Bitcoin vira para alta após dado de inflação nos EUA e mais assuntos que vão movimentar o mercado de criptos hoje

Preço volta a superar US$ 50 mil após inflação ao consumidor vir mais alta do o esperado no mês passado

Paulo Barros

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Após iniciar o dia negociado na região dos US$ 48 mil em meio a nova onda de realização de lucros, o Bitcoin (BTC) ganha força e volta a superar os US$ 50 mil por volta das 10h40 após divulgação do dado de inflação ao consumidor nos Estados Unidos, que veio mais alto que o esperado.

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou nesta sexta-feira (10) que o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) subiu 0,8% no mês passado. O indicador veio acima da estimativa dos economistas consultados pela Reuters, que projetavam crescimento de 0,7%.

Por outro lado, na base anual, os preços subiram 6,8%, em linha com as estimativas, minimizando por ora impacto positivo sobre a criptomoeda, vista como um possível refúgio contra a inflação por conta de sua escassez programada em código – só 21 milhões de unidades do ativo digital poderão ser emitidas.

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O fôlego impacta pouco as demais criptomoedas, que sofreram mais na madrugada e contribuíram para uma perda conjunta de US$ 140 bilhões em valor de mercado de ontem para hoje. Em meio ao receio de novas quedas, investidores buscam refúgio em rendimentos com plataformas DeFi.

Nenhum fato relevante do mercado esteve por trás da queda das criptos, que, segundo especialistas, é considerada natural para uma classe de ativo conhecida por sua volatilidade. Segundo o analista de criptomoedas e investidor anjo Vinícius Terranova, o preço do Bitcoin havia caído abaixo de uma linha de suporte que vinha sendo respeitada desde março de 2020, durante o crash dos mercados pela Covid-19, apontando para maior incerteza sobre o movimento do ativo no curto prazo.

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Já Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, aponta que “nossos suportes mais importantes estão em US$ 46.554 e US$ 42.600”. O suporte é uma zona de preço com maior quantidade de ordens de compra.

No começo da manhã, o Ethereum (ETH), que vinha se mantendo menos volátil, cedia 4,9%, e ia a US$ 4.102. Já sua rival Solana (SOL) recuava 5,7% após uma falha na rede na tarde de ontem.

No top 10, o pior resultado era o da XRP (XRP), que registrava perda de 9%, para US$ 0,84. Já o desempenho da Tezos (XTZ), número 44 do ranking, decepcionava com correção de 11% após disparada de preço na sequência do anúncio de adoção pela desenvolvedora de jogos Ubisoft.

Um punhado de altcoins operava em terreno positivo, liderado pelo projeto de cripto para Internet das Coisas chamado IoTeX (IOTX), que subia 10,5%. Já a Near (NEAR) emendava o segundo dia de fortes ganhos com salto de 7,4%, um pouco mais que os 6,9% do token CEL, da plataforma de empréstimos e rendimentos Celsius Network (CEL).

Segundo o monitor de mercado DappRadar, investidores estão depositando mais criptoativos em protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) nesta semana, em busca de rendimentos em meio à queda dos mercados. Em três dias, os valores investidos nesse tipo de produto financeiro subiram de US$ 133,5 bilhões para US$ 142,3 bilhões.

Confira o desempenho das principais criptomoedas às 7h04:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Bitcoin (BTC) US$ 48.428,32 -1,2%
Ethereum (ETH) US$ 4.119,04 -4,6%
Binance Coin (BNB) US$ 578,80 -2,4%
Solana (SOL) US$ 177,33 -5,4%
Cardano (ADA) US$ 1,30 -5,4%

As criptomoedas com as maiores altas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
IoTeX (IOTX) US$ 0,135585 +10,5%
Near (NEAR) US$ 9,85 +7,4%
Celsius Network (CEL) US$ 3,85 +6,9%
Quant (QNT) US$ 168,91 +10,4%
Olympus (OHM) US$ 516,00 +11,9%

As criptomoedas com as maiores baixas nas últimas 24 horas:

Criptomoeda Preço Variação nas últimas 24 horas
Radix (XRD) US$ 0,246556 -14,1%
Tezos (XTZ) US$ 4,68 -10,5%
OKB (OKB) US$ 23,99 -9,5%
XRP (XRP) US$ 0,843823 -8,6%
Chainlink (LINK) US$ 19,80 -8,1%

Confira como fecharam os ETFs de criptomoedas no último pregão:

ETF Preço Variação
Hashdex NCI (HASH11) R$ 52,31 -4,71%
Hashdex BTCN (BITH11) R$ 64,02 -4,54%
Hashdex Ethereum (ETHE11) R$ 68,70 -6,37%
QR Bitcoin (QBTC11) R$ 16,80 -5,61%
QR Ether (QETH11) R$ 16,80 +6,66%

Veja as principais notícias do mercado cripto desta sexta-feira (10):

Solana sofre ataque e validadores criticam rede

A Solana, blockchain rival do Ethereum conhecida por sua velocidade, apresentou forte lentidão na tarde de quinta-feira (9) com o corte de 75% na sua capacidade de processamento de transações, que caiu de 2.000 para menos de 500 transações por segundo.

O motivo teria sido um ataque DDoS contra validadores (nós) da rede. Um ataque DDoS é uma ofensiva que sobrecarrega servidores a ponto de esgotar sua capacidade de processamento até que deixem de funcionar, normalmente por meio de redes de bots que acessam um determinado endereço da web em massa.

“A rede Solana está sendo sobrecarregada com ataques DDoS que obstruíram a rede, causando atrasos ”, disse em nota a plataforma de NFT Blockasset, que roda na Solana.

À noite, quando o problema já havia aparentemente sido resolvido, controladores de empresas que trabalham na validação dos dados que trafegam na rede Solana se queixaram desta que foi a segunda pane na blockchain em 2021. Em setembro, outro ataque coordenado derrubou a rede por várias horas.

“Estou tentando atrair esses formadores de mercado e traders, mas eles simplesmente perdem muita confiança quando os nós caem e não sabem por quê”, ressaltou Daffy Durairaj, cofundador de uma plataforma de negociações que roda na Solana, segundo o site CoinDesk.

Senado deve votar PLs que regulam criptomoedas na próxima semana

O Senado irá se reunir na próxima quarta-feira (15) para votar os Projetos de Lei sobre regulação de criptomoedas que tramitam na Casa, disse ontem o senador Irajá Silvestre Filho (PSD-GO), durante audiência na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.

O parlamentar também indicou que o PL aprovado na Câmara nesta semana será apreciado pelo Senado em breve, e que eventualmente todos os projetos sobre a matéria deverão ser unificados, tomando como referência aquele que se mostrar mais amadurecido.

“São matérias correlatas, em algum momento poderá ser apensado um projeto ao outro – aquele projeto que a maioria entendesse o mais amadurecido e que possa contribuir com a atividade dos criptoativos”, afirmou Irajá.

O PL 2303/15, aprovado na Câmara, prevê a regulamentação, por órgão do governo federal, da prestação de serviços de ativos virtuais no Brasil.

De acordo com o texto, serão consideradas prestadoras de serviços de ativos virtuais as pessoas jurídicas que executam serviços como troca, em nome de terceiros, de moedas virtuais por moeda nacional ou estrangeira; troca entre um ou mais ativos virtuais; transferências deles; custódia ou administração, mesmo que de instrumentos de controle; e participação em serviços financeiros e prestação de serviços relacionados à oferta por um emissor ou venda de ativos virtuais.

Parfin capta R$ 34 milhões em novo aporte e visa expansão

A Parfin, fintech especializada em custódia, negociação e gestão de criptoativos para clientes institucionais, levantou R$ 34 milhões em nova rodada de investimento liderada pelo fundo global de venture capital Valor Capital Group. O montante será utilizado na expansão do time, principalmente em contratações para a área de tecnologia.

“Os valores captados são essenciais para a expansão da empresa, bem como para desenvolvimento de novos produtos e soluções para o mercado de ativos digitais, o que inclui soluções para expansão dos serviços ligados a finanças decentralizadas (DeFi), o suporte a novos protocolos blockchain com staking, e nos próximos meses soluções para facilitar a troca instantânea entre ativos digitais, em especial moedas digitais de bancos centrais (CBDCs) e também stablecoins”, diz Marcos Viriato, CEO da Parfin.

Em novembro, a Parfin anunciou uma parceria com a dinamarquesa Sepior para oferecer custódia de ativos digitais com tecnologia MPC para atuar como custodiante de ativos digitais e oferecer solução tecnológica para clientes que desejem fazer custódia de criptoativos.

Coreia do Sul proíbe transferências de criptomoedas para carteiras anônimas

O governo da Coreia do Sul estabeleceu uma nova regra para corretoras de criptomoedas com presença no país que impede a transferência de ativos digitais para carteiras anônimas como MetaMask e Trust Wallet, entre outras. Pela nova regra, exchanges só podem autorizar saques com destino a plataformas que verifiquem a identidade do usuário.

A exigência vale desde já para as principais bolsas de criptomoedas coreanas, na prática impedindo que boa parte dos usuários compre ativos digitais com wons em plataformas licenciadas e os envie para plataformas de finanças descentralizadas (DeFi), como Uniswap PancakeSwap, ou de NFTs, como a OpenSea.

Segundo relata a imprensa coreana, a norma entra em vigor para todas as corretoras que atuam no setor a partir do dia 25 de março de 2022.

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Paulo Barros

Editor de Investimentos