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Estruturas de mercado: tendências de alta e baixa de suporte e resistência

O uso de padrões de candles ajuda a identificar o fim das correções e a retomada da tendência principal, permitindo operações mais assertivas e com maior controle de risco

Bruno Nadai

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O estudo das estruturas de mercado é essencial para qualquer trader ou investidor que deseje operar com maior eficiência e precisão. No entanto, este é um tema pouco abordado, especialmente entre os iniciantes, apesar de sua grande importância para a leitura correta dos movimentos do mercado.

Existem três principais tipos de estruturas de tendência de alta e de baixa, que todo trader deve conhecer: suporte e resistência, oferta e demanda, e rally base rally/queda base queda.

Cada uma dessas estruturas revela como o mercado se comporta em momentos de alta ou de baixa, permitindo uma compreensão mais apurada dos movimentos de preço.

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Este é o primeiro de uma série de três artigos que abordará detalhadamente cada uma dessas estruturas. Iniciaremos com a estrutura de suporte e resistência, uma das mais conhecidas e sólidas, porém subestimada por muitos traders.

Compreender e saber identificar essas estruturas é fundamental para qualquer investidor e trader que deseje interpretar corretamente a direção do mercado e tomar decisões estratégicas com um nível maior de assertividade em suas operações.

Estrutura de suporte e resistência na tendência de alta

Uma tendência de alta é caracterizada por topos e fundos ascendentes. Ou seja, a cada novo movimento do mercado, os topos são mais altos que os topos anteriores e os fundos são mais altos que os fundos anteriores.

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Esse comportamento indica uma força compradora predominante, o que impulsiona o preço para níveis mais elevados com o passar do tempo. Assim, a estrutura de suporte e resistência em uma tendência de alta é um dos formatos mais sólidos que o mercado pode apresentar.

Nesse formato, o mercado forma um novo topo ao romper o topo anterior, confirmando a continuidade da alta. Quando ocorre uma correção desse movimento, o preço recua para formar um novo fundo, esse fundo respeita o nível do topo anterior, criando uma zona de suporte.

Esse fenômeno também é conhecido como troca de polaridade, onde o topo anterior, que atuava como resistência, após ser rompido, passa a ser considerado como suporte. É nessa região que ocorre a entrada de fluxo comprador, impulsionando a sequência do movimento de alta.

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Esse processo se repete, formando novos ciclos de alta que respeitam o “range” do topo anterior, até que haja a quebra dessa estrutura e inicie uma correção mais profunda ou até mesmo um movimento de reversão de tendência.

Esse tipo de estrutura proporciona maior estabilidade ao movimento de alta, permitindo que os traders identifiquem pontos de entrada favoráveis e operem com maior segurança. Ao respeitar essa região de suporte, o mercado sinaliza a continuidade da tendência de alta, permitindo que investidores acompanhem o movimento com confiança.

Estrutura de suporte e resistência na tendência de baixa

Da mesma forma, as tendências de baixa seguem um padrão similar, porém inverso.

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Quando o mercado está em tendência de baixa, ele forma topos e fundos descendentes. Dessa forma, os topos seguintes são mais baixos que os anteriores, e os fundos mais baixos que os fundos anteriores. Esse padrão sinaliza uma predominância vendedora, pressionando os preços para patamares cada vez menores.

Na estrutura de tendência de baixa baseada em suporte e resistência, o princípio permanece o mesmo. O mercado forma novos fundos e, quando ocorre um movimento de correção com a formação de um topo, esse topo respeita o nível do fundo anterior. O que antes atuava como suporte agora se transforma em resistência.

Essa sequência de topos mais baixos segue respeitando o fundo anterior, que funciona como uma barreira, impedindo que o preço ultrapasse essa região. Isso indica que, sempre que o preço tenta subir, encontra uma forte resistência na zona do fundo anterior, reforçando a presença da pressão vendedora. Dessa forma, essa estrutura de tendência de baixa é considerada mais sólida e confiável.

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Saiba mais:

Como operar a estrutura de tendência de suporte e resistência

Operar a estrutura de suporte e resistência em uma tendência de alta ou de baixa pode ser uma estratégia bastante eficaz e relativamente simples de aplicar.

Estratégia operacional na tendência de alta

A lógica por trás dessa abordagem é que, após o rompimento de um topo anterior, essa região passa a atuar como um ponto de suporte, oferecendo uma oportunidade de compra quando o preço recua.

A operação consiste em aguardar um movimento de correção, onde o preço recua para testar o antigo topo, que agora irá atuar como suporte.

Ao retornar para a região de suporte, observe atentamente a formação dos candles. Quando identificar um padrão de três candles consecutivos, em que o primeiro faz uma mínima, o segundo registra uma mínima mais baixa que a anterior, e o terceiro apresenta uma mínima mais alta que a do segundo, esse padrão pode sinalizar o fim da correção.

A entrada na operação deve ocorrer no rompimento da máxima do último candle, que apresentou a mínima mais alta, confirmando a retomada do movimento de alta.

O stop loss pode ser posicionado logo abaixo da mínima do movimento de correção, enquanto o alvo da operação pode ser projetado com base na amplitude do último movimento de alta, garantindo uma relação risco e retorno favorável.

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Estratégia operacional na tendência de baixa

O princípio para operar uma tendência de baixa segue o mesmo conceito. Após o rompimento de um fundo anterior, essa região passa a atuar como um ponto de resistência, oferecendo uma oportunidade de venda quando o preço realiza uma correção.

A operação consiste em esperar um movimento de correção, no qual o preço sobe temporariamente para testar o fundo rompido, que agora servirá como resistência.

Ao retornar para a região de resistência, observe atentamente a formação dos candles. O sinal de que a correção pode ter chegado ao fim ocorre quando se forma um padrão de três candles consecutivos, em que o primeiro faz uma máxima, o segundo registra uma máxima mais alta que a anterior e o terceiro apresenta uma máxima mais baixa que a do segundo candle. Esse padrão sugere o término da correção.

A entrada na operação deve ser feita no rompimento da mínima do terceiro candle, indicando a retomada do movimento de baixa.

O stop loss é posicionado acima da máxima do movimento corretivo, garantindo proteção contra reversões. O alvo pode ser projetado com base na amplitude do último movimento de baixa, assegurando uma relação risco e retorno favorável.

A importância de identificar corretamente a estrutura

O segredo para operar com sucesso em tendências de alta ou de baixa está na capacidade de identificar corretamente a estrutura principal do movimento e o ponto de término das correções.

Após o fim dessas correções, o mercado tende a retomar sua direção principal, seja de alta ou de baixa. Com essa habilidade, torna-se possível identificar com precisão as zonas de suporte e resistência, para que a operação seja estratégica e eficiente.

Em uma tendência de alta, após uma breve correção, o suporte é o ponto onde os compradores voltam a atuar, enquanto na tendência de baixa, a resistência é o ponto onde os vendedores retomam o controle do mercado após um breve pullback.

Essas zonas são decisivas para a tomada de decisões, seja para realizar compras em uma estrutura de alta ou vendas em uma estrutura de baixa. A identificação correta dessas regiões onde há essa troca de polaridade proporciona não apenas uma melhor análise dos gráficos, mas também uma maior precisão nas operações, maximizando os ganhos e minimizando os riscos.

Estratégia simples

Dominar as estruturas de tendência de alta e de baixa de suporte e resistência é fundamental para quem busca operar de forma eficaz no mercado.

Quando identificam corretamente essa estrutura de mercado, os traders podem melhorar sua precisão nas entradas e saídas de operações, além de gerenciar melhor os riscos.

Essa estratégia é simples e clara para interpretar os movimentos do mercado, permitindo tomar decisões informadas e maximizar os resultados, seja em cenários de alta ou de baixa.

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