Índice de ADRs brasileiros fecha com alta de 1% seguindo fortes ganhos em Wall Street antes das eleições nos EUA

Em véspera de eleições nos EUA, índices americanos registram ganhos em recuperação após o pior mês da bolsa desde março

Rodrigo Tolotti

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Após o pior mês desde o início da crise, em março, as bolsas americanas iniciaram novembro em recuperação, com os três principais índices fechando com ganhos em Nova York nesta segunda-feira (2).

O Dow Jones encerrou o pregão com valorização de 1,60%, aos 26.924 pontos, enquanto o S&P 500 avançou 1,23%, para 3.310 pontos. Por outro lado, o índice de tecnologia Nasdaq passou a maior parte do dia no negativo, mas conseguiu fechar com leve alta de 0,42%, a 10.957 pontos.

Com o humor predominantemente positivo, os ativos brasileiros negociados no exterior também tiveram dia de alta enquanto a bolsa brasileira ficou fechada por conta do feriado de Dia de Finados.

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O principal índice de ADRs (na prática, as ações de empresas de fora dos EUA negociadas em Nova York) do Brasil, o Dow Jones Brazil Titans 20 ADR fechou com alta de 0,95%, a 13.240 pontos. Enquanto isso, o ETF EWZ iShares MSCI Brazil Capped, que replica o Ibovespa em dólar registrou alta de 1,19%, a 27,18 pontos.

Entre as principais empresas, os ativos PBR da Petrobras, referentes às ações ON, fecharam com alta de 1,21%, a US$ 6,71, enquanto o PBR-A, equivalente ao papel PN, subiu 1,06%, para US$ 6,68.

Já os ADRs da mineradora Vale encerraram o pregão com valorização de 1,32%, cotados a US$ 10,71. Entre os bancos, o Itaú viu seus ativos subirem 0,31%, a US$ 4,10, enquanto o Bradesco teve alta de 1,14%, a US$ 3,54.

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Os índices americanos ganharam força ainda durante a manhã depois da divulgação do índice de atividade industrial elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês), que subiu de 55,4 em setembro para 59,3 em outubro, sua máxima em dois anos.

A recuperação das bolsas americanas aconteceu também seguindo o cenário na Europa, onde os índices registraram ganhos entre 1% e 2,5%, mesmo com o cenário tenso sobre o aumento de casos do novo coronavírus e instituição de lockdowns em diversos países.

Após França e Alemanha, no fim de semana o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, anunciou que a Inglaterra está fechando todos os negócios não essenciais pelas próximas quatro semanas, depois que mais de 22.600 casos semanais de Covid-19 foram relatados no Reino Unido. As pessoas serão obrigadas a ficar em casa, a menos que seja para fins essenciais, disse Johnson.

Os EUA também estão lutando contra o aumento de novas infecções por coronavírus. O país relatou 99.321 novos casos de Covid-19 na sexta-feira, batendo o recorde anterior estabelecido apenas um dia antes, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. Os cinco principais registros em casos diários foram todos relatados nos últimos oito dias.

O noticiário é marcado pela expectativa sobre as eleições americanas, que acontecem nesta terça. Nas últimas pesquisas, o democrata Joe Biden aparece com até 10 pontos percentuais de vantagem contra o republicano Donald Trump.

Analistas e investidores também se voltam para a eleição no Senado, que pode ser crucial para os mercados, uma vez que muitas mudanças políticas importantes, incluindo mais estímulos fiscais, dependem de quem terá o controle da maioria na Casa.

Bolsas na Europa

Os mercados acionários europeus fecharam com ganhos fortes hoje, recuperando-se de perdas recentes. Um indicador positivo da indústria da zona do euro ajudou o quadro, apoiado ainda por um sinal de força da economia dos Estados Unidos.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,61%, em 347,86 pontos.

Mais cedo, a IHS Markit informou que o índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) da indústria da zona do euro subiu de 53,7 em setembro a 54,8 em outubro, na máxima desde julho de 2018. O número foi puxado pela indústria da Alemanha – o PMI industrial do país foi a 58,2, na máxima desde março de 2018.

A Pantheon comenta que os números mostraram a indústria da zona do euro se fortalecendo no início do quarto trimestre. A consultoria acredita que o setor deve contornar novas restrições com a covid-19 na região, mas aponta também a importância da Alemanha para o dado, complementando ainda que há uma divergência visível entre o enfraquecimento do setor de serviços e dados mais fortes da indústria da região.

O dado abriu espaço para uma recuperação europeia, após pregões fracos recentes, quando a segunda onda da covid-19 e suas ameaças para a economia pesaram mais. O tom positivo em Nova York colaborou neste início de semana, com expectativa pela eleição dos EUA na terça-feira.

Ainda durante o pregão europeu, os índices melhoraram após o índice de atividade industrial dos EUA elaborado pelo Instituto para Gestão da Oferta (ISM, na sigla em inglês) vir bem melhor do que o esperado. O dado ajudou as bolsas dos dois lados do Atlântico.

Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 1,39%, em 5.654,97 pontos. Em jornada de recuperação do petróleo, BP subiu 4,37%. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 2,01%, a 11.788,28 pontos. Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 avançou 2,11%, a 4.691,14 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB registrou alta de 2,55%, a 18.400,03 pontos. Na Bolsa de Madri, o índice IBEX 35 subiu 2,07%, a 6.585,60 pontos. Em Lisboa, o índice PSI 20 avançou 1,88% a 4.019,19 pontos, terminando na máxima do dia.

(Com Agência Estado)

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.