Bitcoin evita queda forte, Luna sobe com nova rede e CEO da Mastercard sugere fim do Swift com CBDCs

Altcoins seguem atreladas aos rumos do Bitcoin, fragilizado pela incerteza nos mercados

Paulo Barros CoinDesk

(André François McKenzie/Unsplash)

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O Bitcoin (BTC) voltou a gerar temor entre investidores após ameaçar novamente cair abaixo de US$ 28.500 ontem, mas se recuperou e tenta mais uma vez retomar o patamar de US$ 30 mil no começo da manhã. Ainda assim, analistas apontam que criptomoeda permanece em zona de perigo.

Às 7h06, o BTC era negociado a US$ 29.838, com alta de 1,7% em 24 horas. O desempenho é modesto, mas melhor do que o da maioria das altcoins, que operam no vermelho nas primeiras horas do dia. Uma das poucas exceções é o Ethereum Classic (ETC), cripto que surgiu do fork (bifurcação da rede) do Ethereum (ETH) em 2015, que sobe 12%. Além disso, a Terra (LUNA) avança mais de 7% em meio ao início dos testes de uma nova blockchain para reviver o projeto.

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As altcoins permanecem atreladas aos rumos do Bitcoin, que segue fragilizado pelo momento de incerteza nos mercados e vem andando de lado entre US$ 28.500 e US$ 31 mil desde 12 de maio.

“O Bitcoin está na zona de perigo, pois o sentimento por ativos de risco caiu de um penhasco”, explica o analista sênior de mercado da Oanda, Edward Moya.

Entretanto, o Índice de Medo e Ganância do Bitcoin, que mede o sentimento de mercado e atingiu seu segundo maior nível de medo da história na semana passada, melhorou um pouco nos últimos dias, sugerindo que agentes de mercado podem estar ligeiramente mais otimistas com a possibilidade de o BTC romper a barreira dos US$ 30 mil.

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Mas Moya, da Oanda, observa que mesmo a queda dos rendimentos do Tesouro, “que torna as criptomoedas atraentes”, não vem conseguindo movimentar investidores. “No momento, ninguém quer comprar essa queda”, aponta, acrescentando que o Bitcoin pode testar o suporte acima de US$ 25 mil, e que ainda é possível que o preço caia para a região dos US$ 20 mil. “O Bitcoin não pode se estabilizar até que Wall Street se acalme e isso pode não acontecer por mais algum tempo.”

Por outro lado, a dominância do Bitcoin, que aponta sua participação no mercado total de ativos digitais, aponta que traders estão começando a se arriscar mais nas altcoins, indicando certo otimismo. A dominância do Bitcoin reflete o nível de tolerância ao risco dos traders e o sentimento do mercado. Quando as condições se tornam otimistas, traders movem capital para o Ethereum e outras altcoins. Já em momentos de baixa, negociantes se voltam para o Bitcoin, considerado “porto seguro” entre as criptomoedas.

A dominância disparou nos últimos dias e atingiu pouco menos de 45%, o maior nível do ano. Com a implosão do ecossistema Terra, muitas blockchains foram duramente atingidas: a Solana (SOL) caiu 50% no último mês, a Avalanche (AVAX) caiu 60% durante o mesmo período e a Polygon (MATIC) perdeu pouco mais de 53% de seu valor.

Mas, agora traders parecem estar se preparando para retornar às altcoins, com dados sugerindo que a alta na dominância do Bitcoin pode ser de curta duração. De acordo com a CoinGlass, as taxas de financiamento para empréstimos de ETH e principais altcoins já indicam um aumento no interesse por posições compradas (que apostam na alta), o que aponta para uma possível alta de preços pela frente.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h06:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 29.838,01 +1,7%
Ethereum (ETH) US$ 1.977,08 +0,3%
Binance Coin (BNB) US$ 332,86 +3,4%
XRP (XRP) US$ 0,402824 -1,3%
Cardano (ADA) US$ US$ 0,518865 +0,9%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Ethereum Classic (ETC) US$ 24,36 +12,2%
Green Satoshi Token (GST) US$ 27,16 +10%
Celo (CELO) US$ 1,42 +7,7%
Terra (LUNA) US$ 0,00017173 +7,5%
TerraUSD (UST) US$ 0,067385 +5,4%

As criptomoedas com as maiores quedas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Osmosis (OSMO) US$ 1,65 -3,7%
Kucoin Token (KCS) US$ 16,22 -2,8%
Helium (HNT) US$ 7,61 -2,7%
Elrond (EGLD) US$ 88,88 -2,2%
Quant (QNT) US$ 67,47 -1,7%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 24,60 -1,6%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 33,96 +0,8%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 27,66 -1,21%
Hashdex DeFi (DEFI11) R$ 22,28 +2,63%
Hashdex Smart Contract Plataform FI (WEB311) R$ 22,40 -2,69%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 8,86 -0,67%
QR Ether (QETH11) R$ 6,85 -1,58%
QR DeFi (QDFI11) R$ 4,01 -4,01%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta quarta-feira (25):

CEO da Mastercard sugere fim do Swift em 5 anos

O CEO da Mastercard, Michael Miebach, respondeu “não” ao ser perguntado se o SWIFT existirá em cinco anos, durante um painel sobre moedas digitais de bancos centrais (CBDC) em Davos, onde ocorre a reunião da cúpula do Fórum Econômico Mundial.

“Se você pode receber um pagamento com todos os dados anexados que você precisa como empresa […] a economia de custos disso, além de um custo de pagamento reduzido e o aumento geral da produtividade, podemos esperar que, se fizermos isso bem, esse é o objetivo real aqui”, disse Miebach no painel.

Em nota, a Mastercard esclareceu que, na verdade, Miebach não decretou o fim do Swift, atual sistema de mensagens interbancário que facilita pagamentos internacionais.

“Vamos esclarecer a intenção do comentário no palco, pois não é tão simples quanto uma resposta sim ou não. Michael estava simplesmente reforçando o que a Swift disse anteriormente – que suas operações continuam a evoluir. Sua forma atual não será a mesma no futuro. Eles estão adicionando mais funcionalidades e deixando de ser apenas um sistema de mensagens”, disse um porta-voz ao CoinDesk.

EUA deve ter proposta de regulação de criptos em junho

Parlamentares dos EUA devem estar prestes a analisar um projeto de lei sobre criptoativos, prometido por senadores para o próximo mês. Entre as mudanças, a proposta promete diferenciar os papéis dos agentes reguladores, e separar mineradores de criptomoedas de corretoras.

“Estamos realmente comprometidos em criar o tipo de legislação básica e estrutura que permitirá que essa indústria cresça, que floresça”, disse a senadora Kirsten Gillibrand, uma das propositoras do projeto, durante o evento DC Blockchain Summit ontem. “A melhor coisa que podemos fazer por todos esses negócios é trazer clareza”.

O projeto de lei deve propor delegar à Commodity Futures Trading Commission (CFTC) a função de principal regulador para mercados à vista e futuros, deixando a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) o papel de supervisionar criptomoedas definidas como títulos.

Mercado Bitcoin vai trabalhar com Stellar Foundation em piloto do real digital

A exchange de criptomoedas Mercado Bitcoin fechou parceria com a Stellar Development Foundation (SDF), organização por trás da blockchain Stellar (XLM), para desenvolver um dos nove projetos selecionados pelo Banco Central para explorar casos de uso de uma moeda digital do banco central (CBDC) – o real digital.

Segundo o Mercado Bitcoin, a rede Stellar foi escolhida por já vir sendo usada em outros projetos de CDBC pelo mundo, além da especialização na emissão de stablecoins e tokenização de ativos financeiros “devido à sua combinação única de velocidade, eficiência, segurança e conformidade”.

Uniswap ultrapassa US$ 1 trilhão em volume negociado

A conhecida plataforma de finanças descentralizadas (DeFi) Uniswap anunciou ontem que atingiu US $ 1 trilhão em volume de negociação negociado desde seu lançamento.

De acordo com dados da CoinGecko, a Uniswap está em primeiro lugar entre as exchanges descentralizadas (DEXs) em volume, com US$ 1 bilhão em negociações nas últimas 24 horas. Principal exchange centralizada, a Binance registrou quase US$ 15 bilhões no mesmo período, em sinal de que traders continuam a preferir corretoras convencionais.

O Uniswap, originalmente um projeto unicamente do Ethereum, continua a expandir seu alcance no ecossistema DeFi e planeja implantar o “Uniswap v3” na rede Gnosis Chain e, em seguida, na Moonbeam Network.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos