Ibovespa sobe 1,2% após notícia de que negociadores dos EUA chegaram a termos de acordo com a China

Mercado registra mais um dia de ganhos em meio à melhora do apetite por risco no País

Ricardo Bomfim

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – O Ibovespa acelera alta nesta quinta-feira (12) após notícia da Bloomberg de que negociadores dos EUA chegaram aos termos de um acordo comercial com a China. O acordo dependeria apenas da aprovação do presidente Donald Trump e poderia ser anunciado ainda hoje.

As informações vêm depois de Trump afirmar pelo Twitter que está muito próximo de um “acordo grande” com a China. “Estamos muito perto de um acordo grande com a China. Eles querem isso, nós também!”, escreveu ele.

Também foi veiculada uma notícia da Dow Jones de que os EUA estariam dispostos a aceitar uma redução de 50% nas tarifas impostas contra produtos chineses até agora. Analistas entendem que o limite para a realização de um acordo entre os dois países é domingo (15), quando passa a valer o aumento de 10% para 15% nas tarifas americanas sobre US$ 156 bilhões em mercadorias da China.

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Por aqui, anima os investidores a Standard & Poor’s, que revisou a perspectiva para a nota de risco de crédito do Brasil de estável para positiva. Além disso, o apetite por risco também se beneficia da decisão de ontem do Comitê de Política Monetária (Copom), de reduzir os juros de 5% para 4,5% ao ano sem indicar que esse seria o fim do ciclo de cortes nas taxas.

Às 17h04 (horário de Brasília) o Ibovespa tem alta de 1,17%, a 112.261 pontos.

Já o dólar comercial cai 0,62% a R$ 4,092 na compra e a R$ 4,0931 na venda. O dólar futuro com vencimento em janeiro de 2020 registrava perdas de 0,74%, a R$ 4,096.

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No mercado de juros futuros, o DI para janeiro de 2021 cai seis pontos-base a 4,55% e o DI para janeiro de 2023 avança três pontos a 5,74%.

Ontem, a S&P afirmou que o Brasil segue implementando medidas de consolidação fiscal destinadas à redução do déficit, que permanece grande, o que justificou a revisão. Este pode ser o primeiro passo na tão aguardada rodada de elevações no rating do País, que já está bem defasado em relação ao CDS, que na prática é um seguro contra o calote da dívida pública, e que já precifica o Brasil como um país com grau de investimento.

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Com relação ao Copom, com os juros na mínima histórica e o comunicado não descartando totalmente novas baixas, ao contrário do que boa parte do mercado acreditava que aconteceria, a economia é estimulada pelo menor custo de crédito e a renda variável ganha atratividade em relação à renda fixa.

Os juros em 4,5% ao ano significam que quem investir em alguns fundos e títulos atrelados à Selic ou ao CDI pode já não ter mais retornos reais (acima da inflação). Ou seja, quem busca rentabilidade deve buscar mais risco, o que impulsiona o mercado de ações.

No exterior, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter sua política monetária na primeira reunião sob o comando de Christine Lagarde, que sucedeu o italiano Mario Draghi na presidência da instituição no começo do mês passado.

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Como previam analistas, o BCE manteve a taxa de refinanciamento em 0% e a de depósito em -0,50%.

Noticiário corporativo

A MRV (MRVE3) Engenharia informou que encerrou com sucesso a primeira oferta pública de cotas do Luggo Fundo de Investimento Imobiliário, com a captação de R$ 90 milhões. Segundo a MRV, a oferta obteve a captação máxima, com quase dois mil cadastros de pessoas físicas.

Já o Banco do Brasil (BBAS3) comunicou que reorganizará a sua estrutura de comando, através da redução da diretoria executiva e da reatribuição das suas funções.

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A Hering (HGTX3) comunicou aos acionistas que distribuirá juros sobre o capital próprio, no valor de R$ 18,1 milhões. O pagamento aos acionistas será feito no dia 30 de dezembro.

(Com informações da Agência Estado)

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.