Futuros dos EUA e Europa sobem com rodada de negociações Rússia-Ucrânia; onda de Covid na China e mais assuntos do mercado hoje

Semana é cercada de expectativas no mercado, com temporada de resultados por aqui, além de decisão do Copom, enquanto Fed também decidirá juros na quarta

Equipe InfoMoney

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Os índices futuros dos EUA e mercados europeus operam em alta na manhã desta segunda-feira (14), antes de uma semana importante, à medida que a guerra Rússia-Ucrânia continua e o Federal Reserve pode elevar as taxas de juros pela primeira vez desde 2018.

Os mercados asiáticos, por sua vez, fecharam mistos com os investidores monitorando uma onda de Covid na China. Enquanto isso, os preços do petróleo continuam voláteis.

As atenções seguem voltadas para a guerra na Ucrânia após um fim de semana de intensos combates em torno da capital Kiev, enquanto as forças russas bombardearam cidades em todo o país, matando civis que não conseguiram fugir.

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Novas negociações acontecem nesta segunda-feira em uma tentativa de estabelecer um cessar-fogo sólido e encontrar espaço para qualquer compromisso entre as demandas da Rússia e da Ucrânia, embora as discussões anteriores tenham terminado em fracasso.

O Fed também está em foco esta semana, pois espera-se que eleve sua meta de taxa de juros em um quarto de ponto percentual no final de sua reunião de dois dias na quarta-feira.

No Brasil, o Copom se reúne pela segunda vez no ano e a expectativa é de uma nova alta para a taxa Selic, devido à inflação mais alta que o esperado em fevereiro e a perspectiva de preços ainda maiores, com a guerra na Ucrânia e os combustíveis mais caros. O consenso do mercado aposta em um ajuste de 1 ponto percentual, dos atuais 10,75% para 11,75% ao ano, a maior desde fevereiro de 2017.

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A temporada de balanços corporativos continua, com uma série de empresas divulgando resultados ao longo da semana. Destaque para o resultado de Magazine Luiza e Gol nesta segunda-feira (14). Cabe ressaltar que a B3 volta a operar em seu horário normal a partir desta segunda, com o pregão regular encerrando às 17h (horário de Brasília). 

Confira mais destaques:

1. Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA avançam nesta manhã de segunda-feira (14), antes de novas negociações entre Rússia-Ucrânia e o Federal Reserve pode aumentar as taxas pela primeira vez em 4 anos.

Os investidores também estão atentos para novas previsões para taxas, inflação e economia, dada a incerteza da escalada das tensões geopolíticas.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam mistos, com investidores monitorando uma onda de Covid na China.

A China está passando por uma onda de infecções por Covid – seu pior surto desde que o país reprimiu a pandemia em 2020, e grandes cidades, incluindo Shenzhen, estão correndo para limitar a atividade comercial. Do outro lado da fronteira de Shenzhen, a região administrativa especial de Hong Kong também vem lutando contra um ressurgimento de casos de Covid nas últimas semanas.

Além do surto de Covid, as ações de empresas chinesas listadas em Hong Kong registraram forte queda na madrugada, após vazarem na imprensa americana um suposto pedido de auxílio militar e financeiro da Rússia para Beijing. Mesmo sem detalhes, a notícia trouxe temor de que a China entre no radar de sanções ocidentais. Além disso, incertezas regulatórias sobre o setor tecnologia também pesam sobre as ações.

Europa

Os mercados europeus sobem com as esperanças de avanço nas negociações de paz entre russos e ucranianos renovada, mesmo com os combates continuando sem qualquer tipo de trégua ou cessar fogo, enquanto os mercados de títulos se preparam para aumentos de juros no Reino Unido nesta semana.

Commodities

Os preços do petróleo recuam na sessão de hoje, estendendo o declínio do final da semana passada, à medida que os esforços diplomáticos para acabar com a guerra na Ucrânia foram intensificados e os mercados se prepararam para taxas mais altas nos EUA.

Bitcoin

2. Agenda

Esta semana o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) se reúne pela segunda vez no ano e a expectativa é de uma nova alta para a taxa básica de juros (Selic). A maioria do mercado acredita em um ajuste de 1 ponto percentual, dos atuais 10,75% para 11,75% ao ano, a maior desde fevereiro de 2017. O BC chega ao encontro, na terça e quarta-feira (15 e 16), pressionado pela inflação mais alta que o esperado em fevereiro e a perspectiva de preços ainda maiores, com a guerra na Ucrânia e os combustíveis mais caros.

A reunião do Copom coincide com a do Comitê de Mercado Aberto do Banco Central dos Estados Unidos (Fomc, na sigla em inglês). O Federal Reserve também chega pressionado pela inflação alta, a maior em décadas. A reunião de março é bastante aguardada pelos investidores, pois é nesse encontro que o Fed deve dar início ao ciclo de aperto monetário nos EUA. Atualmente, os juros no país estão próximos a zero e a dúvida é sobre a intensidade com a qual o Fomc subirá a taxa.

Brasil

8h25: BC divulga Boletim Focus semanal

15h: Balança Comercial semanal

China

23h: Produção industrial, vendas no varejo e taxa de desemprego da China

3. Combustíveis

O presidente Jair Bolsonaro sancionou integralmente, na sexta-feira (11), o Projeto de Lei Complementar 11, que altera a cobrança do ICMS sobre os combustíveis, segundo informação da Secretaria-Geral da Presidência.

Bolsonaro defende há meses a mudança na cobrança no ICMS, um imposto estadual, tentando passar boa parte da responsabilidade da alta dos preços dos combustíveis aos governadores, apesar de a Petrobras (PETR3;PETR4) seguir uma regra de paridade, que faz com que considere o preço internacional do petróleo e a variação do câmbio no Brasil na definição inicial do preço.

Já no sábado (12), o presidente afirmou que, para respeitar as obrigações legais da Petrobras, decidiu que não vai interferir nos reajustes dos preços dos combustíveis. Afirmou, no entanto, que o governo, junto com o Congresso Nacional, já está tomando medidas para não repassar para os consumidores toda a defasagem dos preços do petróleo no mercado internacional com os do diesel e gasolina no País.

Petrobras justifica lucro diz que reajuste foi para evitar desabastecimento

Após os reajustes promovidos esta semana nos preços de gasolina, diesel e gás de cozinha, a Petrobras (PETR3;PETR4) publicou no último sábado (12) dois vídeos em sua página na internet justificando os aumentos. Conforme a estatal, o último reajuste foi necessário para manter o fornecimento por todas as empresas, mitigando riscos de desabastecimento. A empresa diz que não repassou imediatamente a elevação recente nas cotações do petróleo pois “não transmite volatilidade e sabe da importância de contribuir com combustível acessível.”

Na publicação, a companhia alega que seu lucro recorde em 2021 pode parecer alto, mas na verdade não é. Segundo a empresa, o lucro é compatível com o tamanho dos investimentos. A estatal fechou o ano passado com um lucro inédito de R$ 106,7 bilhões. “Você imagina o quanto é necessário de investimentos para produzir o combustível que chega até você. É um investimento bilionário”, diz.

De acordo com a Petrobras, a taxa anual de retorno empregado na operação da companhia em 2021 foi de 8%, ficando, conforme a estatal, “apenas 2% acima do custo da sua dívida, um retorno justo.”

Governo avalia diminuir encargo sobre frete marítimo

Com a disparada no preço dos combustíveis e as turbulências no setor de fertilizantes, ganhou força no governo e no Congresso o plano para baixar encargos no frete marítimo, por meio de um corte no Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM).

A tesourada na tributação é ensaiada em duas frentes. Em uma, o governo estuda editar um decreto para reduzir em cerca de 30% as alíquotas do encargo, ato que pode ser publicado nas próximas duas semanas. Na segunda, está uma articulação para reverter um veto do presidente Jair Bolsonaro sobre o tema, que barrou o corte nas alíquotas aprovado dentro do projeto de incentivo à cabotagem, o BR do Mar.

4. Covid

No último domingo (13), o Brasil registrou 146 mortes e 14.859 casos de covid-19 em 24h, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.

A média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 419, recuo de 38% em comparação com o patamar de 14 dias antes.

A média móvel de novos casos em sete dias foi de 45.613, o que representa queda de 40% em relação ao patamar de 14 dias antes. 

Chegou a 157.634.168 de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 73,38% da população.

O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 175.373.899 pessoas, o que representa 81,63% da população.

A dose de reforço foi aplicada em 69.242.621 pessoas, ou 32,23% da população.

5. Radar Corporativo

Magazine Luiza (MGLU3), Ecorodovias (ECOR3), Ambipar (AMBP3), Direcional (DIRR3), Mahle (LEVE3) e Neogrid (NGRD3) divulgam hoje seus resultados, após o fechamento dos mercados. Gol (GOLL4) divulga os números antes da abertura. 

Aliansce Sonae (ALSO3) e brMalls (BRML3)

A Aliansce Sonae confirmou que vai elevar proposta de fusão com brMalls em 11%, conforme foi informado em reportagem do Broadcast, do Estadão, no fim de semana. 

A Aliansce vai elevar o pagamento em dinheiro, chegando a R$ 1,85 bilhão. 

B3 (B3SA3)

A B3 volta a operar em seu horário normal, a partir desta segunda, com o pregão regular encerrando às 17h. O novo horário também traz de volta o after market, com as negociações entre 17h30 e 18h.

Eletrobras (ELET3; ELET6

A Eletrobras (ELET3; ELET6) postergou para o dia 18 a divulgação dos resultados referentes ao quarto trimestre do ano (4TRI21), após o fechamento do mercado.

Segundo a estatal, o adiamento se deu em razão do processo de conclusão e revisão das demonstrações financeiras não estar finalizado e apto para deliberação dos órgãos de administração da companhia. 

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