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O Brasil tem um novo player voltado para o trading de criptomoedas. A startup Ridian, com sede na Cidade do México, anuncia nesta quinta-feira (2) sua chegada ao país após captar US$ 6,2 milhões no ano passado em uma rodada seed que contou com a participação da também mexicana Bitso, além da Coinbase, a maior corretora dos EUA, entre outros fundos de Venture Capital.
A empresa começa a oferecer para brasileiros uma plataforma de acesso gratuito que conecta várias exchanges, como Binance, Bitso, Crypto.com e OKX, e permite ao usuário gerenciar seus investimentos nessas corretoras. O carro-chefe, no entanto, é a oferta de estratégias de investimento automatizadas com a ajuda de algoritmos.
Em uma delas, explica a empresa, os investidores podem obter exposição a Bitcoin (BTC) e ao dólar digital USDC durante condições de mercado favoráveis, fazendo trocas automáticas por stablecoins (criptos indexadas a outro ativo, geralmente o dólar) durante desacelerações do mercado.
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Em outro pacote, voltado para o usuário com mais apetite ao risco, a plataforma pode alocar o capital em criptos consolidadas, como BTC, ETH, BNB, XRP e ADA durante a alta, liquidando para stablecoins em momentos de mudança de direção dos mercados.
“A maioria das pessoas que compram criptomoedas hoje tem pouco conhecimento sobre o que estão fazendo e acabam comprando criptoativos por causa do FOMO (Fear of Missing Out – sigla em inglês para a síndrome do ‘medo de perder algo’) , ou porque ouviram falar nas redes sociais, ou porque um conhecido mandou; mas assim que compram, não sabem o que fazer a seguir”, conta Rogelio Sada, cofundador e CEO da Ridian.
“Na maioria dos casos, eles deixam lá, nunca mais tocam e torcem para que o preço da criptomoeda suba. Muitos entram em pânico e vendem seus ativos quando começam a ver alguma volatilidade ou tendência de baixa no mercado, outros perdem todo o seu dinheiro devido a jogadas altamente especulativas, e a maioria das outras pessoas simplesmente nunca investe por medo de entrar em algo desconhecido”, ressalta o executivo.
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Segundo a empresa, a ferramenta tem uma camada de proteção que impede que o sistema receba comandos de IPs não autorizados, o que evitaria casos de hacks como aconteceu recentemente com a plataforma 3Commas – se as ordens de compra e venda não vierem do IP da empresa, afirma a Ridian, elas não são executadas.
Brasil em alta
A Ridian está lançando o produto com foco na América Latina, região do mundo com a maior adoção de criptomoedas nos últimos 12 meses, um crescimento de 40%, de acordo com a Chainalysis. Em um primeiro momento, a ferramenta será liberada apenas no México e no Brasil, apontados como os países com as maiores taxas de adoção de criptomoedas no mundo.
“Cerca de 80% dos usuários de cripto na América Latina são investidores, o que significa que buscam aumentar a riqueza. Infelizmente, muito poucos fazem isso com sucesso. Faremos a parte difícil para os usuários para que o portfólio de criptomoedas trabalhe em prol do investidor”, explica o CEO da Ridian.
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A Ridian ainda não tem um escritório local, mas planeja abrir uma operação brasileira em breve. Até lá, promete oferecer suporte técnico em português à distância para usuários da plataforma.
