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Ibovespa cai 0,79% na volta do Carnaval, com ajuste a ADRs e alívio parcial nos EUA

Inflação mais alta do que o esperado nos EUA assustou ADRs brasileiros na terça, mas queda é menos expressiva do que na véspera

Equipe InfoMoney

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O Ibovespa fechou o encurtado pregão desta Quarta-feira de Cinzas após a folga de carnaval em queda. O recuo se ajusta à desvalorização da véspera das bolsas norte-americanas, após o índice de inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) de janeiro dos Estados Unidos emperrar as apostas sobre o início do corte dos juros no país.

Dados sobre os preços ao consumidor nos EUA mostraram na terça-feira uma alta acima das previsões de analistas, afastando ainda mais as chances de cortes iminentes nos juros. Após os números, a possibilidade precificada no mercado para uma redução em maio diminuiu, com o maior percentual apontando para junho.

No fechamento, o Ibovespa caiu 0,79%, aos 127.018 pontos, ante variação zero na abertura (128.025,57 pontos), nível perto da máxima (128.025,70 pontos). O pregão pós-Carnaval também foi marcado pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa e do contrato futuro do índice. Na mínima do dia, o benchmark da Bolsa chegou aos 126.662,85 pontos.

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Na véspera, o índice Dow Jones Brazil 20 ADR, uma medida do desempenho das 20 ações brasileiras mais negociadas no mercado norte-americano como ADRs, caiu 2,6%. A quarta-feira, porém, foi mais positiva em Wall Street, atenuando a correção negativa na B3.

Após quedas recentes, as ações do Banco do Brasil tentaram se recuperar e subiram 1,35%. Já papéis mais sensíveis ao ciclo de juros cedem, liderando o grupo das baixas.

Já o dólar à vista fechou em leve alta, ajustando-se ao avanço firme da moeda norte-americana no exterior na véspera, na esteira da divulgação de uma inflação mais elevada que o esperado nos EUA. A divisa fechou o dia cotada a R$ 4,9727 na venda, em alta de 0,27%. Em fevereiro, a moeda acumula alta de 0,69%.

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Na visão da equipe da BB Investimentos, a quantidade de “falsos sinais” emitidos pelo Ibovespa desde o primeiro rompimento do suporte de 128 mil pontos em 18 de janeiro é típica de períodos de indefinição. “Desde então, o índice já se aproximou de outro suporte importante aos 126 mil pontos, bem como ensaiou, sem sucesso, uma recuperação para o patamar de 131 mil pontos”, observaram os analistas em comentário a clientes.

Para eles, o efeito positivo da expectativa de que o início do ciclo de corte de juros nos EUA esteja próximo tem sido limitado pela percepção mais recente do mercado de que o Fed ainda levará algumas reuniões até começar o alívio monetário.

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DESTAQUES DE AÇÕES:

(com Estadão Conteúdo e Reuters)