MSCI vai ampliar participação da Magazine Luiza em índices

A demanda adicional estimada para os papéis da Magalu após o rebalanceamento é de 8,1 milhões de ações ou cerca de US$ 84 milhões

Anderson Figo

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SÃO PAULO — O Morgan Stanley Capital Internacional (MSCI) vai aumentar o peso das ações da Magazine Luiza (MGLU3) tanto no MSCI Brazil quanto no MSCI Emerging Markets — índices que acompanham as principais ações brasileiras e de mercados emergentes, incluindo os da América Latina.

O aumento faz parte do rebalanceamento semi-anual que ocorrerá neste mês em todos os índices MSCI. Na semana passada, já havia sido informado que a M.Dias Branco (MDIA3) será substituída por Hapvida (HAPV3) no portfólio das economias emergentes.

A ação do Magazine Luiza faz parte dos índices MSCI desde maio de 2018. Um aumento de peso é interessante para a empresa, uma vez que os índices MSCI são utilizados como referência para diversos fundos passivos (que acompanham benchmarks) ao redor do mundo.

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Na prática, isso quer dizer que quando a composição da carteira de um índice MSCI muda, os fundos que o seguem precisam comprar ou vender ações para se adequar aos novos pesos e composições dos portfólios.

A demanda adicional estimada para os papéis da Magalu após o rebalanceamento é de 8,1 milhões de ações ou cerca de US$ 84 milhões.

As ações da Magazine Luiza sobem cerca de 95% em 2019. Nesta semana, a empresa levantou R$ 4,73 bilhões em uma oferta e, com isso, o novo capital social da companhia passou a ser de R$ 6.070.911.472,00, dividido em 1.624.731.712 ações ordinárias.

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Os acionistas controladores da varejista, LTD Administração e Participações e Wagner Garcia Participações, aproveitaram a oferta para vender R$ 403 milhões — 10 milhões de papéis.

Segundo a Bloomberg, o fundo de ações brasileiro com melhor performance entre pares nos últimos três anos (Alaska) também reduziu a sua posição na Magalu.

O Alaska tem Magazine Luiza como uma de suas principais posições desde o fim de 2015, época em que varejista iniciava uma transição bem-sucedida em uma operação de e-commerce com lojas físicas.

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A ação da Magalu já subiu mais de 35.000% desde a sua mínima histórica, em dezembro de 2015.

MSCI Emergentes

O índice de emergentes também vai aumentar consideravelmente sua exposição em ações de empresas chinesas.

Isso vai levar a uma transferência de US$ 1,7 bilhão de capital que estava investido na América Latina para o gigante asiático, que responderá por 33,7% da composição do índice contra os atuais 32,2%.

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O peso da América Latina, por sua vez, cairá de 11,7% para 11,3%. A Argentina terá três ações de empresas do país removidas do índice: da BPAR Tecnologia, da PAM e da Transportadora de Gas del Sur (TGS).

A Colômbia também perderá importância no índice. Serão removidas duas ações de companhias colombianas: a do Grupo de Inversiones Suramericana e a da Cementos Argos.

Com o rebalanceamento, o Brasil agora responderá por 64,5% da carteira latino-americana, seguido pelo México, com 21%, Chile (6,9%), Colômbia (3,3%), Peru (3,1%) e Argentina (1,2%).

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Anderson Figo

Editor de Minhas Finanças do InfoMoney, cobre temas como consumo, tecnologia, negócios e investimentos.