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SÃO PAULO – As equipes de análise do Itaú BBA e do Bradesco BBI iniciaram a cobertura para a ação de Kora Saúde (KRSA3), ambos com recomendação outperform (desempenho acima da média do mercado) para as ações da rede de hospitais. A empresa estreou na B3 no último dia 13 de agosto e acumula alta de mais de 8% desde então.
Tanto o Itaú BBA quanto o Bradesco BBI estimam preço-alvo de R$12 para a ação, uma valorização de 53,8% em relação ao preço de fechamento da sessão de ontem (R$ 7,80).
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A Kora Saúde é considerada terceiro maior grupo hospitalar privado do país, com 14 hospitais e aproximadamente 1.600 leitos. A empresa opera em seis estados (Espírito Santo, Mato Grosso, Tocantins, Distrito Federal, Goiás e Ceará). O Itaú BBA destaca a capacidade da empresa, que triplicou de tamanho desde 2017 ao mesmo tempo em que conseguiu melhorar a lucratividade, o que o analista Gustavo Miele descreve como uma “combinação rara”. Ele também destaca o retorno sobre capital investido da companhia (ROIC), que ficou em 29% no ano passado, segundo reportou a companhia.
“A empresa tem uma agenda de crescimento robusta, tanto de forma orgânica (com projetos de expansão para 1.300 novos leitos) quanto inorgânica (com uma estratégia agressiva de fusões e aquisições)”, observa Miele. Até 2025, a empresa estima triplicar receitas e ter mais de três mil leitos hospitalares. O analista também destaca o histórico positivo de ocupação dos hospitais da empresa e afirma que a companhia atende a uma demanda reprimida por serviços de saúde de alta qualidade no Brasil.
O Bradesco BBI destaca a gestão financeira da empresa, considerando a margem de lucro operacional da empresa (margem Ebitda) que foi de 27% no primeiro semestre deste ano, um pouco abaixo da líder do segmento, a Rede D’Or (RDOR3). Para o analista Marcio Osako, a empresa conseguiu esse desempenho devido ao controle restrito de gastos, eficiência com sinergias, uma alta taxa de ocupação e prática de preços relativamente atrativos.
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O relatório também destaca o potencial de consolidação da empresa, sobretudo em regiões onde a atuação das concorrentes é limitada. Recentemente, a Kora comprou o hospital São Mateus, em Fortaleza, por mais de R$ 90 milhões. “Acreditamos que operações de M&A [fusões e aquisições] e ganhos confirmam as perspectivas de crescimento da companhia e são os principais gatilhos de alta para a ação”, afirma Osako.
Concorrência é risco
Gustavo Miele, do Itaú BBA, cita que a Kora Saúde tem uma fatia relevante de suas receitas vinda de pacientes cobertos pelo sistema Unimed, o que é um risco para o negócio.
“A empresa parece estar altamente exposta ao sistema Unimed (um componente chave para a nossa tese de crescimento), que pode enfrentar a concorrência de operadoras de plano de saúde, principalmente se a fusão entre Intermédica (GNDI3) e Hapvida (HAPV3) acontecer”, afirma Miele no relatório.
Ele acrescenta que as aquisições recentes da empresa também geram desafios para que a empresa mantenha seus níveis de endividamento sob controle e continue crescendo.
“Também vemos riscos de execução relacionados à competição acirrada por fusões e aquisições, o que pode diminuir a projeção de retornos, já que os grandes players têm acesso fácil a capital”, diz o analista.
O Bradesco BBI também vê riscos no plano de M&A da empresa. “Caso a empresa falhe em executar seu plano de fusões ou aquisições ou seja incapaz de extrair sinergias de custos e ganhos, pode afetar a nossa avaliação e aumentar a percepção de risco de mercado do papel”, afirma Marcio Osaka no relatório.
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