Mudança no Ethereum é “maior esforço de descarbonização da história”, diz cofundador Vitalik Buterin

Atualização realizada na madrugada de quinta-feira (15) reduziu o uso de energia e as emissões de dióxido de carbono do Ethereum em 99,9%, segundo estudo

CoinDesk

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A atualização Merge do Ethereum reduziu o consumo mundial de energia em 0,2%, de acordo com o cofundador da blockchain Vitalik Buterin. O russo-canadense, que é a principal cabeça por trás do projeto, aponta que o evento é um dos maiores esforços de descarbonização da história.

Realizada na madrugada de quinta-feira (15), a atualização reduziu o uso de energia e as emissões de dióxido de carbono do Ethereum em 99,9%. Tal redução significa que a rede agora libera menos dióxido de carbono (CO2) que algumas centenas de residências dos Estados Unidos durante um ano inteiro de uso de eletricidade. Os dados são de um novo relatório do Crypto Carbon Ratings Institute (CCRI).

“Estamos muito satisfeitos por ter encomendado este relatório do CCRI, que comprova o impacto da Ethereum Merge como provavelmente o maior esforço de descarbonização de qualquer setor na história”, disse, em nota, o fundador da ConsenSys, Jospeh Lubin, que também cofundou a Ethereum.

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A tão esperada Merge impediu os mineradores de criptomoedas de trabalhar no Ethereum, que migrou de um sistema chamado de prova de trabalho (proof-of-work, ou PoW) para um mecanismo de prova de participação (proof-of-stake, ou PoS), que não requer grandes fazendas com servidores em execução de cálculos complexos e, portanto, tende a consumir menos energia.

A quantidade de energia consumida pelo sistema antigo, que é similar ao usado pelo Bitcoin (BTC) e outras blockchains, é criticada por legisladores e ativistas no mundo todo.

Antes de sua transição para o modelo mais ecológico, uma única transação na rede Ethereum usava 200,05 quilowatts-hora (kWh) de eletricidade, comparável ao consumo médio de uma residência nos EUA em 6,7 dias, de acordo com estimativas do CCRI.

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Transição energética?

O Bitcoin ainda usa o sistema de prova de trabalho. No entanto, alguns defensores da moeda digital argumentam que a mineração de Bitcoin usa uma proporção maior de energia renovável do que outras indústrias e pode realmente ajudar na transição mundial para uma energia mais limpa.

Michael Saylor, que transformou a desenvolvedora de software MicroStrategy em um cofre corporativo de Bitcoin, argumentou na quarta-feira (14) que a mineração de Bitcoin é “o uso industrial mais eficiente e mais limpo da eletricidade”.

A Fusão do Ethereum, no entanto, é vista não só como um benefício para o meio ambiente, como também um meio de atrair mais dinheiro de investidores ESG – aqueles que investem apenas em empresas e indústrias que atingem determinados objetivos ambientais, sociais e de governança corporativa.

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Investidores impedidos de comprar tokens que rodam em sistemas PoW podem comprar ETH, o token nativo da Ethereum, após a migração para PoS, disse o Bank of America em um relatório esta semana.

No entanto, quem minerava ETH antes da Fusão agora passa a minerar outros ativos digitais baseados em PoW, como Ethereum Classic (ETC), Ravencoin (RVN) e Beam (BEAM).

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