Eneva encerra negociações para fusão com a AES Tietê; mudanças nos conselhos de Via Varejo e IRB e prévia de Pão de Açúcar

Confira os destaques do noticiário corporativo na sessão desta quarta-feira (22)

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – A Eneva Energia informou na madrugada de hoje que encerrou as negociações para comprar a AES Tietê e que perseguirá outros planos. Segundo a Eneva, mesmo que a AES Tietê decidisse submeter a operação à deliberação dos seus acionistas, não reconheceria os votos dos detentores das ações preferenciais, “em descumprimento ao estatuto social da AES Tietê e do regulamento de listagem do nível 2 de governança corporativa da B3”. Para a Eneva, neste momento as negociações “não podem prosseguir” em um cenário de “possível embate” entre os detentores de ações preferenciais e o Conselho de Administração da AES Tietê.

Já a Anima comunicou ontem que realizará as suas assembleias gerais ordinária e extraordinária, no dia 29 de abril, apenas por meio digital. Será a primeira empresa no Brasil a usar o recurso, sem assembleias físicas, por causa da epidemia do Covid-19.

AES Tietê (TIET11) e Eneva (ENEV3)

A Eneva Energia informou na madrugada de hoje que encerrou a proposta para a oferta de aquisição da AES Tietê, após mais de 45 dias de tentativa de comprar a concessionária paulista de energia elétrica, subsidiária da AES dos Estados Unidos. Segundo a Eneva, mesmo que o Conselho de Administração da AES Tietê levasse a proposta aos seus acionistas, os votos dos donos de ações preferenciais não seriam reconhecidos.

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A Eneva afirmou que isso contraria os estatutos da própria AES Tietê, bem como o “regulamento de listagem do nível 2 de governança corporativa da B3”. Segundo a Eneva, existe a possibilidade de um conflito potencial entre os donos de ações preferenciais da AES Tietê e o Conselho de Administração da empresa paulista.

“A Eneva seguirá trabalhando para a geração de valor aos seus acionistas, focada no desenvolvimento do seu plano de negócios, sempre atenta a futuras novas oportunidades de combinações de negócios”, declarou a empresa carioca.

Pão de Açúcar (PCAR3

O Grupo Pão de Açúcar divulgou prévia do primeiro trimestre deste ano e informou uma receita bruta consolidada de R$ 21,6 bilhões. O resultado inclui as operações no Brasil, Colômbia, Argentina e Uruguai. Apenas no Brasil, a receita bruta avançou 15% no primeiro trimestre para R$ 15,9 bilhões. No conceito “mesmas lojas” o crescimento no faturamento bruto foi de 6,9%.

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Segundo o grupo, o crescimento mais expressivo foi na rede de lojas de atacarejo Assai, com uma expansão de 23,8% no faturamento bruto no período, sobre o primeiro trimestre de 2019, para R$ 8,54 bilhões. No conceito mesmas lojas, que leva em conta apenas unidades abertas há doze meses, a expansão de vendas brutas no Assai foi de 7,1%. Outro destaque nas vendas foi a rede de supermercados Éxito da Colômbia, onde o faturamento bruto avançou 12,1%, no conceito mesmas lojas, para R$ 5,71 bilhões.

Anima (ANIM3)

A Anima, grupo paulista de educação privada que controla várias empresas, informou ao mercado que realizará suas assembleias gerais ordinária e extraordinária apenas por meio eletrônico. A empresa lembrou que a CVM tornou possível recentemente esta possibilidade por causa da epidemia do Covid-19, com o objetivo de preservar a integridade física e mental dos acionistas das companhias. A assembleia da Anima ocorrerá no dia 29 de abril.

Os acionistas que comprovarem sua condição até o dia 27 de abril, através do envio de documentos para o e-mail ri@animaeducacao.com.br, poderão participar das assembleias por meio virtual – a Anima enviará senha e link para cada um. Segundo a empresa, os acionistas poderão votar na hora das assembleias.

Embraer (EMBR3)

A Embraer disse que está discutindo a parceria estratégica com a Boeing, segundo comunicado nesta terça-feira. A discussão inclui a prorrogação da data limite inicial para conclusão da parceria, prevista no acordo global da operação, que era 24 de abril. O comunicado da Embraer foi divulgado em resposta a um pedido da CVM depois de reportagem de O Estado de S. Paulo, em 20 de abril, dizer que o negócio poderia ser adiado.

A Embraer comunicou ainda que aceitará os boletins de voto dos acionistas que forem enviados por meio eletrônico até as 10h da manhã do dia 27 de abril. A empresa adiou o prazo para o envio por causa da epidemia do coronavírus. A empresa orienta os acionistas a enviarem os boletins de voto diretamente para o e-mail investors.relations@embraer.com.br. A Embraer também pediu aos acionistas que optarem por participar das assembleias gerais ordinária e extraordinária da empresa, que acontecerão em 29 de abril, em São José dos Campos (SP), que confirmem antes por e-mail a presença nos eventos.

Via Varejo (VVAR3)

Michael Klein deixará a presidência do conselho de administração da Via Varejo , informou a companhia na noite de segunda.

Ele será substituído no comando do colegiado por Raphael Klein, filho de Michael e neto do fundador da companhia.

Roberto Fulcherberguer, presidente da Via Varejo, também deixará o conselho e passa a se concentrar em suas atividades no comando executivo da companhia.

Em nota à imprensa, Fulcherberguer diz que a mudança acontece em um momento em que a empresa avança em sua transformação digital. “Michael Klein tem um papel fundamental nesse reerguimento da companhia, sou muito grato pelo apoio em todo esse período. Agora estamos em uma segunda fase do turn around, uma fase ainda mais voltada à transformação digital. E Raphael tem estreita ligação com esse tema”, afirma.

Segundo o CEO da dona das Casas Bahia e Ponto Frio, a nova composição do Conselho “dará ainda mais agilidade às decisões de mudança da empresa, essenciais nesse momento de transformação”. No comunicado da Via Varejo, a empresa afirmou que Raphael Klein tem experiência e um longo histórico com a empresa.

“A ocorrência de uma proposta de renovação do Conselho já era esperada, dado o fim do mandato anterior. Nesse contexto, a permanência da família Klein na presidência do grupo é positiva, dado que a posição acionária relevante da mesma (cerca de 30%) garante a continuidade do alinhamento com os demais acionistas. Além disso, apesar de a saída de Michael Klein da presidência do grupo ter causado surpresa em alguns investidores, acreditamos que (i) o histórico profissional de Raphael Klein seja consistente com a continuidade do plano de turnaround da companhia, e que (ii) ele também possivelmente conseguirá dedicar até mais tempo à companhia, dado a atenção que seu pai, Michael Klein, tem em seus outros negócios”, destaca a XP Investimentos, que mantém recomendação de compra para os ativos com preço-alvo de R$ 9,50 para o final de 2020.

IRB Brasil (IRBR3)

ressegurador IRB Brasil Re anunciou mudanças. A partir da renúncia de executivos indicados por acionistas da companhia como Bradesco e Itaú Unibanco, selecionou, com o auxílio da consultoria Korn Ferry, novos membros que incluem a ex-S&P Regina Nunes, além de especialistas nas áreas de seguros, contabilidade e governança corporativa.

De acordo com comunicado do IRB à imprensa, as renúncias foram motivadas pela necessidade de dedicação exclusiva dos profissionais às suas empresas de origem por conta da crise provocada pela pandemia de covid-19 no mercado.

Na noite de segunda, o IRB informou que recebeu a renúncia dos executivos Vinicius José de Almeida Albernaz, indicado pelo Bradesco, e Alexsandro Broedel Lopes, do Itaú Unibanco, dos cargos de membros efetivos do colegiado, assim como de seus suplentes Ivan Luiz Gontijo Junior e Osvaldo do Nascimento. O presidente do colegiado e presidente-interino do IRB, Antônio Cassio dos Santos, agradeceu ao antigo time de conselheiros.

“Agradeço a dedicação dos membros com quem trabalhei nestas últimas semanas, que facilitaram em muito a minha chegada e participaram comigo da reformulação do Conselho e da gestão da companhia”, afirma, em nota.

Para os cargos vagos no Conselho de Administração foram selecionados quatro novos membros: Regina Nunes, sócia fundadora da RNA Capital e que teve funções de destaque na agência de classificação de risco S&P Global Ratings; Ivan Passos, com passagens na MDS Corretora de Seguros, Herco Consultoria, resseguradora Hannover e SulAmérica; Henrique Luz, ex-sócio sênior e vice-presidente da PWC e presidente do Conselho de Administração do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) desde 2018 e Marcos Falcão, sócio fundador da Gama Investimentos e com carreira também no mercado de seguros, incluindo nomes como a seguradora brasileira Icatu.

PetroRio (PRIO3)

Ex-diretor financeiro, Roberto Monteiro assume a presidência da PetroRio e diz em entrevista que será
preciso clareza de que o barril de petróleo se sustente acima de US$ 40 antes de retomar investimentos, previstos no início do ano em US$ 183 milhões.

Nelson Tanure (filho) deixa o comando operacional da companhia e assume a presidência do conselho de administração, conforme ata de 20 de abril; seu pai homônimo, Nelson Tanure, deixou o conselho
em 2019, conforme destaca a Bloomberg.

“A gestão é de continuidade. Como diz o Nelson, vamos nos preparar para o pior e esperar pelo melhor”, disse Monteiro. A PetroRio estava fortalecida para crise, com 100% da produção do primeiro trimestre protegida a US$ 65 o barril via hedge, e produção do 2º trimestre protegida a cerca de US$ 42 o barril, destacou o CEO. Já o caixa alto, a US$ 120 milhões, mantém conforto, apontou.

Randon (RAPT4

O grupo Randon, maior produtor brasileiro de implementos rodoviários e semirreboques, divulgou na manhã de hoje os resultados prévios do primeiro trimestre de 2020. Os resultados incluem todas as empresas do grupo. O Grupo Randon obteve um aumento de 3% na receita líquida consolidada do período, sobre igual trimestre de 2019, para R$ 1,16 bilhão. Já a receita bruta consolidada do primeiro trimestre de 2020 foi de R$ 1,67 bilhão, uma expansão de 2,3% sobre igual período do ano passado.

Os dados da Randon mostram que o faturamento bruto e líquido do grupo cresceu em janeiro e fevereiro, mas teve queda em março, com a chegada da epidemia do coronavírus ao Brasil. A receita líquida, que avançou 9,7% em janeiro e 7,6% em fevereiro, caiu -6,9% em março.

Fras-Le (FRAS3

A Fras-Le, maior fabricante brasileira de pastilhas de freio, informou que obteve um faturamento líquido de R$ 341,8 milhões no primeiro trimestre de 2020, um crescimento de 5,9% sobre igual período do ano passado.

A empresa de autopeças do grupo Randon detalhou que em janeiro e fevereiro houve crescimento nas vendas, mas em março houve retração de -3,5% nas vendas brutas para R$ 169,1 milhões. As vendas brutas acumuladas no primeiro trimestre também cresceram, contudo, para R$ 488,3 milhões, uma expansão de 2,9% sobre igual trimestre de 2019.

Marcopolo (POMO4

A Marcopolo informou na manhã de hoje que retomou parcialmente as atividades nas suas fábricas de São Mateus (ES) e Rio de Janeiro (RJ), com a participação de 80% e 50% dos trabalhadores, respectivamente, em cada unidade. A fabricante gaúcha de ônibus e carroçarias para ônibus manteve sua principal fábrica em Caxias do Sul (RS) aberta.

Suzano (SUZB3) e Klabin (KLBN11)

Os preços de celulose de fibra curta na China tiveram alta esta semana (+US$ 1,80 a tonelada), para US$ 466,20 a tonelada. “Mantemos nossa visão de que os preços estejam próximos de um piso”, avalia a XP.

Energisa (ENGI11)

A Energisa postergou R$ 500 milhões em investimentos previsto para 2020.

Já o banco Credit Suisse comentou a notícia de que a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) propôs um valor líquido preliminar de revisão tarifária de R$ 1,42 bilhão para a subsidiária Energisa Tocantins. Na avaliação do Credit Suisse a proposta é positiva, uma vez que o banco projetava que o valor da revisão tarifária seria de R$ 1,09 bilhão. “A ANEEL deve divulgar hoje nota técnica completa com outras variáveis”, informou o Credit.

JHSF (JHSF3)

A construtora e incorporadora paulista JHSF publicou prévia operacional do primeiro trimestre de 2020, relativa apenas a dados de incorporação imobiliária. Segundo a empresa, houve um crescimento de 130,5% nas vendas contratadas no período, para um total de R$ 99,5 milhões. A expansão é sobre o igual trimestre de 2019. A JHSF informou na prévia que os números incluem a Fazenda Boa Vista, o Fasano Cidade Jardim e o Boa Vista Village.

A JHSF informou que já começou a construção do Fasano Cidade Jardim, um empreendimento de alto padrão que totaliza um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 800 milhões e incluirá o Hotel Fasano Cidade Jardim, o Fasano Club e o Fasano Private Residences. O complexo Fasano será ligado ao Shopping Cidade Jardim, da JHSF, Zona Sul da capital paulista. Já o Boa Vista Village, lançado no primeiro trimestre, fica adjacente à Fazenda Boa Vista, no interior paulista, e segundo a JHSF tem VGV de R$ 4,5 bilhões. A empresa vendeu R$ 13,1 milhões em lotes do Village no período. Na Fazenda Boa Vista, que é um empreendimento já entregue, as vendas cresceram 143,5% no período, sobre o primeiro trimestre do ano passado, para R$ 77 milhões.

Ambev (ABEV3)

O banco Credit Suisse se disse “cauteloso” com o desempenho de vendas da cervejaria Ambev no primeiro trimestre deste ano no Brasil. O CS projeta uma queda de 10% nos volumes da cerveja vendida pela Ambev no país no período, em comparação a igual trimestre de 2019. A Ambev divulgará sua prévia no dia 7 de maio. O CS baseia sua projeção no avanço da marca Heineken no Brasil. A cervejaria holandesa divulgou na manhã de hoje seu resultado prévio do primeiro trimestre no mundo inteiro, e embora tenha tido queda de vendas na Europa, no Brasil houve aumento de 50% no volume de vendas da marca Heineken.

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