Os 5 assuntos que vão movimentar o mercado nesta quinta-feira

Bolsas europeias e futuros dos EUA caem após Fomc; repercussão do Copom, MP da Eletrobras e mais destaques desta quinta-feira

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O noticiário desta quinta-feira (17) tem como destaque principalmente o desdobramento de acontecimentos da véspera, como a continuidade da repercussão do Federal Reserve mais “hawkish” (ou com uma postura mais contundente contra a inflação, sinalizando aperto das condições estimulativas) ao antecipar o debate sobre a alta de juros para 2023.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil também adotou uma postura mais dura: a elevação da Selic foi em linha com o esperado, com alta de 0,75 ponto percentual, a 4,25%, mas o Comitê deixou a porta aberta para uma alta até mais acelerada dos juros na próxima reunião de agosto.

Os olhos do mercado também se voltam para o Senado: o texto da MP da Eletrobras será votado nesta quinta-feira a partir das 10h. De forma a ampliar o apoio dos senadores à Medida Provisória que permite a privatização da companhia, o relator Marcos Rogério (DEM-RO) acolheu 19 emendas apresentadas pelos senadores em seu parecer e rejeitou 43 sugestões, ampliando a quantidade de jabutis – sugestões estranhas ao texto original – que há haviam sido aprovados pela Câmara. Confira os destaques:

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1.Bolsas mundiais

Os índices futuros americanos têm quedas nesta quinta-feira (17) de manhã, após o Federal Reserve elevar as expectativas de inflação, e indicar altas na taxa de juros dos Estados Unidos em 2023. Na Ásia, os índices fecharam com desempenhos variados, e na Europa as bolsas têm quedas, apesar de os papéis de bancos avançarem com a perspectiva de alta de juros.

Na quarta-feira (16), os índices americanos fecharam em queda, após a divulgação da declaração do Fed e de suas projeções econômicas. O Comitê Federal do Mercado Aberto (Fomc na sigla em inglês) da instituição havia se reunido entre terça e quarta.

Desde o ano passado, o Fomc vinha mantendo um tom grave sobre a pandemia, afirmando que ela vinha causando “tremendas dificuldades humanas e econômicas nos Estados Unidos e no mundo”. Na declaração mais recente, no entanto, ressaltou o progresso da vacinação, e afirmou que “indicadores de atividade econômica e emprego se fortaleceram. Os setores mais adversamente afetados pela pandemia continuam fracos, mas indicaram melhora”. Até terça-feira (15), 52,23% da população dos Estados Unidos havia sido vacinada, segundo dados oficiais compilados pelo site Our World in Data.

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Como esperado, a taxa de juros continuou ancorada próxima a zero. Mas as autoridades indicaram que elevações podem vir em 2023. Em março, haviam afirmado que não pretendiam elevá-las até 2024.

A expectativa para o PIB dos Estados Unidos em 2021 foi elevada de 6,5% para 7%. A previsão para a taxa de desemprego permaneceu inalterada, em 4,5%.

O banco central americano também elevou sua expectativa para a inflação nos Estados Unidos para 3,4%, uma alta de um ponto percentual em relação à previsão de março. O ajuste na previsão ocorre em um momento em que o país vem registrando as maiores altas de preços em 13 anos, em meio à recuperação da economia após um ano marcado pela pandemia de Covid. Mas o Fomc sinalizou que ainda acredita que a tendência é de que a taxa se aproxime da meta de 2% no longo prazo.

Em coletiva de imprensa, o presidente do Fed, Jerome Powell, reiterou que acredita que a inflação que vem sendo registrada nos Estados Unidos é transitória. “Nossa expectativa é de que as leituras de inflação irão arrefecer”, afirmou. Mas ponderou que parte da dinâmica econômica associada à reabertura da economia “eleva a possibilidade de que a inflação possa se mostrar maior e mais persistente do que nós prevíamos”.

Ele também disse que projeções sobre altas na taxa de juros deveriam ser encaradas com cautela. Questionado, Powell não sinalizou uma redução no programa de compra de títulos pelo Fed, que vem injetando US$ 120 bilhões no mercado por mês durante a pandemia.

Ele afirmou que o Fed continuará a monitorar a recuperação econômica, e avisará com antecedência antes de anunciar mudanças na política de compra de títulos.

Na quarta-feira, a China anunciou que liberará a exploração de metais industriais de suas reservas naturais como forma de regular o preço das commodities. Em Hong Kong, a negociação de ações da Next Digital foi pausada na quinta-feira após a Apple Daily informar que cinco de seus diretores, incluindo o editor-chefe e CEO, foram presos pela polícia de Hong Kong.

Mais cedo, autoridades haviam afirmado que haviam prendido cinco diretores de uma empresa, cujo nome não foi identificado, por “conluio com um país estrangeiro ou com elementos externos, arriscando a segurança nacional”.

Na China continental, o Shanghai composto subiu 0,21%; em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 0,1%; no Japão, o Nikkei fechou com queda de 0,93%; na Coreia do Sul, o Kospi recuou 0,42%.

Na Europa, as bolsas também registram quedas após o Fed sinalizar a possibilidade de elevar das taxas de juros dos Estados Unidos mais cedo do que o esperado, em 2023. O índice Stoxx 600, que reúne as ações de 600 empresas de todos os principais setores de 17 países europeus, caiu 0,3%. O setor de serviços perde 1,4%, enquanto que as ações de bancos avançam 2,6%, impulsionadas pela expectativa de aumento dos juros.

Ações da empresa alemã de biotecnologia CureVac caíram mais de 45% após testes com sua vacina contra a Covid não atingirem as metas, arriscando uma potencial venda em massa de doses para a União Europeia.

Nesta quinta, também foram divulgados dados sobre inflação em maio na Zona do Euro. Uma forte alta nos preços da energia e serviços mais caros elevaram a inflação ao consumidor na região m maio como esperado, confirmaram dados nesta quinta-feira, levando a taxa de alta dos preços pouco acima da meta do Banco Central Europeu. A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, confirmou que a inflação nos 19 países que usam o euro subiu 0,3% em relação ao mês anterior e 2,0% na comparação anual, como estimado mais cedo. O BCE quer manter a inflação abaixo, mas perto de 2%.

Veja o desempenho dos principais índices às 7h40 (horário de Brasília):
*S&P 500 Futuro (EUA), -0,36%
*Nasdaq Futuro (EUA), -0,54%
*Dow Jones Futuro (EUA), -0,33%
Europa
*FTSE (Reino Unido) -0,43%
*Dax (Alemanha), -0,07%
*CAC 40 (França), -0,04%
*FTSE MIB (Itália), -0,12%
Ásia
*Nikkei (Japão), -0,93% (fechado)
*Hang Seng Index (Hong Kong), +0,43% (fechado)
*Kospi (Coreia do Sul), -0,42% (fechado)
*Shanghai SE (China), +0,21% (fechado)
Commodities e bitcoin
*Petróleo WTI, -0,069%, a US$ 72,11 o barril
*Petróleo Brent, -0,11% a US$ 74,32 o barril
*Bitcoin -1,35%, a US$ 39.369,36
**A Bolsa de Dalian fechou com o minério de ferro em alta de 1,03%, cotado a 1223,5 iuanes, equivalente hoje a US$ 190,2 (nas últimas 24 horas).
USD/CNY = 6,43

2. Agenda

Além de seguir repercutindo o Fomc, os investidores domésticos também repercutem a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) da noite da última quarta-feira. Apesar do Comitê de Política Monetária (Copom) não surpreender ao elevar a Selic em 0,75 ponto percentual, para 4,25%, o comunicado trouxe algumas mudanças que podem levar a novas discussões para analistas e investidores.

A visão agora é que o Banco Central deixou espaço aberto para acelerar o ritmo de altas de juros na próxima reunião, no início de agosto, com a Selic podendo encerrar 2021 acima do atual patamar previsto pelo mercado no último relatório Focus, de 6,25%.

O Copom reconheceu que a pressão inflacionária continua maior do que o esperado, especialmente em se tratando de bens industriais, mesmo com a valorização do real. De acordo com a instituição, a inflação continua impulsionada pela lenta normalização da oferta, a “resiliência” da demanda e a “deterioração do cenário hídrico”, que pressiona os preços com a alta da energia.

Confira a análise sobre a decisão do Copom no vídeo abaixo: 

Ainda no radar doméstico, os investidores devem acompanhar a partir das 8h30 (horário de Brasília) a participação de Paulo Guedes, ministro da Economia, no Fórum Nacional da Cadeia de Abastecimento da Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

Já na agenda de indicadores do dia, atenção para os EUA, com a divulgação às 9h30 dos pedidos de auxílio-desemprego da semana até 12 de junho, com a expectativa de 359 mil pedidos, segundo consenso Refinitiv. No mesmo horário, o Fed da Filadélfia divulga seu Índice de Atividade Industrial, Índice de Condições Empresariais e dados sobre emprego, relativos a junho. A Secretária do Tesouro, Janet Yellen, testemunha na Câmara dos Representantes sobre orçamento às 11h.

3. Covid no Brasil

Na quarta (16), a média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 2.007, alta de 8% em comparação com o patamar de 14 dias antes. Em apenas um dia, foram registradas 2.763 mortes.

As informações são do consórcio de veículos de imprensa que sistematiza dados sobre Covid coletados por secretarias de Saúde no Brasil, que divulgou, às 20h, o avanço da pandemia em 24 h.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 72.051, alta de 10% em relação ao patamar de 14 dias antes. Em apenas um dia foram registrados 85.861 casos.

Chegou a 58.351.653 o número de pessoas que receberam a primeira dose da vacina contra a Covid no Brasil, o equivalente a 27,56% da população. A segunda dose foi aplicada em 24.136.412 pessoas, ou 11,4% da população.

Em depoimento à CPI da Covid na quarta, o ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, afirmou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) investiu em uma narrativa sobre a Covid visando fragilizar os governadores por adotarem medidas de distanciamento social que classificou como necessárias.

Segundo Witzel: “O presidente deixou os governadores à mercê da desgraça que viria. O único responsável pelos 450 mil mortos que estão aí tem nome, endereço e tem que ser responsabilizado, aqui, no Tribunal Penal Internacional, pelos fatos que praticou (…) O governo federal, para poder se livrar das consequências do que viria com a pandemia, criou uma narrativa. Os governos estaduais ficariam em situação de fragilidade, porque não teriam condições de comprar os insumos, respiradores e, inclusive, atender os seus pacientes no Sistema Único de Saúde (…) Então, o que ficou claro é que a narrativa construída pelo governo federal foi para colocar os governadores numa situação de fragilidade, porque os governadores tomaram as medidas necessárias de isolamento social. E isso tem repercussões econômicas”.

O ex-governador compareceu mesmo tendo obtido um habeas corpus permitindo que deixasse de ir. Witzel aproveitou seu depoimento à CPI para afirmar que a investigação contra ele foi direcionada, e que foi vítima de um linchamento moral no processo que resultou em seu impeachment. O ex-governador relatou que não tinha diálogo com Bolsonaro, o que o Estado estava em uma situação “crítica”.

Nesta quinta-feira, a CPI da Covid ouve Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU) a partir das 9h. Ele foi responsável por elaborar e incluir no sistema da Corte estudo paralelo em que alega que metade das mortes por covid-19 ocorreram por outras razões.

Na noite de quarta, o Ministério da Saúde anunciou a antecipação do recebimento de 7 milhões de doses da vacina contra Covid-19 desenvolvida em parceria entre o laboratório norte-americano Pfizer e a alemã BioNTech. Assim, a previsão para o próximo mês foi elevada a 15 milhões de doses. “Até o fim do ano, 200 milhões de doses da Pfizer vão desembarcar por aqui para turbinar nossa campanha de vacinação contra a Covid-19!”, acrescentou a pasta.

4. Contas públicas, apagão no Amapá, lei de improbidade

A Secretaria-Geral da Presidência informou na noite de quarta que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) enviou ao Congresso um projeto de lei para abertura de crédito suplementar em favor de diversos órgãos do Poder Executivo no valor de R$ 164 bilhões.

“A finalidade desse crédito suplementar é o reforço de dotações constantes da Lei Orçamentária vigente para despesas relevantes, referentes a pessoal e encargos sociais e a despesas com a previdência urbana e rural”, disse a Secretaria-Geral em nota.

Segundo o comunicado, se aprovado, o crédito será financiado a partir do cancelamento de dotações orçamentárias. Assim, não geraria custo adicional aos cofres públicos.

O crédito é anunciado em um momento em que as contas do governo vêm sendo questionadas. Reportagem de bastidores publicada pelo jornal Folha de S. Paulo na terça-feira afirmou que uma auditoria financeira feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sobre estimativas contábeis do passivo da Previdência Social afirma que o governo Bolsonaro subavaliou os valores do regime dos militares em R$ 45,5 bilhões. Assim, teria minimizado a possibilidade de um rombo no futuro.

Também afirma que o governo superavaliou os números relativos aos servidores civis da União, informando um gasto maior do que o verdadeiro.

A auditoria serve como base para o parecer sobre as contas do presidente da República, que precisam ser aprovadas pelo órgão e devem ser julgadas nesta semana.

Segundo o parecer, “é curioso observar essa diminuição artificial do impacto dos benefícios militares e o aumento do dos demais servidores (…) As falhas alinham-se à forma como o governo conduziu a discussão das reformas do setor público, administrativa e previdenciária”. Ainda segundo a nota, os militares “tinham receio de que a divulgação dessa informação viesse a desfavorecê-los numa eventual reforma da previdência”.

Uma reportagem publicada nesta quarta pelo jornal O Estado de S. Paulo, afirma que o presidente Jair Bolsonaro encomendou ao ministro da Economia, Paulo Guedes, o reajuste do salário de servidores em 2022. Segundo a reportagem, o presidente não quer entrar em ano eleitoral sem conceder o ajuste, o que inclui forças de segurança; uma correção de 5% teria custo de R$ 15 bilhões.

Ainda no radar, o Amapá passou por um novo blecaute na tarde de quarta, ainda sem causas esclarecidas, e a energia foi restabelecida pouco menos de duas horas após o ocorrido, informou o ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) em nota. Segundo o comunicado, às 16h05 houve o desligamento automático de todos os equipamentos da área Amapá, a partir da área LT 230 kV Laranjal/ Macapá C.1 C.2, com a interrupção estimada de 250 megawatts (MW) de carga. “Às 16h21, foi iniciada a recomposição e, às 17h59, toda a carga já estava restabelecida”, afirmou o operador.

A Eletronorte, subsidiária da Eletrobras, disse em comunicado visto que não foi responsável pelo desligamento da carga. Em novembro do ano passado, o estado passou por um forte apagão, que afetou cerca de 90% do fornecimento de energia e levou quase um mês para a normalização total.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou em relatório divulgado em fevereiro que o blecaute esteve associado a questões como falhas na manutenção e poderia ter sido evitado. O apagão rendeu multa de R$ 3,67 milhões à Linhas do Macapá Transmissora de Energia (LMTE), da Gemini Energy, responsável por uma subestação onde o problema teve origem.

Além disso, a Câmara dos Deputados aprovou na quarta o texto-base de um projeto que revisa a Lei de Improbidade Administrativa. Ela pode reduzir a possibilidade de punição de agentes públicos envolvidos em irregularidades. A eventual punição ocorrerá apenas para agentes públicos que agirem com dolo, ou seja, com intenção de lesar a administração pública, segundo a Agência Câmara.

Ações movidas por atos de improbidade administrativa têm caráter civil e ocorrem em casos, por exemplo, de enriquecimento ilícito e fatos que atentem contra a administração pública. Elas não levam a prisão em caso de condenação. Mas, como pena, podem levar a uma pessoa a ter de devolver recursos públicos, bens indisponíveis e ficar com os direitos políticos suspensos.

Segundo a Agência Câmara, pelo texto, o agente será punido se agir com vontade livre e consciente de alcançar o resultado ilícito, não bastando a voluntariedade do agente. O mero exercício da função ou desempenho de competências públicas ou a intepretação da lei sem comprovação de ato doloso com fim ilícito também afastam a responsabilidade do autor.
Em nota, a Associação Nacional dos Procuradores dos Estados e do DF lamentou a aprovação do texto-base da nova Lei de Improbidade.

“O texto apresenta um grande recuo na proteção aos interesses da sociedade quando retira do ente lesado a possibilidade de buscar a reparação do dano e a punição dos atos ímprobos (…) O trecho que prevê exclusividade ao Ministério Público para propor ações de improbidade administrativa faz com que a União, os Estados e os municípios fiquem dependentes da atuação de outra instituição para buscar o ressarcimento do dano ao erário. É uma lamentável redução da atuação de órgãos de combate à corrupção, como é o caso da Advocacia Pública”, afirmou.

5. Radar corporativo

O texto da MP da Eletrobras será votado nesta quinta-feira a partir das 10h e até lá, os senadores poderão apresentar sugestões de destaques, que podem alterar o teor do parecer. De forma a ampliar o apoio dos senadores à Medida Provisória que permite a privatização da companhia, o relator Marcos Rogério (DEM-RO) acolheu 19 emendas apresentadas pelos senadores em seu parecer e rejeitou 43 sugestões, ampliando a quantidade de jabutis – sugestões estranhas ao texto original – que há haviam sido aprovados pela Câmara. Confira mais clicando aqui.

Já o governo de Santa Catarina acelerou a liberação de licenças ambientais para garantir um investimento de R$ 442 milhões pela JBS para modernização e ampliação de uma unidade de sua controlada Seara Alimentos e de uma planta de biodiesel, afirmou a secretaria estadual de Agricultura em nota nesta quarta-feira. A unidade da Seara está localizada na cidade de Itaiópolis, e a de biodiesel, em Mafra. Segundo o comunicado, o secretário de Estado da Agricultura, Altair Silva, esteve nos municípios para entrega da licença ambiental prévia aos diretores e executivos da empresa. A licença ambiental prévia, emitida pelo Instituto do Meio Ambiente (IMA), é a primeira de três autorizações ambientais obrigatórias e declara a viabilidade locacional do empreendimento.

A Vale, por sua vez, prestou informações com relação ao termo de interdição lavrado pela Superintendência Regional do Trabalho (SRT), destacando que continuam suspensos o acesso de trabalhadores e a circulação de veículos na zona da inundação da barragem Xingu, incluindo da Mina Alegria. Por enquanto, acrescenta a mineradora em comunicado ao mercado, “é permitido apenas, mediante rigoroso protocolo de segurança, o ingresso de pessoas que trabalham nas atividades de estabilização da estrutura e nas ações estruturantes para implementação do trem não tripulado”.

Após a interdição, a mineradora informa ainda que deu início a testes para implantação de trem não tripulado, com carga reduzida. Durante a fase de testes do trem não tripulado, há menor circulação de composições no ramal, com velocidade reduzida, com retorno gradual da carga transportada. Após a integral implementação, o trem não tripulado percorrerá um trecho de 16 km por meio de sistema de controle integrado capaz de realizar operações de aceleração e frenagem dinâmica de forma automática.

Na tarde da véspera, o Conselho Administrativo de Defesa (Cade) aprovou, sem restrições, a compra da Linx pela Stone,  entendendo que o negócio não representa riscos ao mercado.

Executivos Aegea e Iguá Saneamento afirmaram na quarta que as empresas podem participar do leilão do lote 3 da empresa estadual de saneamento fluminense Cedae. O edital deve ser lançado até setembro e o certame pode acontecer ainda neste ano. O lote 3 foi ofertado no leilão de abril, mas não teve interessados. O bloco era formado originalmente por seis cidades que estão situadas em áreas de elevados níveis de insegurança, baixa densidade e alta inadimplência.

(com Reuters e Estadão Conteúdo)

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