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Os índices futuros de Nova York e os mercados europeus sobem na manhã desta terça-feira (10), em um movimento de recuperação depois de uma ampla liquidação nos últimos dias, motivada principalmente por preocupações com a inflação e o aumento das taxas de juros, que poderiam levar a uma recessão global.
Enquanto isso, o rendimento da nota do Tesouro dos EUA de 10 anos de referência subiu para seu nível mais alto desde o final de 2018, chegando a 3%.
A guerra entre russos e ucranianos continua sendo outra fonte de tensão no mercado. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tentou justificar sua invasão sem precedentes da Ucrânia na segunda-feira, que foi o “Dia da Vitória” na Rússia – um dos eventos mais importantes do calendário nacional do país, marcando a vitória soviética sobre a Alemanha nazista.
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O Ocidente estava “se preparando para a invasão de nossa terra, incluindo a Crimeia”, disse Putin sem fornecer evidências, de acordo com a Reuters. Ele acrescentou que a OTAN estava criando ameaças nas fronteiras da Rússia.
Por aqui, atenção para a ata da última reunião do Copom, divulgada às 8h. Na última semana, o comitê deixou aberta a possibilidade de mais uma alta de juros, com intensidade menor, em que a ata pode ajudar a ver o quão grande essa alta dos juros pode ser.
Segundo o documento, o Banco Central avalia que o aperto das condições financeiras observado na economia cria um risco de desaceleração mais intensa da atividade à frente. De acordo com a ata, diante da potencial persistência do processo inflacionário global, a posição mais contracionista da política monetária nos países avançados tem impactado as condições financeiras dos países emergentes.
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“O Comitê ressaltou que o crescimento econômico veio em linha com o que era esperado, mas o aperto das condições financeiras cria um risco de desaceleração mais forte que o antecipado nos trimestres à frente, quando seus impactos tendem a ficar mais evidentes”, disse.
No campo corporativo, CVC (CVCB3), Grupo SBF (SBFG3) e Telefônica (VIVT3), entre outras, divulgam resultados do primeiro trimestre, após o fechamento dos mercados.
Confira mais destaques:
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1. Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA avançam após o S&P 500 cair para seu nível mais baixo em mais de um ano na véspera.
O movimento baixista ocorreu quando os temores de inflação continuaram a atingir os mercados por todos os lados. As ações de tecnologia foram as mais impactadas. As ações da Meta e Alphabet caíram 3,7% e 2,8%, respectivamente. Já os papéis da Tesla caíram mais de 9%, em uma liquidação ditada por ações de crescimento de megacapitalização, à medida que investidores ficaram mais preocupados com o aumento das taxas de juros.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
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- Dow Jones Futuro (EUA), +0,92%
- S&P 500 Futuro (EUA), +1,07%
- Nasdaq Futuro (EUA), +1,65%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam em baixa em sua maioria, com destaque para o recuo de 1,84% do índice Hang Seng de Hong Kong após feriado na segunda-feira.
- Shanghai SE (China), +1,06%
- Nikkei (Japão), +0,58%
- Hang Seng Index (Hong Kong), -1,84%
- Kospi (Coreia do Sul), -0,55%
Europa
Os mercados europeus operam depois que os mercados regionais caíram para mínimas de dois meses na segunda-feira, com a fuga em massa de ativos de risco devido a temores sobre a inflação.
No radar de indicadores, o índice de expectativas econômicas da Alemanha subiu de -41 pontos em abril para -34,3 pontos em maio, segundo pesquisa divulgada nesta terça-feira pelo instituto alemão ZEW. O resultado surpreendeu analistas consultados pelo The Wall Street Journal, que previam queda do indicador a -44,5 pontos. Por outro lado, o índice de condições atuais medido pelo ZEW piorou no mesmo período, de -30,8 a -36,5 pontos.
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- FTSE 100 (Reino Unido), +0,72%
- DAX (Alemanha), +1,61%
- CAC 40 (França), +1,12%
- FTSE MIB (Itália), +1,61%
Commodities
Os preços do petróleo operam em alta nesta terça-feira, revertendo parte das fortes quedas do dia anterior, com os bloqueios por Covid-19 na China, um dólar forte e os crescentes riscos de recessão alimentaram preocupações sobre as perspectivas para a demanda global.
Por outro lado, a sessão é novamente de queda para o minério de ferro negociado em Dalian, com preocupações com taxas de juros mais altas e demanda ainda estagnada na China no radar.
- Petróleo WTI, +0,58%, a US$ 103,69 o barril
- Petróleo Brent, +0,57%, a US$ 106,51 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve baixa de 4,12%, a 779,00 iuanes, o equivalente a US$ 116,03
Bitcoin
- Bitcoin, -5,46% a US$ 31.792,53 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A terça começou com o IPC da Fipe (5h) e com o índice ZEW na Alemanha e na zona do euro (6h). O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede a inflação na cidade de São Paulo, subiu 1,33% na primeira quadrissemana de maio, desacelerando em relação ao ganho de 1,62% verificado em abril, segundo dados publicados nesta terça-feira, 10, pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).
No Brasil, atenção para a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Na semana passada, o BC elevou a Selic em 1 ponto percentual e deixou a porta aberta para uma nova alta “de menor magnitude”, de acordo com o comunicado que acompanhou a decisão.
Segundo o documento, o Banco Central avalia que o aperto das condições financeiras observado na economia cria um risco de desaceleração mais intensa da atividade à frente. De acordo com a ata, diante da potencial persistência do processo inflacionário global, a posição mais contracionista da política monetária nos países avançados tem impactado as condições financeiras dos países emergentes. “O Comitê ressaltou que o crescimento econômico veio em linha com o que era esperado, mas o aperto das condições financeiras cria um risco de desaceleração mais forte que o antecipado nos trimestres à frente, quando seus impactos tendem a ficar mais evidentes”, disse.
Depois, são divulgados dados do varejo brasileiro (9h). Nos EUA, tem a variação de estoques de petróleo API (17h30). Já à noite, serão divulgados dados da inflação na China (22h30).
Brasil
8h: Ata do Copom
9h: Vendas do varejo de março, com consenso Refinitv de alta mensal de 0,4% em relação ao mês anterior e alta de 2,05% frente ao mesmo do ano passado
EUA
17h30: Variação de estoques de petróleo – API
3. Governo vai reduzir tarifas de produtos importados
Para tentar frear a inflação, o governo vai reduzir a zero o imposto sobre importação de 11 produtos. Entre os itens, fazem parte alimentos da cesta básica e produtos siderúrgicos usados pela construção civil. Além disso, será reduzida, em 10%, a Tarifa Externa Comum (TEC) vigente no Mercosul.
Guedes defende taxar super-ricos e desonerar empresas
Para destravar a reforma tributária no Senado, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse na última segunda-feira (9) que o governo pode apresentar uma versão “mais enxuta” do projeto com a proposta de aumento do imposto de renda sobre os super-ricos e redução dos impostos cobrados sobre as empresas.
TSE rejeita recomendações das Forças Armadas
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) enviou, nesta segunda-feira, as respostas feitas às novas sugestões das Forças Armadas sobre o sistema eleitoral. No documento, de 35 páginas, a equipe técnica do TSE defendeu a segurança das urnas eletrônicas e disse que não há “sala escura” de apuração dos votos. As informações são do jornal Valor.
Governo estuda alívio aos caminhoneiros com correção mais frequente da tabela do frete
O governo quer uma reaproximação com os caminhoneiros e estuda novas medidas para dar um alívio no bolso desses profissionais, de olho nas eleições, informa O Globo. O tema ganhou urgência com o anúncio de mais um reajuste do diesel. Entre as propostas em estudo está a correção mais frequente da tabela do frete, para acompanhar a correção dos combustíveis. Estão em estudo também ações para reduzir a burocracia e o custo para a categoria, como registro na ANTT, emplacamento de caminhões e emissão da carteira de habilitação, além da contribuição previdenciária sobre o frete.
4. Covid
Na última segunda-feira (9), o Brasil registrou 59 mortes e 10.606 casos de covid-19 em 24h, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.
A média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 84, recuo de 12% em comparação com o patamar de 14 dias antes.
A média móvel de novos casos em sete dias foi de 16.219, o que representa alta de 19% em relação ao patamar de 14 dias antes.
Chegou a 164.734.982 pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 76,68% da população.
O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 177.532.063 pessoas, o que representa 82,64% da população.
A dose de reforço foi aplicada em 88.344.726 pessoas, ou 41,12% da população.
5. Radar Corporativo
Alupar (ALUP11), Armac (ARML3), BrasilAgro (AGRO3), CSU Cardsystem (CARD3), Cury (CURY3), CVC (CVCB3), Grupo SBF (SBFG3), Log-In (LOGN3), Mobly (MBLY3), Nutriplan (NUTR3), Qualicorp (QUAL3), São Carlos (SCAR3), Valid (VLID3), e Telefônica (VIVT3) divulgam resultados do primeiro trimestre, após o fechamento do mercados.
Via (VIIA3)
A Via (VIIA3) teve lucro contábil de R$ 18 milhões, segundo dados enviados à CVM, o que representou uma queda de 90% frente aos R$ 180 milhões de igual período de 2022.
A empresa informou ainda um lucro comparável de R$ 86 milhões, no qual registrou alta de 36,5%.
BB Seguridade (BBSE3)
A BB Seguridade lucrou R$ 1,179 bilhão no 1º trimestre, alta de 20,7% na base anual.
O resultado das participações atingiu a cifra de 1,179 bilhão nos três primeiros trimestre deste ano, um crescimento de 21,4% frente ao 1T21.
Assaí (ASAI3)
O Assaí reportou lucro líquido de R$ 214 milhões no primeiro trimestre, uma queda de 10,8% em relação ao mesmo período de 2021.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado cresceu 17,3% no 1T22, totalizando R$ 752 milhões.
Méliuz (CASH3)
A Méliuz (CASH3) registrou prejuízo líquido de R$ 6,5 milhões no primeiro trimestre de 2022 (1T22), revertendo lucro de R$ 3 milhões do mesmo trimestre de 2021.
Petrorio (PRIO3)
A Petrorio (PRIO3) apresentou produção diária de 33,7 mil barris de óleo equivalente no mês de abril deste ano, uma redução de 3,4% em relação a março de 2022.
Já as vendas de óleo totalizaram 882,8 mil barris, uma diminuição de 10,6% na comparação com o mês imediatamente anterior.
Enauta (ENAT3)
A produção total da Enauta no mês de abril atingiu 623,3mil barris de óleo equivalente (boe), ou produção média diária de 20,8mil boe, a maior produção do ano, superando o mês de março, quando marcou 20,5 mil boe.
No total do ano, a empresa produziu 18,4 mil boe em média diária.
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