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Após semanas de crise, o Bitcoin (BTC) finalmente subiu na tarde desta terça (25), em alta que se intensifica nesta quarta-feira (26). Negociada recentemente a US$ 20 mil, após salto de quase 5%, a criptomoeda avança mais e opera em alta de 7% nesta manhã, a US$ 20.630.
“A volatilidade voltou aos mercados de criptomoedas”, escreveu o grupo de pesquisa Fundstrat em seu relatório diário sobre criptomoedas, logo após o setor voltar a superar a marca de US$ 1 trilhão em valor.
O movimento vem na esteira de uma sessão positiva em Wall Street, especialmente do índice Nasdaq, que saltou 2,25%. No entanto, a correlação cai nesta manhã em meio ao recuo de 1,7% do índice no mercado futuro após resultado negativo da Microsoft, e não abala o rali das criptos.
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A alta é puxada principalmente pelo Ethereum (ETH), que já apresentava mais força que o Bitcoin nesta terça. A segunda cripto mais valiosa do mundo acelera a subida nas primeiras horas do dia e vai a US$ 1.534, em ganhos de 14% nas últimas 24 horas, atingindo seu maior preço desde a atualização Merge (Fusão, em português).
Realizada em 15 de setembro, a revisão tecnológica fez o protocolo abandonar o sistema de mineração para adotar o mecanismo de verificação de transações baseado em staking, um tipo de renda passiva em criptoativos.
Acompanhando o ETH, ativos sintéticos da criptomoeda também avançam, como cETH (CETH) e Lido Staked Ether (stETH), que valorizam cerca de 14%. Outras altcoins também operam com solidez, como Cardano (ADA), Solana (SOL), Dogecoin (DOGE) e Polkadot (DOT), que avançam entre 10% e 13%
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A alta provocou o maior número de liquidações de posições alavancadas desde julho de 2021, na casa dos US$ 700 milhões – elas apostavam na queda das criptomoedas. Em paralelo, aumentou em 6,6% o número de contratos de derivativos não vencidos, indicando que os traders abriram mais posições em antecipação a um novo aumento de preço.
A alta no setor também beneficiou ações das empresas de mineração de criptomoedas Marathon Digital (MARA), Hut 8 (HUT), Riot Blockchain (RIOT) e Bitfarms (BITF), que, após longo período de baixas, registraram ganhos de 14% a 16%. Além disso, a corretora Coinbase (C2OI34) e a empresa de inteligência MicroStrategy (MSTR) subiam 13% cada no fim do pregão da Nasdaq.
Assista: Argentinos usam dólar digital para driblar inflação; vale a pena pro turista brasileiro?
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O otimismo nos mercados de risco está ligado à expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) esteja a caminho de aliviar a alta de juros após um dado de confiança do consumidor para outubro vir abaixo do esperado.
Monitoramento do CME Group mostra um crescimento na chance de que o Fed reduza o ritmo do aperto em dezembro. Para a decisão de 2 de novembro, continua amplamente majoritária (95,7%) a chance de que o Fed elevará os juros novamente em 75 pontos-base, para a faixa entre 3,75% e 4,00%. Apenas 4,3% de chance seria de que a elevação fosse de 50 pontos-base.
Partindo do pressuposto de que a alta de novembro será como é amplamente esperada, o quadro é praticamente de empate nas expectativas para a decisão de 14 de dezembro.
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Por volta das 11h30 (de Brasília) desta terça, eram de 50,5% as chances de uma alta de 75 pontos-base em dezembro, com 47,5% para uma elevação de 50 pontos-base. Na segunda-feira, os níveis eram 54,9% e 43,1%, respectivamente. Ou seja, a chance de uma alta de 50 pontos-base crescia nesta terça-feira.
Nesta semana, as atenções dos investidores se voltam para a divulgação, na quinta-feira (27), do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do último trimestre, de forma a avaliar o crescimento econômico e os prováveis efeitos da agressiva política monetária do Federal Reserve.
A expectativa atual é de que a economia tenha crescido 2,4% no terceiro trimestre – o que sugeriria que a atividade está crescendo, mas não de forma muito robusta. Consequentemente, isso significaria que os aumentos das taxas de juros do banco central dos EUA estão controlando a inflação sem estimular uma recessão acentuada.
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Um item que vale a pena monitorar é uma possível relação de mudança entre o dólar e o preço do BTC. Durante grande parte de 2022, o BTC e o índice do dólar (DXY) mantiveram uma relação inversa, com o DXY subindo enquanto o BTC negociava em baixa.
Recentemente, essa relação, medida pelo coeficiente de correlação, passou de -0,90, em setembro, para o nível atual de -0,54. O coeficiente de correlação mede a relação entre dois ativos e varia de 1 a -1. Uma leitura de 1 implica uma relação direta, enquanto -1 reflete o oposto.
Embora seja cedo para tomar uma posição definitiva, o DXY apresenta queda desde 27 de setembro, enquanto o BTC viu relativamente pouca alteração no mesmo período. Se DXY e BTC reverterem para uma relação de preço mais inversa, novas quedas no DXY podem levar a um movimento mais rápido de alta para o BTC.
Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Bitcoin (BTC) | US$ 20.630,36 | +7,10% |
| Ethereum (ETH) | US$ 1.534,72 | +14,20% |
| Binance Coin (BNB) | US$ 288,94 | +5,90% |
| XRP (XRP) | US$ 0,466677 | +4,30% |
| Cardano (ADA) | US$ 0,405481 | +13,10% |
As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Tokenize Xchange (TKX) | US$ 19,52 | +23,40% |
| Rocket Pool (RPL) | US$ 24,94 | +15,40% |
| cETH (CETH) | US$ 30,84 | +14,40% |
| Ethereum (ETH) | US$ 1.533,28 | +14,10% |
| Lido Staked Ether (stETH) | US$ 1.531,55 | +13,90% |
As criptomoedas com as maiores quedas nas últimas 24 horas:
| Criptomoeda | Preço | Variação nas últimas 24 horas |
| Quant (QNT) | US$ 175,66 | -1,80% |
| Aptos (APT) | US$ 9,05 | -1,40% |
Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:
| ETF | Preço | Variação |
| Hashdex NCI (HASH11) | R$ 18,70 | +4,46% |
| Hashdex BTCN (BITH11) | R$ 25,35 | +4,75% |
| Hashdex Ethereum (ETHE11) | R$ 22,84 | +9,23% |
| Hashdex DeFi (DEFI11) | R$ 21,66 | +2,16% |
| Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) | R$ 17,20 | +5,52% |
| Hasdex Crypto Metaverse (META11) | R$ 38,75 | -0,74% |
| QR Bitcoin (QBTC11) | R$ 6,60 | +3,12% |
| QR Ether (QETH11) | R$ 5,58 | +9,41% |
| QR DeFi (QDFI11) | R$ 4,02 | +3,87% |
| Cripto20 EMPCI (CRPT11) | R$ 5,38 | +4,66% |
| Investo NFTSCI (NFTS11) | R$ 23,90 | +4,54% |
| Investo Blocki (BLOK11) | R$ 102,07 | +9,30% |
Veja as principais notícias do mercado cripto desta quarta-feira (26):
Tokens do Axie Infinity são destravados
O famoso jogo cripto Axie Infinity começou a liberar o equivalente a US$ 200 milhões em tokens (AXS) a investidores que estavam bloqueados, em período de vesting.
Cerca de 10 milhões de tokens desbloqueados são para os primeiros investidores, consultores e a equipe de desenvolvedores, potencialmente criando pressão de venda para a moeda.
Dados de blockchain mostram que uma carteira marcada como “Axie Infinity: Token Vesting” transferiu cerca de 785.334 tokens AXS (US$ 6,6 milhões) para seis investidores de 2020, de acordo com o site TokenUnlock.
A liberação dos ativos, no entanto, veio acompanhada do rali de criptos que começou nesta terça à tarde, pegando desprevenidos traders que apostavam na queda imediata do AXS.
Gestores ampliam posições compradas de Bitcoin antes da alta dos preços
O apetite dos investidores institucionais por Bitcoin (BTC) pode estar aumentando, apesar de a moeda estar sendo negociada “de lado” nos últimos meses.
O relatório “Commitment of Traders”, divulgado toda sexta-feira refletindo dados da terça-feira anterior, mostra que o interesse dos gestores de ativos no BTC está agora em 84% comprado (aposta na alta) e 16% vendido (aposta na queda).
Os números mais recentes representam um ligeiro aumento em relação ao relatório da semana anterior, em que os gestores de ativos estavam 80% comprados e 20% vendidos. Essa tendência tem sido moderadamente elevada desde 6 de setembro, quando os gestores de ativos estavam 74% comprados na criptomoeda.
Dessa forma, o salto ocorreu antes do rali que começou nesta terça, confirmando mais uma vez que a posição de gestores pode ser indicativa de uma tendência de mercado.
Turquia anuncia moeda digital para 2023
A Turquia está pronta para lançar uma moeda digital do banco central (CBDC) no próximo ano.
A notícia foi anunciada na segunda-feira (24), em meio à apresentação do Programa Presidencial Anual para 2023, realizada pela Direção Presidencial de Estratégia e Orçamento.
O anúncio veio um ano depois que a autoridade monetária da Turquia anunciou que estava considerando a emissão de um CBDC para complementar sua infraestrutura de pagamentos existente.
“O sistema Lira Turca Digital será integrado à identidade digital e ao FAST”, afirmou o comunicado oficial. O FAST é um sistema de pagamento operado pelo banco central turco, similar ao Pix no Brasil.
Xtage amplia portfólio de criptos para negociação
A Xtage, plataforma de negociação de ativos digitais da XP Inc., anunciou nesta quarta-feira (26) a inclusão de duas novas criptomoedas em sua plataforma, a Chainlink (LINK) e a Polygon (MATIC).
Essas são as primeiras adições ao portfólio da empresa desde seu lançamento, em agosto, quando deu início às operações com a oferta de Bitcoin e Ethereum aos clientes.
As duas novas criptos estão entre as mais negociadas do mercado. A Polygon é também a 11ª maior cripto em valor de mercado, com US$ 7,1 bilhões, enquanto a Chainlink ocupa a 21ª posição nessa lista, valendo no total US$ 3,3 bilhões.
