimestre, analistas foram unânimes ao afirmar que a Raízen (RAIZ4) foi o destaque positivo. No pregão desta segunda-feira (21), as CSAN3 caíram 2,67%; e a Raízen recuou 5,56%, a R$ 5,77.

Conforme o Bradesco BBI, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) da Cosan, de R$ 2,762 bilhões, foi “ligeiramente acima do consenso”. Na opinião do banco, a Raízen “deve ser a ‘joia da coroa’ da Cosan pelo menos no curto prazo”.

Segundo análise da instituição, “a melhora em nossas estimativas foi impulsionada principalmente pelos bons resultados da Raízen, que foram parcialmente compensados ​​pelos números mais fracos do que o esperado da Rumo (RAIL3)”.

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Cosan: foco em dividendos e investimentos

Com as subsidiárias – Raízen, Rumo e Compass (PASS3) – já tendo divulgado resultados, o Morgan Stanley diz esperar que a Cosan, na teleconferência com analistas do mercado nesta terça (22), o foco dos executivos possa estar “na remuneração dos acionistas e novas frentes de investimento daqui para frente”.

A instituição disse que “os resultados da Raízen permaneceram saudáveis ​​no 4T21, apesar das perspectivas desafiadoras para o segmento de açúcar, e a empresa registrou a maior margem de distribuição de combustíveis no Brasil que temos registrado, em R$ 156/m3”.

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Por outro lado, disse que os negócios ex-Comgás continuaram a pesar nos resultados da Compass, com Ebidta negativo de -R$ 57 milhões no último trimestre. O Bradesco BBI, por outro lado, apontou o crescimento de consumo de gás doméstico e industrial, o que deve favorecer a Compass esse ano.

Raízen (RAIZ4) forte e Rumo (RAIL3) fraca

O Credit Suisse avaliou que a Cosan teve um quarto trimestre superando as estimativas em cerca de +4%, explicado pelos fortes resultados da Raízen.

“Em nossa visão, os resultados foram mistos com uma Raízen forte, uma Rumo fraca, e tanto a Compass quanto a Moove (a última das quatro subsidiárias da empresa) praticamente em linha com nossas expectativas”, relatou o Credit Suisse.

Apesar dos bons resultados, a Credit Suisse informou “orientação conservadora” sobre a Cosan.

A Rumo apresentou prejuízo líquido de R$ 384 milhões no quarto trimestre de 2021 (4T21), revertendo lucro de R$ 3 milhões no mesmo período de 2020. Atribuiu o prejuízo à queda da safra de milho.

Abrindo relatório de análise do desempenho, o Credit Suisse escreveu sobre o desempenho: “Desculpa trazer más notícias”.

Para o Credit Suisse, os resultados fracos ocorreram apesar dos fortes volumes no trimestre e podem ser atribuídos a tarifas substancialmente mais baixas e margens, também impactadas pelo aumento nos custos de combustível.

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