Pimco está considerando negociar “certas criptomoedas”, diz diretor

Gestora com US$ 2,2 trilhões em ativos avalia oportunidades com o crescimento dos ativos digitais

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A gestora Pimco, que administra cerca de US$ 2,2 trilhões em ativos, quer se envolver cada vez no mundo das criptomoedas diante de seu potencial de disrupção do mercado financeiro tradicional, segundo o diretor de investimentos da empresa, Daniel Ivascyn.

“Estamos analisando a possibilidade de negociar certas criptomoedas como parte de nossas estratégias de acompanhamento de tendências e estratégias quantitativas, e então trabalhar mais no lado fundamental”, disse ele em entrevista para a rede CNBC. “Portanto, este será um processo gradual no qual passamos muito tempo no lado da diligência interna falando com os investidores. E vamos dar os primeiros passos em uma área que está crescendo rapidamente”.

A fala ocorreu na última quarta, quando o Bitcoin (BTC) rompeu sua máxima histórica e encostou no patamar de US$ 67 mil, um dia após o lançamento do primeiro fundo de índice (ETF) dos Estados Unidos baseado na moeda digital. Nesta quinta, a cripto passa por uma correção, mas especialistas seguem confiantes de que novos patamares recordes devem ser atingidos este ano.

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Ivascyn disse que algumas das carteiras de hedge funds da Pimco já estão negociando títulos vinculados a criptoativos.

“Estamos negociando de uma perspectiva de valor relativo. Portanto, não estamos assumindo exposição direcional, mas estamos procurando tirar proveito da diferença de preços entre o produto à vista, a confiança popular vista nas exchanges, e nos futuros”, disse Ivascyn. “Então, esse foi um ponto de partida para nós em um segmento muito restrito de nosso negócio”.

O movimento de adoção às criptomoedas aumento bastante em 2021, com grandes empresas financeiras, incluindo PayPal e Fidelity, entrando nesse meio, enquanto companhias como a Square e a MicroStrategy usaram seus próprios balanços para comprar bitcoins.

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O Morgan Stanley foi o primeiro entre os bancos a oferecer fundos em Bitcoin a seus clientes, seguido rapidamente pelo Goldman Sachs. Mais recentemente, o U.S. Bank anunciou a custódia de criptomoedas como resultado a maior busca de seus clientes pelos ativos.

“Você tem que entender as finanças descentralizadas, porque será disruptivo, e muito bem pode perturbar nosso setor, em nosso negócio em particular”, disse Ivascyn.

A Pimco está “pensando em cenários em que isso possa nos levar para garantir que estejamos preparados competitivamente para lidar com o que é um ambiente em rápida mudança que oferece uma proposta de valor bastante significativa, especialmente para as gerações mais jovens, ou a nova geração da comunidade de investimentos”.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.