Petrobras (PETR3;PETR4) aprova pagamento de dividendo no valor de R$ 3,3489 por ação, totalizando R$ 43,7 bilhões

Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023

Equipe InfoMoney

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A Petrobras (PETR3;PETR4) anunciou nesta quinta-feira (3) a aprovação pelo seu Conselho de Administração do pagamento de dividendos no valor de R$ 3,3489 por ação preferencial e ordinária em circulação, no mesmo dia da divulgação de seu resultado do terceiro trimestre. O pagamento total é de R$ 43,7 bilhões.

Os dividendos serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de dezembro de 2022 e janeiro de 2023. A primeira parcela será no valor de R$ 1,67445 por ação preferencial e ordinária em circulação e paga em 20 de dezembro de 2022.

A segunda parcela, no valor de R$ 1,67445 por ação preferencial e ordinária, será paga em 19 de janeiro de 2023.

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Terão direito a receber todos os acionistas posicionados nos papéis em circulação na B3, até o dia 21 de novembro, e o record date para os que possuem ADRs é o dia 23 de novembro. As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 e na NYSE a partir de 22 de novembro de 2022.

Mais tarde, a companhia esclareceu que, do montante aprovado de R$ 3,3489, (i) R$ 3,144797 por ação se refere a antecipação da remuneração aos acionistas relativa ao exercício de 2022 e será declarado com base no balanço de 30 de setembro de 2022; e (ii) R$ 0,204103 por ação será pago à conta de reservas de retenção de lucros constantes no balanço do exercício social de 2021.

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A companhia informou que o dividendo proposto está alinhado à Política de Remuneração aos Acionistas, que prevê que, em caso de endividamento bruto inferior a US$ 65 bilhões, poderá distribuir aos seus acionistas 60% da diferença entre o fluxo de caixa operacional e as aquisições de ativos imobilizados e intangíveis (investimentos).

“Além disso, a política também prevê a possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários, desde que sua sustentabilidade financeira seja preservada”, afirma.

Segundo a estatal, a aprovação do dividendo proposto é compatível com a sustentabilidade financeira da companhia no
curto, médio e longo prazo e está alinhada ao compromisso de geração de valor para a sociedade e para os acionistas, “assim como às melhores práticas da indústria mundial de petróleo e gás natural”.

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“Vale destacar que no Plano Estratégico 2022-26 os projetos de investimentos solicitados pelas áreas de negócio foram atendidos por apresentar boa resiliência e por serem suportados pela geração de caixa operacional e o fluxo de desinvestimentos, sem efeitos adversos na alavancagem. Portanto, não existem investimentos represados por restrição financeira ou orçamentária e a decisão de uso dos recursos excedentes para remunerar os acionistas se apresenta como a de maior eficiência para otimização da alocação do caixa”, apontaram.

Cabe ressaltar que o pagamento de dividendos da companhia, com expectativa que chegasse a R$ 50 bilhões, foi cercado de polêmicas durante esta quinta-feira.

A Federarão Única dos Petroleiros (FUP) e a Anapetro, que representa os petroleiros acionistas minoritários da Petrobras foram contra aprovar o pagamento de um “megadividendo”.

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Superando pares estrangeiros

Os ativos PETR3 fecharam a sessão desta quinta em alta de 0,27% (R$ 33,46), enquanto os PETR4 tiveram ganhos de 0,30% (R$ 29,95).

O Credit Suisse avaliou o valor total do pagamento anunciado como positivo, totalizando R$ 43,7 bilhões, ou cerca de US$ 8,6 bilhões, perto do limite superior de suas estimativas entre US$ 6 bilhões e US$ 9 bilhões, com um dividend yield (valor do provento sobre o preço da ação) de cerca de 10%.

O Itaú BBA também avaliou o número como positivo, no meio do intervalo estimado de R$ 2,80 a R$ 3,80 por ação.” O dividendo anunciado corresponde a um rendimento de cerca de 11%, em comparação com nossa faixa estimada de 9% a 13% para o trimestre, com base sobre o valor do fechamento anterior”, apontaram os analistas do banco.

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O valor pago superou com folga gigantes do setor no Ocidente, segundo cálculos da Reuters. Com isso, os dividendos neste ano já alcançam mais de  R$ 100 bilhões, incluindo R$ 62 bilhões pagos no primeiro semestre, contribuindo com as contas do governo federal, o principal acionista da companhia, em ano de eleições presidenciais.

Os dividendos anunciados no terceiro trimestre serão pagos em duas parcelas iguais em 20 de dezembro e 19 janeiro de 2023, informou a petroleira em fato relevante ao mercado.

O valor anunciado pela petroleira neste terceiro trimestre, o equivalente a US$ 8,5 bilhões, é mais do que o dobro do aprovado pela Exxon Mobil, que anunciou US$ 3,7 bilhões.

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Também supera de longe os dividendos de companhias como Chevron Corp, Shell, TotalEnergies e BP -, que ficaram entre US$ 1,14 bilhão e US$ 2,7 bilhões, segundo dados compilados pela Reuters.

No segundo trimestre, os dividendos da Petrobras já tinham superado as chamadas “majors” do setor, com a companhia brasileira sendo beneficiada por alta nos preços do petróleo e custos relativamente mais baixo de extração no pré-sal.

(com Reuters)