Localiza salta 5% após balanço do 2° trimestre, Petrobras afunda 3% e small cap dispara 92% no mês

Confira os principais destaques de ações desta sexta-feira

Paula Barra

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SÃO PAULO – Em semana marcada por baixa volatilidade – depois do rali de 5% no período anterior -, o Ibovespa encerrou esta sexta-feira (21) com perdas de 0,43%, a 64.668 pontos, na terceira queda seguida, acumulando em cinco pregões desvalorização de 1,17%. Já o dólar seguiu renovando mínimas. Os contratos futuros da moeda marcavam sua quarta queda semanal seguida, acumulando no período perdas de 6,4%.

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No principal índice de ações da bolsa, o destaque ficou com as ações da Braskem, que acumularam na semana alta de 7% com diversos grupos interessados na fatia da Petrobras na petroquímica. Hoje, contudo, os papéis tiveram correção na bolsa, quebrando uma sequência de nove altas. Na sequência, aparecem os papéis da Cyrela e Localiza, que saltaram cerca de 5% na semana, reagindo aos dados do 2° trimestre. Já do lado negativo figuraram as ações da BRF, CSN e Ultrapar, que lideraram as perdas do Ibovespa, com quedas próximas a 5%.

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Fora do índice, uma small cap do varejo vem ganhando atenção neste mês. As ações da Vulcabras Azaleia acumulam valorização de 92% em julho. Em comunicado ao mercado, a empresa disse que desconhece motivo da alta, mas que, conforme já havia informado em janeiro deste ano, estuda alternativas de captação de recursos. 

Confira abaixo os destaques da bolsa deste pregão:

Petrobras (PETR3, R$ 13,29, -2,49%; PETR4, R$ 12,69, -3,13%)
As ações da Petrobras caíram pelo segundo dia seguido, acompanhando os preços do petróleo no mercado internacional, que recuam após um relatório de consultoria apontar que a produção da commodity pelos membros da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) deve aumentar em julho, apesar dos esforços na direção contrária. Os contratos do petróleo WTI recuaram 2,5%, a US$ 46,00 o barril, enquanto os contratos futuros do Brent registravam queda de 2,72%, a US$ 47,96 o barril. 

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No radar, o Valor informa que a Petrobras e a Âmbar Energia, empresa controlada pelo grupo J&F – holding dos negócios da família Batista, tocada pelos irmãos Joesley e Wesley -, iniciaram nesta semana um novo capítulo da disputa referente ao abastecimento de gás para a geração de energia em uma termelétrica em Mato Grosso (MT). O Valor teve acesso a uma petição apresentada pela petroleira ao Conselho de Administração de Defesa Econômica (Cade) pedindo que o órgão antitruste arquive o processo movido pela Âmbar contra a Petrobras por monopólio na venda do gás natural para geração de energia elétrica.

A companhia também anunciou novo aumento de combustíveis, de 1,4% para a gasolina e 0,2% para o diesel, que vigorarão a partir do dia 22. 

Vale (VALE3, R$ 28,76, +0,14%; VALE5, R$ 27,05, +0,30%)
As ações da Vale esboçaram pregão de recuperação, mas perderam força nesta tarde e fecharam no negativo, dando sequência à queda de quase 4% registrada ontem. Contribuiu para o movimento a queda do minério de ferro hoje. A commodity spot (à vista) negociada no porto de Qingdao, na China, caiu 1,34%, a US$ 67,14 por tonelada, enquanto os contratos futuros do minério negociados na bolsa chinesa de Dalian recuaram 0,95%, a 521 iuanes. 

No mesmo caminho seguiram as ações da Bradespar (BRAP4, R$ 21,02, -0,28%) – holding que detém participação na Vale – e as siderúrgicas, com Gerdau (GGBR4, R$ 10,69, -1,66%), Metalúrgica Gerdau (GOAU4, R$ 5,26, -1,31%) e CSN (CSNA3, R$ 7,37, -2,51%). A exceção foi a Usiminas (USIM5, R$ 4,95, +0,61%), que fechou em alta.  

Localiza (RENT3, R$ 51,50, +4,44%)
As ações da Localiza dispararam após divulgar números do segundo trimestre, com o lucro superando a maior estimativa de analistas consultados pela Bloomberg. A companhia somou lucro líquido de R$ 129,3 milhões no período, um salto de 31,9% ante mesmo período do ano passado.

O Ebitda (lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização, na sigla em inglês) consolidado subiu 27,5% na base anual, a R$ 298,7 milhões. Já a receita teve alta de 39,7%, para R$ 1,346 bilhão, impulsionada principalmente pelas vendas de seminovos, que cresceram 62,8%. 

De acordo com o BTG Pactual, esse foi o melhor trimestre da história da companhia, com os números se mostrando ainda melhores do que as estimativas mais otimistas dos analistas do banco. Os analistas possuem recomendação de compra para os ativos, com preço-alvo de R$ 50,00. 

Além do resultado, a Localiza aprovou o programa de recompra de até 13 milhões de ações em um ano.

Vulcabras Azaleia (VULC3, R$ 10,35, +18,15%)
Dando continuidade ao rali de julho, as ações small caps da Vulcabras Azaleia disparam 18% nesta sessão, renovando sua máxima na bolsa desde novembro de 2011. Na máxima do dia, os papéis registraram ganhos de 29%, a R$ 11,30. No acumulado do mês, a alta é de 91,67%.

A alta veio acompanhada por forte volume financeiro, que atingiu nesta sessão R$ 5,2 milhões, contra média diária de R$ 607,3 mil dos últimos 21 pregões.  

Questionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) sobre o motivo da arrancada dos papéis, a empresa disse, em comunicado divulgado ao mercado nesta manhã, que não tem conhecimento de nenhum fato novo que possa justificar tal oscilação das ações, mas aponta que, conforme já havia sido divulgado em fato relevante em janeiro deste ano, continua engajada com seus assessores financeiros para avaliar alternativas de captação de recursos. 

A empresa informa, contudo, que, até a presente data, não há qualquer definição sobre as características e estrutura de uma eventual captação. Dessa forma, a potencial captação de recursos depende da aprovação dos órgãos competentes e será conduzida em conformidade com a legislação e regulamentação aplicáveis e estará sujeita, dentre outros fatores, às condições de mercado vigentes à época de sua realização, diz a companhia.

Em janeiro, a Vulcabras Azaleia contratou o banco de investimentos Credit Suisse e a Lucchese Consultoria Empresarial e de Investimentos para atuarem como assessores financeiros na avaliação de uma possível captação de recursos. 

Açúcar e álcool

No final da tarde, o governo anunciou aumento do PIS/Cofins sobre a gasolina, o diesel e o etanol, de forma a compensar as dificuldades fiscais. A alíquota subirá de R$ 0,3816 para R$ 0,7925 para o litro da gasolina e de R$ 0,2480 para R$ 0,4615 para o diesel nas refinarias. Para o litro do etanol, a alíquota passará de R$ 0,12 para R$ 0,1309 para o produtor. Para o distribuidor, a alíquota, atualmente zerada, aumentará para R$ 0,1964. 

Não esperado por boa parte do mercado, o aumento do imposto sobre o etanol não foi visto de forma negativa pelos analistas, uma vez que a elevação é menos significativa para o combustível. Segundo o Bank of America Merrill Lynch, a São Martinho (SMTO3, R$ 17,68, -1,28%) é mais beneficiada com o anúncio, que também é positivo para a Cosan (CSAN3, R$ 35,50, -0,84%).

Carrefour

Novatas na bolsa, as ações do Carrefour Brasil (CRFB3, R$ 15,00, +0,67%) subiram nesta sexta-feira. Ontem, no pregão de estreia, os papéis fecharem em leve queda de 0,3%, após chegarem a recuar quase 4% no intraday. A precificação do IPO aconteceu na última terça-feira, a R$ 15. O Carrefour e a B3 realizam cerimônia do início da negociação das ações no Novo Mercado na sede da B3, em São Paulo,  às 11h.

A estreia do Carrefour marca o primeiro IPO da gestão de Gilson Finkelsztain na B3, que em maio assumiu a presidência da companhia fruto da fusão de BM&FBovespa e Cetip. Nos próximos dias, esperam-se mais três aberturas de capital: além da Biotoscana, também há a Ômega Geração e o IRB Brasil Re.

Copasa (CSMG3, R$ 44,94, -0,09%)

A Copasa teve a recomendação cortada de sector outperform para sector perform pelo Scotiabank. O preço-alvo passou a R$ 46, aumento de 2,3% sobre o último fechamento. 

Braskem (BRKM5, R$ 38,85, -2,58%)
As ações da Braskem quebraram uma sequência de nove altas, quando acumularam ganhos de 19% (vale menção que ontem os papéis renovaram máxima histórica na bolsa), e fecharam no campo negativo nesta sexta-feira.  A euforia em torno dos papéis ocorreu na esteira da renegociação bem-sucedida do acordo entre a Petrobras e a Odebrecht, medida considerada fundamental para que a estatal possa oferecer sua participação na companhia no mercado. 

Segundo divulgou hoje o Valor Econômico, grandes grupos petroquímicos multinacionais poderão entrar na disputa pela participação acionária da Petrobras na Braskem. Exxon, Shell, LyondellBasell e Dow Chemical já teriam manifestado interesse na companhia brasileira, cuja receita líquida totalizou R$ 47,7 bilhões no ano passado. Fundos de private equity e de pensão, além da Saudi Aramco, também teriam indicado disposição de olhar o ativo.

Helbor (HBOR3, R$ 2,32, +2,65%)

A Helbor divulgou dados operacionais do segundo trimestre, com lançamentos somando R$ 271 milhões, sendo R$ 154,8 milhões somente a parte da construtora. Já as vendas contratadas subiram 55,4%, para R$ 332,8 milhões. A velocidade de vendas da parte Helbor, medidas pelo VSO, foi de 10,3%.

Indusval (IDVL4, R$ 2,46, +36,67%)

As ações do banco Indusval deram sequência à alta de 16% registrada ontem, em meio à notícia do Brazil Journal de que a Fosun Internacional, conglomerado de investimento chinês, ofereceu R$ 500 milhões para comprar a Guide Investimentos, corretora de valores adquirida pelo Indusval em abril de 2011. O banco divulgou comunicado sobre o assunto. O Indusval afirmou que prosseguem conversas sobre Guide Investimentos e não há no momento compromisso vinculante.

Especiais da semana do IM
 Clique aqui e veja a última edição do “Especial Setores do 2° Semestre”, que falou na quarta-feira sobre as ações das varejistas. O analista Marco Saravalle, da XP Investimentos, e o head de mercados de capitais da Eleven Financial, Adeodato Volpi Netto, apontaram 5 apostas para o setor na bolsa. Na terça-feira, o analista do Itaú BBA, Marcos Assumpção, comentou sobre as ações da Vale, siderúrgicas e papel e celulose (assista). 

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