Leilão de fibra óptica da Oi avaliada em R$ 12,9 bi, compras de Mater Dei e Ambipar, BRF faz aporte em startup israelense e mais

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quarta-feira (7)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – O noticiário corporativo desta quarta-feira (7) tem como destaque o leilão de fibra óptica da Oi, nova aquisição da Ambipar, a Mater Dei comprando hospital em Belém, enquanto a BRF anunciou o investimento de US$ 2,5 milhões na startup israelense Aleph Farms. Confira os destaques:

Oi (OIBR3;OIBR4)

A sessão desta quarta-feira marca o leilão da InfraCo da Oi, o último dos grandes ativos colocados à venda pela companhia. Apenas uma proposta – a dos fundos do BTG Pactual em conjunto com a Globenet Cabos Submarinos – teria sido apresentada.

“O leilão da InfraCo não deve ter novidade. A chance é quase zero de o BTG tirar a oferta. Se houver alguma surpresa, é mais provável que seja positiva, de aparecer um forasteiro, como uma Digital Colony, mas é uma chance muito baixa”, destacou no mês passado ao InfoMoney Luiz Guerra, CIO da Logos Capital.

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A ideia inicial era leiloar 51% da InfraCo, mas a Oi aceitou a proposta revisada do BTG para vender 57,9% da InfraCo, por R$ 12,9 bilhões. Veja mais clicando aqui e aqui.

Na avaliação da Levante Ideias de Investimentos, apesar da transação ainda precisar de mais aprovações após sua provável confirmação nesta quarta,  o andamento da venda de ativos é um passo importante para a companhia.

“Mesmo assim acreditamos que o cenário atual já era o esperado pelo mercado, por isso não deve ter impactos significativos no preço das ações da companhia”, aponta a casa de research.

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A conclusão da venda dos ativos deve marcar o fim da recuperação judicial da Oi, tornando, em um primeiro momento, uma empresa com patamares saudáveis de endividamento, avaliam os analistas. “Apesar disso, ainda é incerto como funcionará e qual será a rentabilidade da nova operação considerando a entrada de mais sócios e o modelo de negócios de venda do uso da infraestrutura no atacado”, destacam os analistas.

Ambipar (AMBP3)

A Ambipar anunciou uma nova aquisição: a companhia informou na noite da véspera que comprou integralmente a Swat Consulting Inc., por meio de sua controlada indireta Ambipar Holding USA. A empresa faturou US$ 7,5 milhões em 2020.

Petrobras (PETR3;PETR4)

A Petrobras informou na terça que vai promover um aumento de 7% nos preços de venda de gás natural para as distribuidoras a partir de 1º de agosto. A empresa cita a valorização do petróleo no segundo trimestre deste ano. Os reajustes da companhia são realizados trimestralmente, com variações que decorrem da aplicação de fórmulas negociadas nos contratos de fornecimento.

Na véspera, as ações da Petrobras fecharam em queda de mais de 3%. No radar da companhia, estão a pressão dos caminhoneiros para que empresa reveja aumentos de combustíveis anunciados na segunda-feira e a visão de que o ajuste foi insuficiente para fechar o gap ante valores no mercado internacional.

A terça foi de forte volatilidade para os mercados de petróleo, com os futuros de commodity revertendo alta com preocupações de que o fracasso da Opep+ em ratificar um acordo pode levar os produtores a perderem a disciplina na oferta diante do aumento da demanda.

Mesmo com o reajuste recente da petrolífera, o Bradesco BBI vê os preços da gasolina e do diesel com um desconto de 9% e 4%, respectivamente, em relação aos preços internacionais, segundo o analista Vicente Falanga.

A companhia ainda informou nesta quarta-feira que recebeu indicações de candidatos para o Conselho de Administração, caso adotado o procedimento de voto múltiplo para eleição na próxima assembleia geral extraordinária, a ser oportunamente convocada.

Os nomes indicados pelas gestoras Absolute Gestão de Investimentos, Moat Capital Gestão de Recursos e Banco Clássico são: José João Abdalla Filho; Marcelo Gasparino da Silva; e Pedro Rodrigues Galvão de Medeiros.

O anúncio ocorre após a efetivação da renúncia de Gasparino ao cargo de conselheiro. Representante dos minoritários, ele anunciou em abril que deixaria o posto para provocar nova eleição, alegando problemas nos procedimentos da assembleia que o elegeu.

Vale (VALE3) e siderúrgicas

Os contratos futuros do aço negociados na China dispararam nesta quarta-feira, com o vergalhão para construção e as bobinas laminadas a quente fechando em alta de mais de 3%, impulsionados por expectativas de cortes de produção.

“Recentemente, a antecipação da redução de produção de aço voltou à tona”, disse a SinoSteel Futures em nota, acrescentando que alguns governos locais emitiram documentos relacionados ao tema, embora detalhes ainda não tenham sido divulgados.

Já a referência do minério de ferro, para entrega em setembro, recuperou-se de perdas registradas na parte matutina da sessão e fechou em alta de 1%, a 1.244 iuanes por tonelada.

No radar da Vale, a companhia apresentou recurso na Justiça do Trabalho contra a decisão que fixou indenização de R$ 1 milhão por danos morais para cada empregado da mineradora que morreu na tragédia de Brumadinho, em Minas Gerais.

A sentença de primeira instância, publicada no início do mês passado, contemplou 131 funcionários. A mineradora alega, no entanto, que o valor é “absurdo” e “exorbitante” e que é “astronômico” o total de R$150 milhões arbitrado na decisão. Veja mais clicando aqui. 

Méliuz (CASH3)

A Méliuz espera precificar em 15 de julho uma oferta bilionária de ações, com esforços restritos, segundo fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta quarta-feira.

A operação consiste na distribuição primária de 7.500.000 papéis e secundária de inicialmente 6.010.645 ações, sendo os acionistas vendedores Ofli Campos Guimarães e fundos da Endeavor Catalyst e da Monashees Capital.

A oferta secundária poderá ser elevada em até 50% para atender eventual excesso de demanda. BTG Pactual, Itaú BBA, Morgan Stanley e UBS BB são os coordenadores da oferta.

Com base no preço de fechamento da ação na terça-feira, de R$ 55,44, a oferta alcança R$ 1,1 bilhão, considerando a colocação da totalidade das ações adicionais.

Os recursos com a oferta primária serão usados para ampliar a participação da companhia em marketplace e serviços financeiros, além de potenciais aquisições de empresas consideradas estratégicas.

BRF (BRFS3)

A companhia de alimentos BRF anunciou o investimento de US$ 2,5 milhões na startup israelense Aleph Farms, e quer produzir carne cultivada a partir de células bovinas não geneticamente modificadas em 2024, disse à Reuters um executivo da empresa.

A produção deste tipo de carne começa com a obtenção de células de alta qualidade de animais, porém sem o abate. As células são cultivadas fora do corpo do animal com o fornecimento de nutrientes e ambiente propício para seu desenvolvimento.

Ainda em fase de testes, a proteína poderá chegar ao mercado brasileiro na forma de hambúrguer, almôndegas, embutidos como salsicha ou steaks.

O investimento fez parte da segunda rodada de captações da startup israelense que levantou US$ 105 milhões entre diversas companhias pelo mundo.

Somando os aportes obtidos na primeira rodada, o montante obtido chega a US$ 118 milhões.

De acordo com comunicado da BRF, os recursos obtidos pela Aleph serão aplicados para executar planos de comercialização de carne cultivada em larga escala global e expansão do portfólio. “Estudos realizados com base na metodologia de Análise do Ciclo de Vida apontam que a produção de carne cultivada tem potencial para reduzir significativamente a emissão de gases do evento estufa, além de diminuir o uso de terras para criação de animais em mais de 90% e o uso de água em até 50%.”

Mater Dei (MATD3)

O Hospital Mater Dei informou na terça-feira que seu conselho de administração aprovou compra do Grupo Porto Dias, maior rede de hospitais da região Norte do país, em uma transação que envolve R$ 800 milhões, além da emissão de ações. O acordo foi acertado sobre uma participação de 70% do Grupo Porto Dias e a Mater Dei vai emitir 27,27 milhões de papéis como parte do pagamento, cerca de 7,1% do capital social total da companhia.

O banco ressalta que o ativo tem, no momento, 388 leitos em operação, e que deve atingir 592 em 2022. O Mater Dei tem atualmente 624 leitos, e as previsões para fusões e aquisições feitas pelo Itaú são de 300 camas em 2022. O Itaú BBA mantém avaliação outperform (perspectiva de valorização acima da média do mercado), e preço-alvo de R$ 22 para o papel.

Hapvida (HAPV3)

A Hapvida anunciou nesta quarta-feira acordos para duas aquisições nas regiões Sudeste e Nordeste do Brasil no total de R$ 475 milhões, seguindo sua estratégia de expansão e consolidação nacional e aumento da verticalização.

Em São Paulo, a companhia assinou proposta vinculante para a compra de até 100% do grupo Grupo HB Saúde de São José do Rio Preto por R$ 450 milhões – considerando a totalidade das ações.

Na Bahia, a subsidiária Ultra Som Serviços Médicos assinou contrato para a aquisição do Hospital Dia Cetro em Alagoinha por 25 milhões de reais, em operação que inclui o imóvel com terreno.

Locaweb (LWSA3)

O Bradesco BBI iniciou a cobertura da Locaweb com recomendação outperform e preço-alvo de R$ 37 para 2022, ou potencial de valorização de 46% em relação ao fechamento da terça-feira.

A empresa oferece serviços de tecnologia de internet, focada em pequenas e médias empresas. O banco diz ver espaço para valorização devido à penetração relativamente pequena do mercado, amplo leque de produtos com vantagens competitivas, e espaço para aquisições.

O Bradesco ressalta que nos últimos 18 meses a empresa fez cerca de 10 aquisições. O banco avalia que atores globais mesmo setor registram crescimento e monetização de clientes, e afirma que a Locaweb pode estar nos estágios iniciais do setor no Brasil, com espaço para expansão e melhora da monetização nos próximos anos.

O banco ressalta que, entre 2018 e 2020, a empresa obteve uma taxa anual de crescimento composta de 25% em sua receita.

Even (EVEN3)

A agência de classificação de risco Standard and Poor’s Global Ratings elevou o rating da Companhia na Escala Nacional Brasil da Even de brAA para brAA+, com perspectiva positiva.

Minerva (BEEF3)

A companhia de alimentos Minerva Foods, maior exportadora de carne bovina da América do Sul, lançou e concluiu na quarta-feira, por meio de sua subsidiária em Luxemburgo, a precificação de títulos de dívida no valor total de US$ 400 milhões, informou a empresa em comunicado ao mercado.

Segundo a Minerva, os “bonds” têm taxa de juros de 4,375% ao ano e vencimento em 2031 adicionais, originalmente emitidos em março deste ano. “A emissão das Notas Adicionais faz parte do processo de ‘liability management’ da Minerva, cujo objetivo é o de alongar o perfil dívida da companhia e reduzir o custo da estrutura de capital”, afirmou a empresa.

Os recursos, de acordo com a Minerva, serão utilizados no pagamento antecipado de dívidas da companhia e em usos gerais. A operação recebeu classificação de risco em moeda estrangeira “BB” pelas agências S&P e Fitch Ratings.

(com Reuters, Bloomberg e Estadão Conteúdo)

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