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Decisões do Fed e BC não trouxeram sinalizações claras e contribuem para mais cautela

Gráfico semanal sinaliza possível pausa na tendência de alta do Ibovespa

Rodrigo Paz

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Após a aguardada “Super Quarta”, os mercados globais enfrentam um cenário de incerteza. Nos Estados Unidos, o Federal Reserve decidiu manter a taxa de juros no intervalo entre 4,25% e 4,50%, enquanto o Banco Central do Brasil elevou a Selic para 14,75% ao ano. Apesar de amplamente esperadas, essas decisões não trouxeram sinalizações claras sobre os próximos passos das autoridades monetárias, o que contribui para a cautela dos investidores.

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Analistas preveem ajustes na Bolsa e no câmbio, com pressão sobre o real, especialmente devido à ausência de indicações sobre o fim do ciclo de alta de juros.

Diante desse contexto, é fundamental realizar uma análise técnica do Ibovespa para identificar tendências e oportunidades de investimento. A seguir, exploraremos os principais indicadores técnicos e pontos de suporte e resistência que podem influenciar o comportamento do principal índice da Bolsa brasileira no curto e médio prazo.

Para entender até onde o preço do Ibovespa podem ir, confira a análise técnica completa e os principais pontos de suporte e resistência.

Análise técnica do Ibovespa

No gráfico diário, a tendência de alta permanece válida desde que o Ibovespa atingiu a mínima do ano em 118.222 pontos, formando uma sequência de topos e fundos ascendentes. Contudo, após alcançar a máxima de 2025 em 136.149 pontos, iniciou-se uma correção no curtíssimo prazo, cuja intensidade ainda precisa ser acompanhada de perto.

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Caso o índice perca a mínima da última sessão, nos 132.870 pontos, o movimento corretivo pode se aprofundar até a região das médias de 21 e 200 períodos, localizadas entre 130.855 e 128.640 pontos. A perda dessas médias pode acionar novas ondas de venda, com alvos mais longos novamente em 122.530 pontos e na própria mínima do ano em 118.222 pontos.

Para reverter a atual correção e retomar o movimento de alta, o índice precisa romper a máxima da última sessão em 134.110 pontos. Com isso, terá espaço para testar novamente os 136.149 pontos e, em seguida, a importante resistência histórica nos 137.469 pontos. A superação dessa faixa poderá renovar o apetite comprador, projetando alvos nas regiões de 138.500 a 140.000 pontos, com possibilidade de alcançar 142.000 pontos no cenário mais otimista.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

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Análise de médio prazo

Ao observar o gráfico semanal, percebo que o Ibovespa ainda se movimenta de forma lateral no médio prazo. A zona de suporte principal está entre os 118.685 e 118.222 pontos, enquanto a resistência segue marcada entre os 136.149 e 137.469 pontos — este último, inclusive, representa o topo histórico do índice.

O atual movimento de correção é resultado direto da forte alta recente e tem como objetivo se aproximar das médias móveis, que ficaram distantes. Caso a pressão vendedora persista, um ponto de atenção imediato está na mínima da semana em 132.870 pontos. A perda desse patamar pode levar o índice até a região das médias de 9 e 21 períodos, localizadas entre 131.150 e 126.645 pontos.

Caso o fluxo vendedor se intensifique ainda mais, os alvos de baixa se projetam para a faixa de 122.530 pontos, depois para a mínima do ano nos 118.222 pontos, e, em um cenário mais estendido, para a média de 200 períodos em 117.700 pontos.

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Por outro lado, para que o Ibovespa volte a sinalizar força compradora no médio prazo, será necessário retomar o patamar dos 136.149 pontos. A superação dessa faixa poderá abrir espaço para testar o topo histórico em 137.469 pontos. Caso o rompimento se concretize, o índice poderá ganhar tração compradora com alvos projetados entre 138.470 e 140.420 pontos, e, posteriormente, alcançar regiões mais ambiciosas como 144.560 e 146.400 pontos.

Fonte: Nelogica. Gráfico diário. Elaboração: Rodrigo Paz

Suportes e resistências do Ibovespa

Suportes:

Resistências:

(Rodrigo Paz é analista técnico)

Guias de análise técnica:

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