Mesmo com “risco El Niño”, Rumo segue como preferida para exposição em infraestrutura para XP

Para rodovias, Research destaca CCR e, no setor portuário, Santos Brasil segue como "caso forte de investimento"

Camille Bocanegra

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A melhoria do cenário macro foi ofuscada por riscos do El Niño para a cultura de grãos e a navegação hidroviária para principais nomes do setor, como Rumo (RAIL3) e Hidrovias Brasil (HBSA3), de acordo com relatório do Research da XP publicado hoje. A análise revisou a cobertura de infraestrutura no Brasil, considerando que as projeções de inflação mais baixas e taxas de juros de longo prazo em patamares menores tendem a trazer bom desempenho para os papéis para o setor.

A Rumo segue sendo a preferência no setor, por assimetria positiva no lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda, na sigla em inglês), com expectativa de forte crescimento atingindo R% 8,5 bilhões em 2025, e otimismo geral para a companhia em 2025. O Research da XP considera que a companhia também detém forte posição competitiva.

Como principais riscos, os analistas destacam a variação climática como impacto para a safra, em especial a produção de grãos em Mato Grosso (um dos principais motivos do rebaixamento de recomendação do Goldman Sachs para a companhia), a execução operacional de volumes considerando capacidade restrita e as potenciais despesas de capital no projeto Lucas do Rio Verde.

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Para estradas com portagem (pedágio), a XP considera tanto a CCR (CCRO3) quando a Ecorodovias (ECOR3) com compra desde setembro passado, com preço alvo de R$ 16,60 para CCR e R$11,00 para a segunda companhia. As duas companhias apresentaram bom desempenho, com alta de 8% para CCR e 15% para Ecorodovias desde a mudança de recomendação e devem seguir beneficiada pelo forte desempenho de trafego.

Como nome preferido, a CCR se destaca por apresentar avaliação mais atrativa entre rodovias pedagiadas e teve estimativas atualizadas para cima. O setor, como um todo, deve ser favorecido por melhores condições macroeconômicas e é bem visto na análise.

Dentre as companhia de logística portuária, a Santos Brasil (STBP3) se apresenta como “um caso forte de investimento” para a XP. A análise segue com recomendação de compra para o nome, com preço-alvo estabelecido em R$ 13,60. A tese de investimento considera o cenário competitivo como positivo para a companhia, que oferece fortes remunerações aos acionistas. Em termos de avaliação, o nome negocia a múltiplos de 8,7 vezes o valor da companhia (EV, na sigla em inglês) sobre o Ebitda para 2024, abaixo dos níveis históricos de 12 vezes.

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A Hidrovias do Brasil segue com recomendação de compra pelo Research da XP, com meta de preço em R$ 5,20. O modelo para a companhia foi atualizado, com majoração do preço-alvo estimando upside de 41% até final de 2024. A análise destaca também o posicionamento estratégico da Hidrovias para se beneficiar do potencial de produção do Centro-Oeste do Brasil. Ainda que os analistas sigam com estimativas “conservadoras”, a avaliação é vista como atrativa para o nome, em 6,1 vezes o EV/Ebitda e a maior taxa interna de retorno (TIR) da cobertura de infraestrutura da XP, em 13,2% (ante 11,1% de Santos Brasil).

Confira as recomendações para a XP no setor: