Ibovespa futuro volta a subir, descolado do pré-mercado em NY; dólar recua

Balanços corporativos pautam mercados na última sessão do mês de abril

Mitchel Diniz

Gráfico de ações (Crédito: Shutterstock)

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O Ibovespa futuro opera em alta nos primeiros negócios desta sexta-feira (29), descolado do pré-mercado em Nova York. Os investidores continuam repercutindo os resultados trimestrais das empresas enquanto monitoram riscos: guerra na Ucrânia, pressões inflacionárias pelo mundo, aperto de ciclo monetário nos Estados Unidos e avanço da Covid-19 na China.

Às 9h12 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro para junho subia 0,93%, aos 111.875 pontos.

O dólar comercial operava em baixa de 0,97%, a R$ 4,891 na compra e R$ 4,892 na venda.

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Os juros futuros recuam: DIF23, -0,01pp, a 13,03%; DIF25, -0,04pp, a 11,98%; DIF27, -0,03pp, a 11,80%; DIF29, -0,03pp, a 11,93%.

Em Nova York, o Dow Jones futuro recuava 0,41%, enquanto os futuros do S&P 500 e da Nasdaq caíam, respectivamente, 0,96% e 1,35%.

Nos Estados Unidos, os resultados das big techs impactam o pré-mercado. Destaque negativo para a Amazon, que registrou prejuízo de US$ 3,8 bilhões no primeiro trimestre, ofuscando a Apple, que lucrou US$ 25 bilhões no mesmo período, superando expectativas. No pré-mercado da Nasdaq, a Amazon recua mais de 9% e as ações da Apple também caem, operando em baixa de 2,74%.

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A retração do PIB americano no primeiro trimestre não deve mudar o plano de voo do Federal Reserve, que pode subir os juros em 0,5 ponto percentual na reunião da semana que vem. O destaque do dia é a divulgação do PCE, índice de preços do consumo pessoal, dado de inflação usado como parâmetro pelo Fed.

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As Bolsas europeias avançam após o Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro subir 5% no primeiro trimestre, na comparação anual, em linha com as expectativas. A inflação oficial do bloco, por sua vez, teve variação mensal de 0,6% em abril, levemente acima do esperado – na comparação anual, a alta foi de 7,5%.

Diversos países do bloco divulgaram seus dados simultaneamente: o PIB da Alemanha avançou 0,2%, na comparação com o trimestre anterior, enquanto o da Espanha cresceu 0,3%. O da França ficou estável, decepcionado projeções de alta e o da Itália recuou 0,2%, dentro do previsto.

Os investidores continuam monitorando atentamente a escalada de tensões sobre a guerra na Ucrânia, depois que Vladimir Putin disse que dará resposta “rápida como um relâmpago” aos países que interferirem no conflito.

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As Bolsas asiáticas fecham em alta, com o índice de Hong Kong saltando mais de 4%. O Hang Seng foi impulsionado por ações de tecnologia, como Alibaba e Tencent Group. Notícias de que o governo da China prepara medidas para garantir o crescimento econômico do país animaram os mercados. Os chineses lidam com a mais grave onda de Covid-19 desde o início da pandemia e medidas restritivas severas que ameaçam o desempenho da economia.

Mesmo com a recuperação de última hora, abril foi um período difícil para muitas das Bolsas asiáticas e o pior mês em mais de dois anos para muitas delas. Os investidores começarão maio monitorando os impactos da Covid na China, os desdobramentos da guerra da Ucrânia na inflação e o clico de aperto monetário nos Estados Unidos.

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Mitchel Diniz

Repórter de Mercados