Ibovespa recua pelo segundo dia seguido, mas perde menos que Wall Street; Nasdaq caiu 3,74%

Bolsa americana foi impactada por ações da Meta, dona do Facebook, que teve pior sessão da história

Mitchel Diniz

B3  Bovespa  Bolsa de Valores de São Paulo  (Germano Lüders/InfoMoney)
B3 Bovespa Bolsa de Valores de São Paulo (Germano Lüders/InfoMoney)

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Oscilando entre altas e baixas ao longo de todo o dia, o Ibovespa não encontrou fôlego para retomar aquele movimento que levou o índice de volta aos 113 mil pontos no começo da semana. Pelo segundo dia consecutivo, a Bolsa brasileira fechou em terreno negativo, mas desta vez caiu menos do que as Bolsas no exterior.

O Ibovespa fechou em baixa de 0,18%, aos 111.695 pontos. O volume financeiro do dia ficou em R$ 24,2 bilhões. Os volumes na Bolsa brasileira diminuíram nos últimos dias, pois os mercados na China estão fechados ao longo da semana, em função do ano novo lunar. Isso diminui a liquidez dos mercados globais.

Para Juan Espinhel, especialista em investimentos da Ivest Consultoria, o cenário internacional está pouco favorável, com expectativa de alta de juros nos Estados Unidos e tensões geopolíticas. É natural que o Ibovespa entrar em um movimento de correção após sucessivas altas. “Não são quedas que preocupam. Contudo, é importante avaliar como está o fluxo estrangeiro na Bolsa”, afirma Espinhel. É a entrada de capital estrangeiro que tem dado fôlego à Bolsa no começo do ano.

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No dia seguinte à decisão do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que elevou os juros da economia em 1,5 ponto percentual para 10,75% ao ano, o mercado pouco reagiu ao ajuste, que já era esperado pelos investidores. Por outro lado, alguns setores da Bolsa repercutiram o tom mais dovish do BC, que sinalizou com a possibilidade de diminuir o ritmo de altas a partir da reunião do mês que vem.

A Petrobras (PETR3;PETR4) chegou a acentuar perdas ao longo da sessão depois do ex-presidente Lula ter afirmado que acabaria com a paridade internacional de preços da estatal caso fosse eleito. Ironicamente, os papéis reduziram perdas com a cotação do petróleo no exterior, que fechou em US$ 90 pela primeira vez em oito anos.

No câmbio, o dólar comercial emplacou um segundo dia consecutivo de alta, ainda que com ganhos moderados. A moeda americana subiu 0,36%, a R$ 5,295 na compra e na venda.

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No dia seguinte ao Copom, os juros futuros terminaram a quinta-feira em queda nos contratos mais curtos e de médio prazo, mas subiram na ponta mais longa: DIF23, -0,22 pp, a 11,90%; DIF25, -0,11 pp, a 10,86%; DIF27, estável, a 10,95%; DIF29, +0,06 pp, a 11,14%; e DIF31, +0,12 pp, a 11,22%.

Nos Estados Unidos, as Bolsas fecharam com perdas expressivas. O destaque negativo foi a Nasdaq, Bolsa de tecnologia, que despencou 3,74%, fechando aos 13.878 pontos.

Influência direta das ações da Meta, dona do Facebook, que derreteram mais de 26% após resultados piores que o esperado no quarto trimestre. A empresa teve a pior sessão da história e perdeu mais de US$ 200 bilhões em valor de mercado.

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O Dow Jones fechou em queda de 1,46%, a 35.110 pontos, e o S&P 500 caiu 2,44%, a 4.477 pontos.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados