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Ibovespa Futuro acompanha pessimismo externo e opera em baixa

Em dia com poucos indicadores no cenário externo, atenções se voltam para discursos do Fed e para situação do mercado de títulos públicos no Reino Unido

Felipe Moreira

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O Ibovespa futuro opera em baixa nos primeiros negócios desta terça-feira (11) e caminha para terceira queda consecutiva, em linha com o pré-mercado de Nova York. Às 9h15 (horário de Brasília), o contrato para outubro caía 0,37%, aos 115.635 pontos.

Em um dia com poucos indicadores econômicos no cenário internacional, as atenções se voltam para os discursos dos dirigentes do Fed e para a situação do mercado de títulos públicos no Reino Unido.

Em Wall Street, os índices futuros operam em queda à medida que temores com recessão aumentam e investidores aguardam por dados de inflação.

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Nesta manhã, o Dow Jones, S&P 500 e o Nasdaq recuam, respectivamente, 0,31%, 0,43% e 0,46%.

No câmbio, o dólar opera em leve baixa após fechar em queda na véspera. O dólar comercial tinha baixa de 0,04%, cotado a R$ 5,188 na compra e R$ 5,189 na venda. Já o dólar futuro para outubro tinha alta de 0,07%, a R$ 5,212.

Com relação a curva de juros, os contratos futuros operam em alta. DIF23 (janeiro para 2023), +0,01 pp, a 13,68%; DIF25, +0,07 pp a 11,55%; DIF27, +0,08 pp, a 11,40%; e DIF29, +0,06 pp, a 11,54%.

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No cenário local, o índice de preços ao consumidor (IPCA) de setembro registrou nova deflação (-0,29%) – a terceira seguida – como reflexo das reduções de preços de combustíveis realizadas pela Petrobras, o impacto do corte de impostos sobre comunicações e a redução de preços de alimentos. O resultado veio um pouco abaixo do consenso Refinitiv que previa recuo de 0,34% frente agosto.

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos nesta terça-feira, enquanto o índice de referência de Taiwan caiu 4,35%, para 13.106,03, em seu retorno ao comércio após um feriado, com os investidores avaliando o impacto das novas regras dos EUA sobre a fabricante de chips TSMC.

Os mercados do Japão e da Coreia do Sul também retomaram as negociações após um feriado na segunda-feira. O Nikkei 225 caiu 2,64% para 26.401 pontos. Na Coreia do Sul, o Kospi recuou 1,83% a 2.192,07 pontos.

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O iene do Japão enfraqueceu acentuadamente, pois mantém as taxas de juros extremamente baixas, enquanto o Fed dos EUA aumenta agressivamente os juros. Mas as autoridades sinalizaram a disposição de manter uma política monetária frouxa. O primeiro-ministro Fumio Kishida disse ao Financial Times que o Banco do Japão deveria manter sua política até que os salários subam.

Enquanto isso, os mercados da China contrariaram a tendência regionalmente, com o Shanghai ganhando 0,19% e o Shenzhen subindo 0,53%.

Os preços do minério de ferro recuam nesta terça-feira, apagando os ganhos da véspera, já que a maior produtora de aço intensificou as restrições do COVID-19 para conter uma nova onda de surtos antes de um crucial Congresso do Partido Comunista da China.

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O minério de ferro mais negociado para janeiro na Dalian Commodity Exchange da China encerrou as negociações com queda de 2,5%, a 721 iuanes (US$ 100,29) a tonelada, após cinco sessões consecutivas de ganhos.

Europa

Os mercados europeus operam no campo negativo nesta terça, com temores sobre as perspectivas de crescimento global e a perspectiva de mais aperto da política monetária por parte dos bancos centrais.

As bolsas da região fecharam em baixa na segunda-feira, com a volatilidade continuando a abalar o sentimento dos investidores. Juntamente com a preocupação com os aumentos das taxas de juros dos bancos centrais e seu impacto no crescimento econômico, os mercados da Europa também estavam observando os desdobramentos na Ucrânia depois que várias explosões atingiram o centro da capital da Ucrânia, Kiev.

O Banco da Inglaterra anunciou uma expansão de sua operação emergencial de compra de títulos, enquanto busca restaurar a ordem no mercado de títulos do país.

A autoridade monetária disse que ampliará suas compras de títulos do governo do Reino Unido – conhecidos como gilts – para incluir gilts indexados de 11 a 14 de outubro.

Na frente econômica, a taxa de desemprego do Reino Unido caiu 0,3 ponto percentual, atingindo 3,5%, nível mais baixo desde 1974.