Ibovespa Futuro tem leve queda com coronavírus ofuscando corte de juros na China; dólar sobe a R$ 4,38

Pré-market registra perdas diante do cenário internacional em dia de importantes indicadores econômicos no Brasil

Ricardo Bomfim

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SÃO PAULO – O Ibovespa Futuro abre em leve queda nesta quinta-feira (20) acompanhando o exterior em um dia no qual as notícias sobre o coronavírus ofuscam a redução da taxa de juros promovida pelo banco central chinês. Ontem, o Banco do Povo da China (PBoC, na sigla em inglês) reduziu a taxa de juros do país em 10 pontos-base, de 4,15% para 4,05% ao ano.

Todavia, nem todas as notícias que vem do gigante asiático são positivas. A Comissão Nacional de Saúde do país informou que mais 114 pessoas morreram no surto, elevando para 2.118 o número de óbitos na China continental, enquanto o número de pacientes contaminados está em 74.576 casos.

O Japão, por sua vez, informou que dois passageiros contaminados no cruzeiro Diamond Princess morreram. A Coreia do Sul confirmou hoje a primeira morte pelo vírus, batizado de Covid-19, no país, informa a agência Yonhap.

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Às 09h15 (horário de Brasília), o índice futuro registrava leve queda de 0,23%, aos 116.690 pontos, enquanto o dólar futuro com vencimento em março avançava 0,39%, a R$ 4,383. O dólar comercial, por sua vez, avançava 0,35%, a R$ 4,3803 na compra e R$ 4,381 na venda.

Já entre os juros futuros, o contrato com vencimento em janeiro de 2022 tem alta de um ponto-base, a 4,67%, enquanto o de vencimento em janeiro de 2023 avança um ponto a 5,24%, seguido pela alta de três pontos-base do vencimento em janeiro de 2025, a 6,00%.

Por aqui, o Banco Central reduziu a alíquota do recolhimento do compulsório sobre depósitos a prazo de 31% para 25%, o que deve acarretar em uma liberação de R$ 49 bilhões a partir de 16 de março.

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Entre os indicadores, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) registrou alta de 0,22% em fevereiro na comparação mensal, informou nesta quinta-feira (20) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado foi o menor para o mês desde o início do Plano Real (1994).

O resultado ficou praticamente em linha com a estimativa de avanço de 0,23%, segundo estimativa mediana em pesquisa Bloomberg, depois de ter avançado 0,71% na medição anterior.

Noticiário corporativo

A Petrobras (PETR3 ; PETR4) registrou um lucro líquido de R$ 40,137 bilhões em 2019, um crescimento de 55,7% sobre o valor registrado em 2018. A cifra também representa o maior lucro nominal da história das empresas de capital aberto, segundo a Economatica.

Apenas no quarto trimestre de 2019, o lucro líquido da estatal ficou em R$ 8,153 bilhões — uma alta de 287,87% sobre o mesmo período do ano anterior. O valor, no entanto, veio abaixo das estimativas de analistas consultados pela Bloomberg, que previam ganho de R$ 11,288 bilhões nos três últimos meses de 2019 para a companhia.

O Ebitda ajustado da companhia (lucro antes de juros, impostos depreciação e amortização) ficou em R$ 129,249 bilhões em 2019, um aumento de 12,54% sobre 2018.

Além da Petrobras, Raia Drogasil (RADL3), Pão de Açúcar (PCAR4), Rede Fleury (FLRY3) e Marfrig (MGFR3) publicaram balanços.

A Raia Drogasil reportou lucro líquido de R$ 167 milhões no quarto trimestre, um pouco acima das projeções, mas lucrou 7% a mais em 2019, um total de R$ 587 milhões.

O Grupo Pão de Açúcar teve lucro líquido de R$ 836 milhões em 2019, uma queda de 34,89% sobre 2018. A Rede Fleury lucrou R$ 65,2 milhões no quarto trimestre de 2019, uma expansão de 12% sobre igual período de 2018. Já a Ultrapar (UGPA3) reverteu o lucro e tem prejuízo de R$ 266,5 milhões no 4º trimestre.

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Ricardo Bomfim

Repórter do InfoMoney, faz a cobertura do mercado de ações nacional e internacional, economia e investimentos.