O Ethereum (ETH) pode enfraquecer à medida que os investidores tentam entender melhor as implicações da Merge (Fusão, em inglês), atualização que transformará completamente a blockchain do projeto, disse o Bank of America (BofA) em nota para clientes divulgada na sexta-feira (26).
A Merge, prevista para acontecer em setembro, fará o Ethereum mudar seu mecanismo de mineração, que passará de prova de trabalho (proof-of-work, ou PoW) para prova de participação (proof-of-stake, ou PoS). Na prática, isso significa que a criptomoeda não dependerá mais da mineração tradicional, associada ao alto consumo de energia.
Além da questão da possível queda, o banco de investimento espera que blockchains rivais como BNB Chain, Tron (TRX), Avalanche (AVAX) e Solana (SOL) ganhem participação de mercado até que o Ethereum supere seus atuais desafios.
“Os investidores provavelmente perceberam que a transição aparentemente iminente do Ethereum para a prova de participação não abordará preocupações de escalabilidade ou altas taxas de transação”, escreveu o analista do BofA Alkesh Shah na nota.
Os traders destacaram que, embora a Fusão provavelmente estivesse impulsionando a valorização do preço do ETH de curto prazo, as perspectivas de longo prazo para o ativo permaneceram suavizadas, considerando um fraco sentimento macroeconômico.
Na sexta, os mercados de criptoativos e ações caíram após os comentários agressivos do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA), Jerome Powell, no tão esperado discurso durante o simpósio de Jackson Hole. Naquele dia, o Bitcoin (BTC) caiu cerca de 4%, para menos de US$ 21 mil, enquanto o ETH escorregou 8% para cerca de US$ 1.559.
Nesta segunda-feira (29), o BTC é negociado a US$ 20.196, com leve alta diária de 0,51%, e o ETH a R$ 1.517, com valorização de 1,57% nas últimas 24 horas. Os dados são do CoinMarketCap.
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