Brasil caminha para virar potência de finanças descentralizadas (DeFi), aponta estudo da Accenture

Empresa relata demanda "muito grande" de CEOs e executivos C-Level pelo tema cripto

Paulo Barros

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As finanças descentralizadas (DeFi) têm alto potencial de expansão no Brasil e empresas devem estar preparadas para uma mudança profunda no sistema financeiro, afirma estudo desenvolvido pela Accenture e compartilhado com exclusividade com o InfoMoney CoinDesk.

DeFi é o conjunto de tecnologias de smart contracts e blockchain que automatizam processos financeiros tradicionais eliminando intermediários da cadeia, como bancos.

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“Prova de que o DeFi vem ganhando espaço é o crescimento expressivo do capital investido em protocolos nos últimos 2  anos, com grande destaque para 2021 – ano que o investimento mais que quintuplicou”, diz o relatório.

Para a Accenture, o DeFi é importante, entre outros motivos, por permitir redução substancial de custos pela desintermediação de processos financeiros. A estimativa é que a tecnologia seja capaz de economizar US$ 150 bilhões anualmente se for globalmente adotada.

Diante desse cenário, a companhia aponta o Brasil como mercado potencial para o DeFi por conta do sucesso de outras iniciativas de disrupção tecnológica do sistema financeiro tradicional, como o Pix, as duplicatas digitais, além das agendas do Open Finance e o desenvolvimento do real digital.

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A empresa também relembra que o volume de transações com stablecoins cresceu 300% no Brasil em 2021, e destaca uma pesquisa da exchange Crypto.com, que revela que 59% dos brasileiros pretendem investir em cripto pela primeira vez em 2022.

“Temos recebido uma demanda muito grande de CEOs e C-Levels pelo tema cripto não somente de clientes do mercado financeiro, mas também de outras indústrias não bancárias”, comenta Dênis Nakazawa, diretor executivo de serviços financeiros da Accenture.

“Uma das preocupações deles está relacionada ao potencial impacto que os desdobramentos do cripto podem ter em cada uma das indústrias. Por exemplo, as finanças descentralizadas dependendo de como forem reguladas poderiam criar uma disrupção no mercado bancário”, explica.

defi accenture
(Divulgação/Accenture)

Na visão do executivo, a omissão do DeFi no projeto de regulação de criptoativos em discussão na Câmara não deve atrapalhar o crescimento do setor no país.

“Na realidade, o marco regulatório será um divisor de águas nesse mercado, porque permitirá a entrada dos participantes institucionais, alavancando os valores movimentados e permitindo ainda mais inovação, principalmente em setores com maior carência de finanças”.

Para aproveitar a onda de inovação, a Accenture recomenda que empresas acompanhem a evolução regulatória, invistam em equipe com a capacidade técnica adequada, e se aventurem no mundo DeFi, seja pela integração de protocolos que já existem ou por meio da criação de softwares próprios de smart contracts.

O levantamento da Accenture não é o primeiro que mostra o Brasil como potência das finanças descentralizadas. Na semana passada, a MetaMask revelou que o país só perde para os Estados Unidos em adoção de soluções DeFi, e é o segundo onde mais cresce o uso da carteira digital.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos