Bitcoin retoma US$ 21 mil e abre caminho para altcoins; Solana avança 10% e Celsius dispara 50%

Compradores de Bitcoin vêm defendendo nível de US$ 20 mil, mas analistas seguem cautelosos

Paulo Barros | CoinDesk

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Após alta volatilidade no fim de semana, o Bitcoin (BTC) registra o segundo dia de alta e retoma o nível de US$ 21 mil nesta terça-feira (21), dia de volta das bolsas americanas após feriado nos Estados Unidos. Às 7h05, a criptomoeda era negociada a US$ 21.180, alta de 2,5% nas últimas 24 horas. Segunda cripto mais valiosa, o Ethereum (ETH) avança 3%, para US$ 1.158. Entre as criptos com maior valor de mercado, no entanto, a que mais sobe hoje é a Solana (SOL), com alta de 10% em 24 horas, a US$ 38.

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A alta do Bitcoin traz dose de otimismo para investidores, que decidem se arriscar em altcoins menores. O destaque do dia é a Celsius Network (CEL), moeda da empresa de mesmo nome que congelou saques há pouco mais de uma semana. O token dispara 50,4% em um dia após a companhia pagar um empréstimo de US$ 10 milhões na stablecoin DAI para o protocolo Compound (COMP).

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A Celsius ainda não deu previsão para liberar o dinheiro dos usuários e diz que recuperar sua liquidez “levará tempo”, mas o mercado parece ter se acalmado com um plano de recuperação apresentado por Simon Dixon, um dos primeiros investidores da empresa.

Mesmo que o BTC apresente certo alívio e estimule apostas arriscadas em altcoins, analistas ainda recomendam cautela neste momento.

“O Bitcoin ainda é alvo de preocupação enquanto investidores fogem do mundo das criptomoedas em sua corrida para longe de ativos de risco”, escreveu Susannah Streeter, analista sênior de investimentos e mercados da empresa de serviços financeiros Hargreaves Lansdown.

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“A mentalidade do HODLer [investidor que compra e segura cripto por um longo período] está realmente sendo posta à prova e aqueles que ainda não desistiram podem ser tentados [a desfazer suas posições]”, escreveu Craig Erlam, analista sênior de mercado da corretora Oanda.

Streeter, da Hargreaves Lansdown, observou que, embora as criptos tenham sofrido com “extrema volatilidade no passado, as indicações são de que esse declínio pode não ser revertido tão cedo e que um inverno cripto pode estar se instalando”.

Um dos sinais de inverno prolongado no setor de criptomoedas teria sido a queda do Bitcoin para abaixo da máxima do ciclo de alta anterior, de pouco menos de US$ 20 mil em dezembro de 2017 – foi a primeira vez que um recuo do tipo foi registrado desde que a moeda digital atingiu pelo menos US$ 10 bilhões de valor de mercado e se tornou mais relevante como classe de ativo.

Em participação ontem no Cripto+, o trader e especialista em análise gráfica Vinícius Terranova afirmou que o Bitcoin segue refém dos mercados globais e, por isso, o histórico da criptomoeda pode ser menos importante dessa vez.

“A média de todos os períodos de queda durante o bear market na SPX é de 42%, e gente ainda está longe disso. Isso me faz crer que o Bitcoin vai continuar acompanhando. Enquanto o mercado global não se recuperar, eu não espero que o mercado de cripto vá”, avaliou.

Por outro lado, analistas da Transfero apontam que o preço na região dos US$ 20 mil pode ser uma oportunidade para investidores que se posicionam com um horizonte de longo prazo. “Apesar de estar em tendência de baixa, a média móvel 200 e os topos anteriores nas regiões de US$ 20 mil e US$ 14 mil são suportes relevantes de longo prazo, então é possível que haja briga de compradores e vendedores nessa região por um certo momento”, aponta a empresa brasileira em relatório.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h05:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 21.180,71 +2,5%
Ethereum (ETH) US$ 1.158,04 +3%
Binance Coin (BNB) US$ 222,08 +4,6%
Cardano (ADA) US$ 0,499732 +2,6%
XRP (XRP) US$ 0,328215 +1,4%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Celsius Network (CEL) US$ 1,41 +50,4%
Synthetix (SNX) US$ 4,46 +30,6%
Ziliqa (ZIL) US$ 0,04210404 +23%
Waves (WAVES) US$ 5,58 +17,9%
Elrond (EGLD) US$ 63,08 +12,9%

As criptomoedas com as maiores quedas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Flex Coin (FLEX) US$ 4,68 -1,5%
Helium (HNT) US$ 10,95 -1,3%
DeFiChain (DFI) US$ 1,04 -0,8%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 17,25 -1,98%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 24,50 -1,6%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 16,77 +2,19%
Hashdex DeFi (DEFI11) R$ 15,99 +9,44%
Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) R$ 17,01 +5,19%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 6,50 -1,51%
QR Ether (QETH11) R$ 4,16 +3,22%
QR DeFi (QDFI11) R$ 3,01 +4,87%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta terça-feira (21):

Cardano adia atualização por bugs no código

O laboratório de desenvolvimento da Cardano (ADA), Input Output (IOG), adiou o lançamento da atualização “Vasil” na rede de testes da blockchain por conta de problemas técnicos, disse a equipe hoje.
Prometida para ontem, a atualização Vasil aumentaria os recursos de dimensionamento da Cardano. Agora, a mudança está programada para o final de junho, também na testnet.

A atualização é um hard fork, processo em que uma blockchain valida e produz novos blocos com novas regras predeterminadas no lugar das antigas.

“A equipe de engenharia da IOG está extremamente perto de finalizar o trabalho principal, com apenas sete bugs ainda pendentes para concluir o trabalho do hard fork, sem nenhum atualmente classificado como ‘severo’”, disseram os desenvolvedores.

Ucrânia vende NFT de US$ 100 mil para financiar esforço de guerra

A Ucrânia vendeu o CryptoPunk #5364, um NFT que o país recebeu como doação no início de março durante uma campanha de arrecadação de fundos para financiar o esforço de guerra contra a Rússia. Alex Bornyakov, vice-ministro da transformação digital do país, anunciou a venda do ativo digital ontem via Twitter.

O NFT foi vendido a um comprador anônimo por 90 ETH, no valor de aproximadamente US$ 100 mil. O NFT, no entanto, chegou a valer até US$ 260 mil quando foi transferido para a carteira Ethereum da Ucrânia em março, antes que o preço do ETH começasse a cair significativamente.

No total, a Ucrânia levantou mais de US$ 135 milhões em doações de criptomoedas desde que tornou sua carteira pública em fevereiro. Desses, US$ 6,75 milhões foram provenientes da venda de uma bandeira ucraniana em formato NFT.

Reino Unido volta atrás e rejeita lei que atingia carteiras como a MetaMask

O governo do Reino Unido desistiu de implementar uma lei que exigia que todos os remetentes de criptos para carteiras de criptomoedas privadas coletassem detalhes de identificação dos destinatários, afirmou um documento publicado pelo Tesouro.

Com base em contribuições recebidas em uma consulta pública, o Tesouro afirmou que não faria sentido criar uma regra de coleta de dados para carteiras não hospedadas ou privadas. Esse tipo de carteira permite que o usuário faça a custódia pessoal dos seus criptoativos. A mais famosa do mundo é a MetaMask.

“Em vez de exigir a coleta de informações do beneficiário e do originador para todas as transferências de carteira não hospedadas, espera-se que as empresas de criptoativos coletem essas informações apenas para transações que representem um risco elevado de origem ilícita”, apontou o documento.

Exchange Bybit anuncia demissões

A exchange de criptomoedas Bybit anunciou ontem que prepara a demissão de parte de seus funcionários, citando “medidas extensas para cortar custos”.

“Estamos explorando uma maneira de remover funções sobrepostas e criar equipes menores, mas mais ágeis, para melhorar nossa eficiência”, afirmou a corretora ao CoinDesk.

Segundo o jornalista chinês Colin Wu, citando pessoas à par do assunto, as demissões na Bybit podem chegar a até 30% dos colaboradores.

Em conversa com o InfoMoney CoinDesk há pouco mais de uma semana, durante o Consensus 2022, em Austin, nos EUA, representantes da Bybit para o Brasil haviam afirmado que o momento é delicado, mas que a empresa iria apenas “reduzir o ritmo de contratações”.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos