Futuros de NY e Europa sobem à espera de inflação PCE nos EUA; taxa de desemprego no Brasil e mais destaques do mercado hoje

Dados da atividade fabril na China também são destaque na sessão de hoje

Felipe Moreira

(Getty)

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Os índices futuros de Nova York e bolsas da Europa operam com alta em sua maioria nesta quinta-feira (31), com investidores à espera da divulgação do deflator do consumo (PCE, em inglês) – indicador de inflação favorito do Federal Reserve (Fed).

Economistas consultados pela Dow Jones esperam um aumento anual de 4,2% no mês passado, ligeiramente acima do aumento de 4,1% no mês anterior. Os dados semanais de pedidos de seguro-desemprego nos EUA também serão divulgados na manhã de hoje.

Já os mercados asiáticos fecharam mistos, com a atividade industrial da China contraindo pelo quinto mês consecutivo em agosto.

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O Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor industrial ficou em 49,7, representando uma taxa de contração mais fraca em comparação com os 49,4 esperados por economistas consultados pela Reuters.

No Brasil, o Senado aprovou, ontem (30), por 34 votos favoráveis e 27 contrários, o projeto de lei que restabelece voto de desempate pró-governo no Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf), medida que ajudará a aumentar a arrecadação.

Em indicadores, destaque para a taxa de desemprego (Pnad), com o consenso Refinitiv prevendo que o indicador cairá de 8,0% para 7,9%.

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Confira os destaques:

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA sobem, com exceção do Nasdaq Futuro, enquanto investidores aguardam a divulgação do índice de preços de despesas de consumo pessoal, um importante indicador de inflação para o Federal Reserve.

Já os rendimentos do Tesouro dos EUA operam no vermelho na quinta-feira.

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Os investidores saíram de uma sessão positiva para os principais índices na quarta-feira, com o S&P 500 encerrando o dia com alta de 0,38%. O Dow Jones somou 37,57 pontos, ou 0,11%. Enquanto isso, o Nasdaq Composite ganhou 0,54%. Foi o quarto dia consecutivo de vitórias para os três principais índices.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia

Os mercados asiáticos fecharam sem direção definida, à medida investidores digeriam dados econômicos vindos da China.

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A atividade fabril da China encolheu pelo quinto mês consecutivo, com o PMI da indústria do país chegando a 49,7 em agosto. Esta foi uma contração menor em comparação com os 49,4 esperados pelos economistas consultados pela Reuters e os 49,3 de julho.

O PMI do setor não-industrial enfraqueceu pelo quinto mês consecutivo para 51,0, abaixo dos 51,5 de julho, enquanto o PMI composto ficou em 51,3, marcando seu primeiro aumento em quatro meses.

Já as vendas no varejo do Japão saltaram mais do que o esperado em Julho, subindo 6,8% em termos anuais, em comparação com o aumento de 5,4% esperado por uma sondagem da Reuters.

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Na Índia, as ações da Adani caíram em meio a novas alegações de manipulação comercial. Adani Energia Verde liderou as perdas, caindo cerca de 3,6% enquanto Adani Enterprises caiu 2,1%.

Europa

Os mercados europeus operam com alta, depois que o UBS divulgou seu primeiro conjunto de resultados desde que o banco concluiu a aquisição do Credit Suisse.

O UBS registrou lucro de US$ 28,88 bilhões no segundo trimestre, superando em muito as projeções de US$ 12,8 bilhões feitas por analistas consultados pela Reuters. As ações subiram 6,3% com a abertura dos mercados.

Na frente de dados, a inflação na zona euro foi superior ao esperado para agosto, igualando o valor de julho de 5,3% e continuando bem acima da meta de 2% definida pelo Banco Central Europeu, de acordo com dados preliminares.

O número sugere que o banco poderá continuar a aumentar as taxas de juro em setembro, à medida que os governos europeus lutam para combater a inflação persistente

Commodities

Os preços do petróleo operam no azul, depois que dados do governo dos EUA mostraram reservas de petróleo mais restritas do que o esperado, enquanto as preocupações com a economia chinesa limitaram os ganhos.

As cotações do minério de ferro na China fecharam com forte alta após a atividade fabril chinesa contrair menos que o esperado em agosto.

Bitcoin

2. Agenda

A agenda de hoje tem como destaque a taxa de desemprego (Pnad), com o consenso Refinitiv prevendo que a taxa de desemprego cairá de 8,0% para 7,9% (de 7,9% para 7,8%, com ajuste sazonal).

No que diz respeito às contas fiscais, destaque para o resultado primário do governo central referente ao mês passado que deve registrar déficit de R$ 34,7 bilhões, segundo projeção do Itaú.

Ademais, o Banco Central publicará sua nota de política fiscal, que deve apresentar déficit de R$ 35,0 bilhões para o setor público consolidado e dívida bruta do governo geral chegando a 73,9% do PIB. 

Às 9h30, a medida de inflação preferida do Federal Reserve (núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal) relativa a julho será publicada.

Brasil

8h30: Resultado nominal do setor público

9h: Pesquisa PNAD

9h: Pesquisa de serviços

9h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, participa da abertura da 2ª edição do evento “Concorrência no Mercado Financeiro – Desafios da Nova Economia Digital”, promovido pela Associação Brasileira de Instituições de Pagamento (Abipag), em Brasília, por meio de vídeo gravado em 15/8.

16h: Campos Neto participa do Painel “Desafios no enfrentamento aos ilícitos na Amazônia”, na Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, promovida pelo Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), em Belém (PA), por meio de vídeo gravado em 24/8.

EUA

9h30: Pedidos de seguro-desemprego semanal

9h30: Índice de preços PCE

10h: Discurso do presidente do Fed, Susan M. Collins

10h45: PMI

3. Noticiário econômico

Senado aprova projeto que restabelece voto de desempate pró-governo no Carf

O plenário do Senado Federal aprovou, por 34 votos favoráveis e 27 contrários, o projeto de lei que retoma o chamado “voto de qualidade” (PL 2384/2023), a favor do governo, em caso de empate nos julgamentos do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf).

A medida é tratada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), como prioritária na agenda econômica, devido ao elevado potencial arrecadatório e de correção de distorções, na avaliação da pasta. A equipe econômica do governo conta com os efeitos deste projeto para cumprir a meta de zerar o déficit primário em 2024, conforme previsto no Projeto Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO).

Como o relatório do senador Otto Alencar (PSD-BA) não trouxe alterações em relação à versão encaminhada pela Câmara dos Deputados, o texto agora segue para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

4. Noticiário político

Câmara aprova projeto que prorroga desoneração da folha até 2027

A Câmara dos Deputados aprovou na última quarta-feira (30) projeto de lei que prorroga a desoneração da folha de pagamentos para 17 setores da economia até 31 de dezembro de 2027. Os deputados aprovaram o texto da relatora, deputada Any Ortiz (Cidadania-RS). A proposta volta ao Senado para ser analisada novamente por causa de mudanças aprovadas pelos deputados.

A desoneração da folha substitui a contribuição previdenciária patronal, de 20% sobre a folha de salários, por alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta. A ideia é que com a desoneração, os setores ampliem a contratação de pessoal.

O Plenário rejeitou destaque apresentado pelo Psol, que previa proibir empresas beneficiadas pela desoneração de demitir sem justa causa ou reduzir o salário dos empregados nos seis meses após o encerramento do novo prazo.

5. Radar Corporativo

Fleury (FLRY3)

O Conselho de Administração Fleury (FLRY3) aprovou nesta quarta-feira (30) o pagamento de juros sobre o capital próprio (JCP) no valor de R$ 92,5 milhões, correspondente ao valor bruto de R$ 0,16922113206 por ação.

Farão jus ao pagamento de juros sobre o capital próprio os acionistas da Fleury no fechamento do pregão de 04 de setembro de 2023.

O pagamento dos proventos aos acionistas ocorrerá em 31 de outubro de 2023.

Cemig (CMIG4)

A Cemig (CMIG4) disse, em resposta a questionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) sobre potencial IPO da distribuidora de gás canalizado Gasmig, que busca constantemente oportunidades e alternativas de otimização da sua estrutura societária, visando à execução do seu planejamento estratégico.

A elétrica acrescenta que “não é novidade para o mercado o esforço e ambição de potencializar a presença da Gasmig no Estado, atuando com aumento da eficiência comercial e expansão dos investimentos para a ampliação da rede, bem como estudos de viabilidade de um futuro IPO da Gasmig, entre possíveis alternativas”.

Petrobras (PETR4)

Durante missão à China, o presidente da Petrobras (PETR4), Jean Paul Prates, firmou acordos de cooperação no setor energético com empresas chinesas, informou a estatal nesta noite de quarta-feira (30).

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)