Coinbase (C2OI34) cai 10% junto com outras “ações cripto” em Nova York após processo contra Binance

Regulador de derivativos acusa Binance de captar clientes irregularmente nos EUA

Paulo Barros

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Um processo aberto nesta segunda-feira (27) contra a Binance, maior corretora de criptomoedas do mundo, pegou investidores de surpresa e afeta o desempenho de ações ligadas ao setor em Wall Street.

Uma das mais impactadas é a Coinbase (C2OI34), que chegou a recuar mais de 10% na sessão de hoje, para US$ 60,70.

O sell-off também atinge papeis de mineradoras de Bitcoin (BTC), como Marathon Digital (MARA), Riot Blockchain (RIOT) e Hut 8 Mining (HUT), com quedas entre 6% e 8%.

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Já a MicroStrategy (MSTR), a empresa pública que mais detém BTC nos cofres, recua 7,38% – na manhã de hoje, a companhia havia anunciado a aquisição de cerca de 6.500 BTC adicionais.

Também em reação à notícia, o Bitcoin (BTC), que havia amanhecido em estabilidade, virou para queda. Às 12h20, acumulava perdas de 2,6% em 24 horas, a US$ 26.814, segundo dados do agregador Coingecko. Pouco depois, porém, a moeda digital apresentava ligeira recuperação para o patamar de US$ 27.200 – ainda assim, abaixo dos US$ 28.000 do começo do dia.

A BNB Chain (BNB), criptomoeda que alimenta uma blockchain patrocinada pela Binance, opera em queda de 3,3% nas últimas 24 horas, a US$ 316.

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Na ação protocolada pela CFTC em Chicago, o regulador de derivativos alega que a Binance não cumpriu com a obrigação de se registrar junto à agência. No país, apenas a Binance US, braço norte-americano da exchange, tem permissão para captar clientes.

Segundo a CFTC, a Binance opera uma operação de negociação de derivativos nos EUA, e a empresa, sob a liderança do CEO, instruiu clientes a burlarem sua localização por meio de VPN para ter acesso aos serviços não permitidos em solo americano.

Paulo Barros

Editor de Investimentos