Merge

Grandes mineradoras de Ethereum apostam em computação em nuvem e IA antes da atualização da rede

A mudança acabará com a necessidade de data centers volumosos e caros

Por  CoinDesk -

Algumas das maiores mineradoras de Ethereum (ETH) do mundo começaram a mudar para computação em nuvem e inteligência artificial (IA) antes da “Merge” (Fusão, em inglês), uma importante atualização que mudará radicalmente a rede do projeto.

A alteração, prevista para ocorrer entre os dias 13 e 16 de setembro, fará o Ethereum mudar seu atual mecanismo de consenso de prova de trabalho (proof-of-work, ou PoW) para um de prova de participação (proof-of-stake, ou PoS).

Na prática, a Merge eliminará a necessidade de grandes quantidades de poder de computação e data centers, e gerará uma redução do consumo de energia da rede em pelo menos 99,95%.

A mineradora canadense de criptomoedas Hive Blockchain (HIVE) disse nesta terça-feira (6) que estava testando outras moedas que ainda podem ser mineradas com suas unidades de processamento gráfico (GPUs), bem como computação em nuvem e IA.

A mineradora já tem um projeto-piloto de teste rodando em um data center. No local, uma parte das GPUs (modelo Nvidia A40) estão sendo aplicadas à computação em nuvem.

“Esses placas [A40] podem ser usadas para computação em nuvem e aplicativos de IA e renderização para aplicativos de engenharia, além de modelagem científica de dinâmica de fluidos (ramo da ciência que lida com o movimento dos líquidos e gases)”, disse a empresa em comunicado enviado à imprensa.

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Outra mineradora canadense, a Hut 8 (HUT), que está apostando em computação de alto desempenho desde o início do ano, disse nesta terça que seu último lote de GPUs instaladas será “projetado para girar sob demanda para fornecer inteligência artificial, machine learning ou serviços de renderização de efeitos visuais aos clientes.”

Há muita especulação sobre o que os mineradores de Ether farão após a Merge. Uma teoria é que eles redirecionarão suas rigs (sistemas) de mineração de criptomoedas para o Ethereum Classic (ETC), que é a rede que emergiu do hard fork (bifurcação) do projeto em 2016 após um hack no qual US$ 60 milhões foram roubados de uma das primeiras organizações autônomas descentralizadas (DAO) do Ethereum.

O Ethereum Classic, de fato, disparou antes da Merge, com suas métricas de rede subindo para máximas históricas e os tokens ETC ganhando valor em meio a um mercado morno de criptomoedas.

O hashrate (poder de computação) do Ethereum Classic atingiu 48,64 terahashes por segundo (TH/s) na manhã desta terça, subindo 133% desde julho, enquanto os tokens ETC valorizaram quase 30% nas últimas 24 horas.

O preço das ações da Hive caiu mais de 5% no dia, enquanto as ações da Hut 8 desvalorizaram 3% no mesmo período.

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