Ibovespa avança em último pregão do ano, com exterior e dados do setor público

Bolsa brasileira avança, com exterior e com resultado do setor público consolidado surpreendendo positivamente

Equipe InfoMoney

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O Ibovespa avança 0,66%, aos 104.794 pontos, às 13h, no último pregão do ano. O índice acompanha, em parte, a performance das bolsas no exterior – Estados Unidos e Europa também avançam, apesar das altas serem mais contidas.

Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq sobem, respectivamente, 0,18%, 0,14% e 0,32%. Os EUA divulgaram, mais cedo, o número de novos pedidos de seguro-desemprego, que ficou em 198 mil na semana encerrada em 25 de dezembro, abaixo do consenso de 205 mil de analistas escutados pelo Wall Street Journal. 

“O número de pedidos de auxílio desemprego veio um pouco abaixo da expectativa, o que é positivo para a economia, mas não é motivo para se animar muito”, afirma Bruno Komura, do time de estratégia da Ouro Preto Investimentos.

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Ao mesmo tempo que mostra que a economia do país está se recuperando, bons dados do desemprego tendem, também, a sinalizar que o Federal Reserve pode acelerar a retirada de estímulos.

Na Europa, a tendência também é, majoritariamente, de alta. Na Europa, o DAX, da Alemanha, o CAC 40, da França, e o STOXX 600, de todo o continente, avançam, ainda na sequência, 0,21%, 0,14% e 0,23%. O único índice do continente que recua é o FTSE, de Londres, com queda de 0,10%.

“As bolsas da Europa operam em tom ligeiramente positivo nas primeiras horas do pregão desta quinta-feira, enquanto investidores tentam firmar o tradicional rali de fim de ano nos mercados acionários, mas têm ímpeto limitado pelo avanço da variante Ômicron do coronavírus na região”, comenta Fabio Perina, do Itaú BBA.

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Já no cenário interno, o impulso nesta quinta-feira é proveniente, em parte, do melhor resultado em novembro do setor público consolidado, que engloba o Governo Federal, estados, municípios e estatais, que contou com um superávit primário de R$ 15 bilhões.

“Com o resultado do setor público vindo positivo, o mercado se animou: dólar e curva juros estão caindo. Este movimento beneficia essas ações”, comentou Komura.

O dólar comercial, às 13h, cai 1,97%, a R$ 5,580 na compra e a R$ 5,581 na venda. O futuro recua 2,10%, a R$ 5,581. Nos juros, os contratos de DI com vencimento em fevereiro de 2023 caem 80 pontos-base, ou 0,8%. Os para fevereiro de 2025, 112 pontos-base. Para os de fevereiro de 2029, a queda é de 84 pontos-base.

Entre os destaques das altas do índice estão a Magazine Luiza (MGLU3), que avança 9,47%, a Méliuz (CASH3), que sobe 8,97% e a Locaweb (LWSA3), com alta de 5,84%.

Companhias do varejo se beneficiam da queda dos juros, uma vez que seu faturamento está diretamente ligado ao crédito. Empresas de tecnologia, por sua vez, surfam com a percepção de um cenário para o futuro melhor, com menor pressão nas margens.

O resultado do setor público consolidado conseguiu afastar, pelo menos momentaneamente, o pessimismo causado pelas sinalizações de greve de servidores federais, vistas como ameaças à performance fiscal.

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