Morgan Stanley eleva exposição a ações sensíveis a juros no Brasil; confira portfólio

Analistas do banco americano citam sinalizações do Federal Reserve como principal causa para mudança no portfólio

Vitor Azevedo

Bandeira do Brasil (Getty Images)

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O Morgan Stanley aumentou sua exposição a companhias brasileiras sensíveis a juros, citando, como causa, principalmente a última reunião do Fomc (Comitê Federal de Mercado Aberto, na sigla em inglês). A instituição monetária americana deu sinalizações positivas sobre a trajetória dos juros nos Estados Unidos. 

“O Federal Reserve continua a ver três cortes neste ano e adotou a narrativa forte do lado da oferta que nossa equipe de economia dos EUA vem prevendo em suas previsões. Nossa equipe mantém sua previsão de quatro cortes este ano, começando em junho”, diz o time, em relatório publicado nesta quarta-feira (27). 

“Aumentamos nossa exposição a nomes sensíveis à taxa de juros em nosso portfólio seguindo o tom dovish da última reunião do FOMC, o que pode ser um vento favorável para o ritmo de futuros cortes de juros no Brasil”, completam. 

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No entanto, eles também mencionam que enxergam um “caminho estreito” para as ações brasileiras em 2024. O crescimento do produto interno bruto, para o Morgan, tem de ser maior do que o esperado para sustentar um novo rali neste ano. 

De qualquer forma, a adição da VTEX (listada na Bolsa de Nova York) à carteira do banco americano vai de olho na possível queda dos juros, enquanto o time da instituição também cita uma “oportunidade secular” na digitalização brasileira. Fora isso, o banco também elevou suas posições em empresas como a Localiza (RENT3), XP (XPBR31) e Embraer (EMBR3). 

“Adicionamos a ação da VTEX porque se encaixa bem em nosso tema de digitalização, uma vez que a empresa é uma plataforma de comércio eletrônico líder focada em clientes empresariais, com uma equipe de gestão de classe mundial e uma oferta de produto líder de mercado”, justificam.

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Confira a nova carteira do Morgan Stanley

Fonte: Morgan Stanley

Um pouco fora da teoria dos juros, o Morgan Stanley também adicionou à sua carteira os papéis da Adecoagro, por conta da exposição ao agronegócio na América Latina. 

Por fim, o banco retirou os papéis da Hapvida (HAPV3) e da Rede D’Or (RDOR3) da sua carteira, por ver que as companhias do setor de saúde devem continuar a apresentar alta volatilidade nos lucros à medida que se recuperam das pressões de custo pós-covid e aumentam os preços para corresponder à inflação de custos. Fora isso, as ações ordinárias da Suzano (SUZB3) também saíram da carteira, para dar espaço aos papéis mais ligados à taxa de juros e pelos analistas da casa verem os ganhos com celulose comprimidos.

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Nesta semana, o Itaú BBA também fez mudanças na sua carteira Brazil Buy List e aumentou a exposição a ações domésticas (12% acima do benchmark) em seus portfólios de forma geral, diante da melhora das tendências econômicas, com dados de atividade acima do esperado.