Enauta (ENAT3) reverte prejuízo e registra lucro de R$ 118,4 milhões no primeiro trimestre

A receita líquida, por sua vez, caiu 29,2%, efeito do menor volume produzido e vendido no trimestre e com queda do valor do petróleo brent

Equipe InfoMoney

Enauta _ divulgação

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A petroleira Enauta (ENAT3) reverteu o prejuízo de R$ 98,2 milhões registrado no primeiro trimestre de 2022 (1T22) e fechou o período entre janeiro e março de 2023 (1T23) com lucro líquido de R$ 118,4 milhões, informou a petroleira.

A receita líquida, por sua vez, caiu 29,2%, para R$ 445,7 milhões. O Ebitdax, ou seja, o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) mais  despesas de exploração com poços secos ou subcomerciais, caiu 21,3% no mesmo período, para R$ 340,9 milhões. Com isso, a margem Ebitdax foi a 76,5%, um avanço de 7,7 pontos percentuais (p.p.).

O capex (investimento) realizado foi de US$ 107,7 milhões no período, uma baixa anual de 26,3%.

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A queda da receita líquida, segundo a companhia, foi resultante de (i) menor volume produzido e vendido neste trimestre, (ii) recuo no preço médio de venda por conta da queda na cotação do Brent e (iii) impacto do imposto sobre as exportações de óleo, a partir de 1º de março de 2023.

A receita do Campo de Atlanta totalizou R$ 374,3 milhões no 1T23, com redução de 24,4% entre anos, e representou 84% da receita total, versus 79% no 1T22. O volume de vendas totalizou 949,3 mil barris (bbl) a um Brent médio de US$ 78,5/bbl, com variação de +29,8% e de -30,2% entre anos, respectivamente.

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Os custos operacionais, opex, do Campo de Atlanta, totalizaram US$ 28,8 milhões no 1T23, refletindo a redução de aproximadamente US$ 130 mil por dia no custo do afretamento, em relação ao 1T22, devido à conclusão do pagamento de uma parcela adicional variável atrelada ao Brent, em função do teto contratual ter sido atingido, conforme cláusula vigente
no contrato de afretamento do FPSO do SPA. O custo médio de extração, lifting cost, sem afretamento, foi de US$ 15,9/bbl no 1T23, comparável a US$ 21,3/bbl no 1T22 e US$ 13,4/bbl no 4T22, incluindo manutenções.

Custos operacionais e despesas

Os custos operacionais totais somaram R$ 232,4 milhões no 1T23, com redução de 26,0% entre anos, em linha com o decréscimo da receita, em função, principalmente, da redução do custo de afretamento.

As Despesas Gerais e Administrativas (G&A) totalizaram R$ 33,8 milhões no 1T23, com aumento de R$ 11,3 milhões entre anos, representando 7,6% da receita líquida, ante 3,6% no 1T22, impactada, principalmente, pelo aumento de R$ 7,5 milhões com Despesas com Pessoal e R$ 12,3 milhões com outras despesas administrativas, parcialmente compensado pelo aumento de R$ 8,7 milhões de alocação de Projetos de E&P.

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A dívida bruta da Enauta era de R$ 1,4 bilhão em 31 de março de 2023, dos quais 94% no passivo não circulante, representada principalmente pelas debêntures. As debêntures tinham, ao final do 1T23, duration de 3,5 anos e prazo médio de 4,6 anos.

Com relação à alavancagem financeira, a dívida (caixa) líquida(o)/ Ebitdax foi de -0,5 vez ao final do 1T23.