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O Ibovespa renovou sua máxima histórica na última semana, impulsionado pela valorização das grandes ações da Bolsa e por um ambiente externo mais favorável ao risco. Na última sessão, o destaque ficou para o avanço de empresas como Vale e Petrobras, favorecidas por um novo acordo econômico entre China e Estados Unidos, que reduziu tensões comerciais e melhorou a percepção global sobre commodities e emergentes.
Além do fator internacional, a temporada de balanços no Brasil ajudou a compor o tom positivo, com resultados considerados sólidos por parte de empresas-chave, o que contribuiu para manter o fluxo comprador ao longo dos últimos pregões. Com isso, o Ibovespa completou a quinta semana seguida de ganhos e acumula alta expressiva em 2025 (13,53%), sustentando uma tendência de valorização.
Agora, com o índice posicionado acima dos 137 mil pontos, cresce a expectativa por um teste da faixa dos 140 mil pontos, que se tornou um novo objetivo no radar técnico. A continuidade do movimento altista dependerá do rompimento sustentado dessa máxima histórica, em meio a um cenário de otimismo contido e atenção aos sinais de possível correção de curto prazo.
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Para entender até onde o preço do Ibovespa podem ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.
Análise técnica do Ibovespa
Pelo gráfico diário, a trajetória do Ibovespa é clara: o índice vem de uma sequência de topos e fundos ascendentes desde que registrou sua mínima de 2025 em 118.222 pontos. Essa estrutura levou o ativo à renovação da máxima histórica em 137.634 pontos na semana passada.
No entanto, os últimos três candles deixaram sombras superiores, um indicativo de pressão vendedora na região do topo, o que pode sinalizar um possível movimento corretivo no curto prazo. Caso o mercado opte por uma realização, o índice pode buscar aproximação com as médias móveis, que atuariam como suportes dinâmicos.
Para manter o fôlego comprador, será necessário romper com consistência os 137.634 pontos. Se isso acontecer com entrada de volume, os alvos projetados estão entre 138.500/140.000 pontos, podendo se estender até a faixa de 141.630/142.600 pontos.
Por outro lado, caso o Ibovespa perca força e rompa a região de 136.100/134.960 pontos, pode abrir espaço para uma correção mais ampla. Os próximos suportes estão em 132.870/128.765 pontos, com projeções mais profundas em 122.530 pontos e, novamente, na mínima anual em 118.222 pontos.
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Análise de médio prazo
No gráfico semanal, o cenário é de consolidação, com o Ibovespa oscilando dentro de uma faixa mais lateral, delimitada pelo suporte em 118.685/118.222 pontos e a resistência em 137.469/137.634 pontos. Este último nível marca a máxima histórica e representa o principal ponto a ser superado para que o índice busque patamares mais elevados.
Apesar da lateralização no médio prazo, o viés de curto segue positivo, o que pode levar a rompimentos importantes se houver continuidade do fluxo comprador. Para que o Ibovespa siga renovando máximas, será necessário superar a região dos 137.634 pontos. Acima desse patamar, os alvos mais longos estão em 138.570/140.420 pontos, com extensão até 144.560/146.400 pontos.
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Por outro lado, uma reversão mais ampla no médio prazo só se confirmaria com a perda da faixa de 136.355/132.870 pontos. Abaixo desse nível, o índice pode buscar os suportes em 127.250/122.530 pontos, com objetivo mais distante na média de 200 períodos, aos 117.700 pontos.
O Índice de Força Relativa (IFR 14) no semanal está em 64,18 pontos, ainda fora da zona de sobrecompra, o que reforça a possibilidade de continuidade da tendência, mas também sugere espaço para correções no curto prazo sem descaracterizar o cenário positivo.

Suportes e resistências do Ibovespa
Suportes:
- 136.355 / 136.100 / 134.960 pontos – Suporte inicial; perda dessa faixa pode acionar correção mais forte.
- 132.870 pontos – Suporte técnico importante; perda abre espaço para queda mais acentuada.
- 128.765 pontos – Suporte intermediário relevante.
- 127.250 pontos – Fundo anterior, possível ponto de parada de correção.
- 122.530 pontos – Região de suporte forte e base anterior de consolidação.
- 118.685 / 118.222 pontos – Faixa de suporte crítico; mínima de 2025.
- 117.700 pontos – Média móvel de 200 períodos; suporte de longo prazo.
Resistências:
- 137.469 / 137.634 pontos – Zona da máxima histórica; principal resistência atual.
- 138.500 / 138.570 pontos – Primeira faixa de projeção em caso de rompimento.
- 140.000 / 140.420 pontos – Alvo técnico em continuidade da alta.
- 141.630 / 142.600 pontos – Resistência mais elevada, em expansão da tendência.
- 144.560 / 146.400 pontos – Alvos mais longos projetados no rompimento consistente do topo histórico.
(Rodrigo Paz é analista técnico)
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