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Após rali que vinha perdendo fôlego após o preço atingir 40% de alta em 2023, o Bitcoin (BTC) tentou novo impulso na noite de quarta na tentativa de atingir o patamar de US$ 24 mil, o que representaria um ganho acumulado de 45% até aqui neste ano.
A criptomoeda, no entanto, esbarrou nos US$ 23.700 e recuou para o patamar de US$ 23 mil que busca manter nas primeiras horas desta quinta-feira (26). Às 7h, ela é negociada a US$ 22.986, em alta de 1,5% nas últimas 24 horas.
A retomada do Bitcoin e do mercado cripto como um todo se dá em meio à expectativas de queda da inflação nos Estados Unidos e em meio a dados econômicos sugerindo que a economia evitará uma recessão acentuada.
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Na noite de ontem, o BTC parece ter sido atrapalhado pelos resultados ruins das gigantes da tecnologia Microsoft e Texas Instruments, além da empresa aeroespacial Boeing – as ações das companhias caíram forte e contribuíram para uma sessão negativa na Nasdaq.
“A recuperação do mercado de ações de janeiro pode ter acabado e isso pode arrastar a cripto para baixo a partir daqui”, avalia Edward Moya, analista da formadora de mercado de câmbio Oanda. “O Bitcoin pode estar vulnerável a uma queda em direção ao nível de US$ 20 mil se a liquidação se [o desempenho ruim das ações de] tecnologia em Wall Street se intensificar nos próximos dias”.
A nova demonstração de força do Bitcoin foi suficiente para catapultar diversas criptomoedas menores, em rali que favoreceu principalmente a novata Aptos (APT), criada por ex-funcionários da Meta (dona do Facebook) e financiada por fundos do Vale do Silício, mas que sofreu fortes críticas por falhas no lançamento em outubro.
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Dando sequência a uma semana inteira de ganhos, o APT disparou 36% apenas nas últimas 24 horas atingindo o topo histórico de US$ 19 mil. A valorização do token alcança os 145% nos últimos sete dias e quase 450% desde 1º de janeiro. Segundo especialistas, a alta tem sido provocada pelo aumento na atividade dos mercados de NFTs que rodam na blockchain.
Outras criptos de destaque hoje incluem Optimism (OP), Mina Protocol (MINA) e eCash (XEC), que sobem entre 15% e 26% nas últimas 24 horas.
Especialistas encaram o bom momento nas altcoins (criptos alternativas ao Bitcoin) como uma sinalização de que o movimento de alta do setor pode ainda não ter se esgotado. Segundo o analista Glenn Williams, do CoinDesk, os mercados de derivativos ainda sugerem um sentimento positivo em torno do Bitcoin.
“A atual estrutura do Bitcoin está em ‘contango’, uma condição que existe quando o preço dos futuros de excede o preço nos mercados à vista”, explica, ressaltando que, ao contrário dos mercados tradicionais, essa condição dá à criptomoeda uma condição favorável para continuar a subir, mesmo depois do rali de 40% em 2023.
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Bitcoin (BTC) | US$ 22.986 | +1,5% |
| Ethereum (ETH) | US$ 1.607 | +3,90% |
| Binance Coin (BNB) | US$ 304 | +1,50% |
| XRP (XRP) | US$ 0,412885 | +1,50% |
| Cardano (ADA) | US$ 0,376169 | +5,40% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Aptos (APT) | US$ 18,74 | +36,20% |
| eCash (XEC) | US$ 0,00004253 | +25,90% |
| Mina Protocol (MINA) | US$ 0,691124 | +18,50% |
| Optimism (OP) | US$ 2,33 | +15,30% |
| ApeCoin (APE) | US$ 6,06 | +10,60% |
As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| ImmutableX (IMX) | US$ 0,691037 | -1,60% |
| Quant (QNT) | US$ 152,27 | -1,40% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
| ETF | Preço | Variação |
| Hashdex NCI (HASH11) | R$ 20,20 | -1,60% |
| Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 27,43 | -0,18% |
| Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 23,65 | -2,67% |
| Hashdex DeFi (DEFI11) | R$ 21,00 | -1,82% |
| Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) | R$ 15,83 | -1,98% |
| Hasdex Crypto Metaverse (META11) | R$ 36,63 | -6,02% |
| QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 7,12 | -2,46% |
| QR Ether (QETH11) | R$ 5,62 | -5,54% |
| QR DeFi (QDFI11) | R$ 3,38 | -6,11% |
| Cripto20 EMPCI (CRPT11) | R$ 5,62 | -2,09% |
| Investo NFTSCI (NFTS11) | R$ 18,36 | -3,16% |
| Investo BLOKCI (BLOK11) | R$ 72,42 | 0,00% |
Veja as principais notícias do mercado cripto desta quinta-feira (26):
Stablecoin da Binance perde mais espaço
A stablecoin BUSD, da gigante da exchange cripto Binance, ampliou sua queda recente de market share em meio à má administração de tokens da exchange – ontem, veio à tona que a empresa misturou recursos de clientes com a carteira que continha o lastro de ativos sintéticos.
A oferta circulante do BUSD caiu para US$ 15,4 bilhões na quarta-feira, reduzindo US$ 1 bilhão na última semana e US$ 2 bilhões em um mês, de acordo com o rastreador de preços de criptomoedas CoinGecko.
A queda mais recente ampliou a queda do BUSD, que chegou a ter US$ 22 bilhões em circulação no início de dezembro. Por outro lado, a capitalização como um todo das stablecoins também vem caindo, recuando pelo 10º mês consecutivo, para US$ 137 bilhões, de acordo com um relatório do grupo de pesquisa CryptoCompare.
A predominância das stablecoins no mercado de criptomoedas caiu para 12,4% em relação à alta histórica de 16,5%, em dezembro, sugerindo que os traders estão trocando as stablecoins por ativos mais arriscados, disse a CryptoCompare.
Tesla não mexe em posição de Bitcoin
A fabricante de carros elétricos Tesla (TSLA) não comprou ou vendeu nenhum Bitcoin no quarto trimestre pelo segundo trimestre consecutivo, informou a empresa na quarta-feira em seu último balanço.
O valor de seus ativos digitais no final do trimestre foi de US$ 184 milhões, abaixo dos US$ 218 milhões no final do terceiro trimestre devido à depreciação do ativo. No final do terceiro trimestre, o preço do Bitcoin estava ligeiramente abaixo de US$ 20.000, enquanto no final do quarto trimestre estava em torno de US$ 16.500.
A Tesla também não fez alterações em sua posição de Bitcoin no terceiro trimestre, mas surpreendeu alguns investidores no segundo trimestre ao vender US$ 936 milhões em BTC, ou aproximadamente 75% da posição, para levantar capital em meio às incertezas sobre os bloqueios da Covid-19 na China.
Na época, o CEO Elon Musk disse que a empresa estava aberta para aumentar sua exposição ao Bitcoin no futuro e que a venda “não deveria ser tomada como um veredicto sobre o Bitcoin”.
No geral no quarto trimestre, a Tesla reportou lucro de US$ 3,687 bilhões, superando expectativas de analistas.
