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Ibovespa fecha em leve alta de 0,15%, entre ganhos de Petrobras e queda de Vale

A agenda de indicadores desta segunda-feira está esvaziada, mas ganhará força ao longo da semana aqui e no exterior

Equipe InfoMoney

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O Ibovespa fechou em leve alta de 0,15% nesta segunda-feira (26), aos 129.609 pontos, mesmo com a indefinição dos mercados de ações do Ocidente, pendendo para o negativo, após recentes ganhos, e com o declínio do minério.

A agenda de indicadores desta segunda-feira foi esvaziada, mas ganhará força ao longo da semana aqui e no exterior, com destaques principalmente a dados de inflação e do PIB no Brasil e nos Estados Unidos. Além disso, são esperados discursos de autoridades monetárias que poderão direcionar os investidores quanto às apostas para os juros mundiais, sobretudo nos EUA.

“A agenda da semana é muito mais puxada por dados econômicos do que por indicadores de empresas, como ocorreu na semana passada, especialmente em relação ao setor de tecnologia nos Estados Unidos”, descreve Rodrigo Ashikawa, economista da Principal Claritas.

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Agora, diz Ashikawa, o foco fica principalmente em indicadores de inflação e de atividade que poderão sinalizar como está a economia global. O economista destaca, por exemplo o PCE, o índice de preços favorito do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos), que será divulgado nos próximos dias. “O principal ponto é tentar ver o quanto esses dados estarão em sintonia com as recentes sinalizações de autoridades monetárias mundiais, para ver se conversam com os sinais da política monetária”, diz.

A cautela quanto ao número explica, majoritariamente, o fato de os benchmarks americanos terem fechado em queda. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq recuaram, respectivamente, 0,16%, 0,38% e 0,13%.

Os treasuries yields para dez anos subiram 1,6 ponto-base, a 4,276%, e a curva de juros brasileira acompanhou, com ajuda ainda de alguma cautela interna para o IPCA-15. Os DIs para janeiro de 2025 ganharam 1,5 ponto-base, a 10,03%, e os para 2027, oito pontos, a 10,12%. As taxas dos contratos para 2029 foram a 10,54%, com mais 7,5 pontos, e as dos para 2031, a 10,77%, com mais seis pontos.

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O dólar caiu 0,23%, a R$ 4,981 na compra e a R$ 4,982 na venda. Alguns profissionais citaram remessas ao exterior para justificar o impulso, ainda que momentâneo, nas cotações.

Internamente também tem a reunião do G20, em São Paulo, que durará quatro dias e receberá autoridades mundiais de finanças e banqueiros centrais. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pode não participar de forma presencial dos eventos do G20, pois testou positivo para covid-19.

Do lado positivo, as cotações do petróleo no exterior viraram para a alta quase no final do dia e as ações Petrobras (PETR3;PETR4) avançaram entre 1,89% (PN) e 1,05% (ON) – isso também após a estatal informar que venderá a sua participação de 18,8% na UEG Araucária. “É mais caixa para a empresa e num cenário de pouca noticia, ajuda”, sintetiza o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

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Já os papéis da Vale (VALE3) recuaram 2,42%, contaminando o setor metálico, depois da desvalorização de 3,21% do minério, em Dalian, na China, em meio a temores com a economia chinesa.

(com Estadão Conteúdo)