Ações da Oi (OIBR3 OIBR4) recuam em dia que pode concretizar venda de unidade móvel

Semana passada empresa informou que pretendia concluir a venda da unidade móvel no dia 20 de abril

Equipe InfoMoney

Loja da Oi Móvel/Oi telecomunicações em São Paulo (Foto: Paulo Fridman/Corbis via Getty Images)

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As ações da Oi (OIBR3;OIBR4) recuam no pregão desta quarta-feira (20), data prevista para o fechamento da operação de venda de sua unidade móvel ao consórcio formado por Telefônica Brasil (VIVT3), TIM (TIMS3) e Claro.

Por volta das 13h09, os papéis ON da Oi recuam 1,11%, cotados a R$ 0,90, e os PN caem 2,61%, a R$ 1,49. Mas nos últimos dias as ações ON acumulam alta de 12,5% e as PN sobem 5,6%. Enquanto isso, no pregão de hoje, as ações da Vivo recuam 0,60% e as da TIM caem 0,44%.

Semana passada, a Oi informou que pretendia concluir a venda da unidade móvel dia 20 de abril e que as companhias envolvidas trocaram notificações confirmando o cumprimento ou dispensa, conforme o caso, de “todas as condições precedentes para a conclusão da operação”, dando continuidade aos procedimentos necessários para a conclusão do negócio.

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Confirmando-se a venda, se encerra um movimento iniciado em dezembro de 2020, quando Oi – como forma de angariar recursos para sua saída da recuperação judicial, em que está desde 2016 – vendeu por R$ 16,5 bilhões os seus ativos móveis para os três concorrentes.

Antes da venda da unidade móvel, a Oi vendeu suas torres e data centers, também em 2020, por R$ 1,4 bilhão. A Highline do Brasil, do private equity Digital Colony, comprou a unidade de torres por R$ 1,067 bilhão. Já a Titan Venture Capital ficou com a unidade de data centers, com uma oferta de R$ 325 milhões.

Recuperação Judicial da Oi

Há três semanas, a empresa informou que o fim previsto para o processo de recuperação judicial foi postergado por mais 60 dias. O prazo original venceria dia 31 de março, mas prorrogação foi necessária para acolher novas determinações do juiz responsável pelo processo, Fernando Viana, da 7.ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro.

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O processo de recuperação judicial se arrasta há mais de cinco anos, após a Oi acumular R$ 65 bilhões em dívidas com 55 mil credores. De lá para cá, a tele conseguiu aprovar um plano de recuperação, que mais tarde foi modificado, incluindo mais vendas de ativos, descontos nos pagamentos a credores e prorrogação de prazos.

Esse processo tinha o fim previsto para outubro de 2021, mas recebeu aval dos credores para se estender até maio de 2022 por causa de sua complexidade. Na ocasião, entretanto, o juízo fixou a data de março, que agora acabou também não sendo cumprida.

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Balanço

A Oi deve divulgar o seu balanço do quarto trimestre na próxima semana, no dia 27 de abril e realizar teleconferência no dia seguinte. A companhia adiou a divulgação, prevista inicialmente para o dia 29 de março, por conta da complexidade da segregação de ativos que integram a UPI Ativos Móveis vendidas pela operadora.

Entretanto, divulgou alguns dados preliminares. A receita líquida preliminar atingiu a cifra de R$ 4,525 bilhões no quarto trimestre de 2021, uma redução de 4,1% na comparação com igual etapa de 2020.

O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) de rotina cresceu 1,6% no último trimestre do ano passado, totalizando R$ 1,484 bilhão.

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Já o caixa da operadora passou de R$ 4,554 bilhões no 4T20 para R$ 3,288 bilhões no 4T21.

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