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MRV (MRVE3) tem maior queda do Ibovespa em 2024 e opera em tendência de baixa; veja o que esperar pela análise técnica

Com Gol (GOLL4) fora do Ibovespa, as ações da MRV lideram perdas do índice, com queda de cerca de 36% em 2024

Rodrigo Petry

Gráfico de 60 minutos MRVE3, do final de 2023 até meados de fevereiro. Fonte: Clear Trader

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O ano de 2024 tem sido extremamente negativo para as ações da MRV (MRVE3), que lideram as perdas do Ibovespa, com queda de cerca de 36% até o dia 15 de fevereiro. Esse desempenho só não é pior do que o da Gol (GOLL4), que desaba 72%, mas que não está mais dentro do Ibovespa por conta do pedido de recuperação judicial nos EUA.

Entre os fatores que contribuem para a perda de valor da construtora neste ano estão cortes de recomendação e de preço-alvo, como o realizado pelo UBS-BB, pela “alta complexidade financeira da companhia“, e repercussões negativas após prévias operacionais. Isso leva o papel a ser apontado como de alto risco, mesmo após analistas apontarem que o ponto crítico do “turnaround” já passou.

Diante deste cenário, do ponto de vista da análise técnica, as ações da MRV encontram-se em tendência de baixa, seja no período de curto, médio ou longo prazos, assim como operam com o indicador de Índice de Força Relativa (IFR-14 diário) sobrevendido.

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MRVE3: Análise técnica

Nesta quinta-feira, após cair 2,1% na sessão posterior ao Carnaval, por volta das 13h50, MRVE3 tem sessão de recuperação, com alta de 1,7%, a R$ 7,13.

Para o analista técnico Rodrigo Paz, com base no fechamento da véspera, a R$ 7,01, as ações da MRV contam com os seguintes pontos de suporte: R$ 6,70 (1), R$ 6,00 (2) e R$ 5,50 (3). Já as resistências encontram-se em R$ 8,20 (1), R$ 10,70 (2) e R$ 12,16 (3).

Com as perdas acumuladas em 2024, portanto, o ativo reforça sinais de “continuidade de sua tendência de baixa” e devolve os ganhos de aproximadamente 35%, registrados nos últimos dois meses de 2023, pontua Paz. 

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Segundo ele, analisando o gráfico no médio prazo (veja logo abaixo), é possível observar a tendência de baixa, com médias inclinadas para baixo e potencial para continuidade deste movimento.

“A última mínima formada está na faixa de R$ 6,70 e, caso seja rompida, poderá dar continuidade ao movimento vendedor, a fim de buscar suportes na faixa de R$ 6,00/ R$ 5,50, sendo o alvo mais longo na na região de R$ 5,00/ R$ 4,90”, diz.

Para retomar movimento positivo, acrescenta ele, será necessária entrada de forte fluxo comprador, o que poderia levar à recuperação do ativo.

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Assim, reforça Paz, será preciso o ativo romper as médias curtas (MME9 e MMA21) nos R$ 8,21/ R$ 9,14, para então mirar alvos mais altos na região de R$ 10,70, R$ 12,16. O alvo mais longo será na faixa de R$ 14,59, completa.

Gráfico semanal MRV (MRVE3). Fonte: Nelogica. Elaboração Técnica: Rodrigo Paz

MRV: curto prazo

Avaliando o curto prazo, pelo gráfico diário, o analista pontua que há um movimento descendente, com médias para baixo, configurando a tendência de baixa.

“Podemos observar que houve entrada de certa força compradora ao atingir faixa de R$ 6,70, porém será necessária entrada de bom volume para buscar regiões mais altas.”

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Para ele, caso retome o movimento de altas, o ativo deverá superar as médias curtas (MME9 e MMA21) nos R$ 7,27/ R$ 7,67, para buscar a faixa de R$ 10,00/ 10,40, com alvo mais longo nos R$ 11,20.

“Diante da tendência de baixa, o suporte de R$ 6,70 fica no radar, pois caso seja rompido dará continuidade ao movimento a fim de buscar as faixas de R$ 6,00 e R$ 5,50.”

Gráfico diário MRV (MRVE3). Fonte: Nelogica. Elaboração Técnica: Rodrigo Paz

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