Mesmo sob pressão dos juros, Ibovespa fecha em alta pelo terceiro dia seguido

Contratos de DI subiram forte, sinalizando postura mais firme do Copom na reunião da semana que vem

Mitchel Diniz

(Shutterstock)

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Em seu terceiro dia consecutivo de alta, o Ibovespa chegou a oscilar acima dos 113 mil pontos, mas acompanhou parcialmente a mudança de ventos no exterior e reduziu ganhos. Ainda assim, o mercado brasileiro de ações segue descolando com folga das Bolsas em Wall Street, ainda que hoje o índice brasileira tenha tido um pouco mais de dificuldade para se destacar.

“A nossa dúvida é até quando a gente consegue segurar esse tranco. Algumas empresas do setor de varejo começam a andar, mas os juros sempre ficam no radar”, afirma Flávio Aragão , sócio da 051 Capital.

O Ibovespa fechou em alta de 1,19%, aos 112.611 pontos. O volume negociado no dia ficou em R$ 35,1 bilhões.

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Magazine Luiza (MGLU3), Banco Inter (BIDI11) e Via (VIIA3) terminaram o dia entre as maiores altas do índice. Em relação às blue chips, empresas de maior peso do Ibovespa, Petrobras (PETR3, PETR4) e Vale (VALE3) não encontraram fôlego para avançar hoje. O setor financeiro também teve ganhos moderados, com exceção da B3 (B3SA3), que subiu quase 5%.

Nem mesmo os juros futuros em alta impediram a valorização de hoje. Às vésperas da primeira reunião do Copom do ano, que terá início na próxima terça-feira (1), os DIs mais curtos subiram forte. “Isso mostra que o Banco Central poderá ser mais firme na reunião da semana que vem, principalmente depois do tom mais duro do Federal Reserve”, explica Aragão.

O DI para janeiro de 2023 subiu 16 pontos-base, na sessão estendida, a 12,24%; no vencimento janeiro de 2025, os juros subiram 16 pontos-base, a 11,32%; janeiro de 2027 subiu cinco pontos-base, a 11,29% e o DI para janeiro de 2029 terminou o dia estável, em 11,42%.

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O dólar chegou a operar no patamar de R$ 5,35, mas reduziu perdas ao longo do dia. Ainda assim, fechou em baixa por mais uma sessão, recuando 0,32%, a R$ 5,423 na compra e R$ 5,424 na venda.

A perspectiva de início de ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos segue pressionando as Bolsas americanas para baixo. Os índices esboçaram reação no começo do dia, mas novamente cederam à pressão do temor de juros mais altos do que se pensava inicialmente.

O Dow Jones fechou em queda de 0,02% a 34.160 pontos; o S&P 500 fechou em baixa de 0,54%, a 4.326 pontos; e a Nasdaq caiu 1,40%, a 13.352 pontos.

Os preços do petróleo fecharam em baixa no mercado internacional. As cotações da commodity devolveram parte dos ganhos das últimas sessões, mas os agentes do mercado seguem atentos a tensões geopolíticas que possam prejudicar o abastecimento global.

O WTI (março) caiu 1,09% (US$ 86,26) e o Brent (abril) recuou 0,95% (US$ 87,90).

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados