DeFi só irá revolucionar as finanças se as pessoas se acostumarem com regras em softwares, diz diretor da Bitgo

“Nascemos em um sistema centralizado, em que precisamos confiar em autoridades, como bancos, e seguir regras", afirmou o executivo na Expert XP 2022

Lucas Gabriel Marins

(Getty Images)

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As finanças decentralizadas (DeFi) têm grandes chances de alterar a forma como os indivíduos interagem com o dinheiro, mas isso só irá acontecer se as pessoas se sentirem confortáveis em entrar em um mundo onde as regras são escritas em softwares, disse Luis Ayala, diretor LATAM da empresa cripto Bitgo, nesta quinta-feira (4), na Expert XP, em São Paulo (acesse este link para acompanhar as palestras online).

“Nascemos em um sistema centralizado, em que precisamos confiar em autoridades, como bancos, e seguir regras. Não tivemos escolha. A chegada do DeFi abre um mundo de aplicações e oportunidades, mas nós temos que decidir se queremos fazer parte desse sistema, no qual temos que confiar na tecnologia”, falou ele em em participação no painel “DeFi: a nova fronteira”, ao lado de Marcos Viriato, CEO e cofundador da ParFin.

As finanças descentralizadas, em resumo, são o conjunto de produtos e serviços financeiros que rodam em blockchains, via smart contracts (contratos inteligentes), e dispensam intermediários, como governos, bancos ou outras empresas. “As possibilidades são ilimitadas”, falou Ayala.

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No painel, tanto Ayala quanto Viriato também falaram sobre as aplicações do DeFi. Uma das áreas mais importantes hoje em dia, disseram, são os protocolos de empréstimo de criptoativos “Se você quer emprestar, pode depositar suas criptomoedas em um protocolo e receber juros por isso”, disse Viriato. Uma das plataformas mais conhecidas do mercado é o Compound (COMP).

O CEO da ParFin também falou sobre como as pessoas podem se expor ao mercado de finanças descentralizadas. Uma delas, disse, é via ETFs de criptomoedas, que são fundos negociados em bolsa que investem em ativos digitais. Alguns deles alocam parte dos recursos em projetos DeFi.

Existe também a possibilidade de fazer trading ou apostar em yield farming, em que o usuário deposita criptos em uma plataforma para receber juros, completou.

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O Brasil é o segundo país do mundo com o maior número de usuários de aplicativos DeFi, atrás apenas dos Estados Unidos, segundo dados divulgados em julho pela MetaMask, que desenvolve a carteira de criptomoedas homônima mais popular do planeta, com 30 milhões de usuários. As informações são referentes ao segundo trimestre de 2022.

Também no mês passado, a Accenture disse em um estudo compartilhado com exclusividade com o InfoMoney  que o país caminha para se tornar uma potência no mercado finanças descentralizadas. A forma como o Brasil lidou com outras iniciativas inovadoras, como PIX, agendas do Open Finance e real digital, é um indicativo de seu potencial nessa área cripto, disse a empresa.

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Lucas Gabriel Marins

Jornalista colaborador do InfoMoney