CBA (CBAV3) tem lucro líquido de R$ 511 milhões, alta de 29% na base anual

Companhia teve resultado impulsionado por avanço do preço da commodity, que mais do que compensou maiores custos

Vitor Azevedo

Detalhe de chapa de alumínio

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A CBA (CBAV3), Companha Brasileira de Alumínio, lucrou R$ 511 milhões de forma líquida no segundo trimestre de 2022, alta de 29% na base anual.

Em parte, o crescimento do lucro acompanha a performance da receita líquida, que avançou 22% na mesma base, chegando a R$ 2,3 bilhões.

“Houve influência, principalmente, pelo aumento de 23% dos ganhos com o negócio de alumínio, justificado pela alta de 20% do alumínio na London Metal Exchange, no qual a média de preço passou de US$ 2,4 mil por tonelada no segundo trimestre de 2021 para US$ 2,87 mil toneladas no segundo trimestre de 2022, o que compensou a queda e 6% do volume vendido, para 112 mil toneladas”, justifica a CBA em documento publicado na noite desta terça-feira (9).

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A companhia registrou aumento de prêmios em todos os segmentos em que atua – no de primários, apesar de redução de 11% dos volumes, a receita cresceu 14%; no de transformados, o faturamento subiu 18% apesar da queda de 9% das vendas.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ficou em R$ 798 milhões, alta de 39% no ano – contando, porém, com a adição não recorrente da reversão de R$ 194 milhões de provisões. Sem esta, o Ebitda ajustado seria de R$ 641 milhões, alta de 73% no ano, com uma margem de 27%, frente 19% no segundo trimestre de 2021.

A CBA teve um aumento de 9% do custo dos produtos vendidos, que ficaram em R$ 1,6 bilhões. Destaque, neste ponto, para os gastos com a produção de alumínio, que foram “influenciados pela inflação de custos na indústria global, stress das cadeias produtivas e aumento dos custos logísticos”.

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As despesas operacionais da companhia avançaram 36%, para R$ 125 milhões. A alta é justificada pelo processo de crescimento, com a aquisição da Alux do Brasil e a criação do negócio de energia.

Por fim, a CBA viu ainda um desconto de R$ 128 milhões do seu faturamento por conta do resultado financeiro negativo, ante saldo positivo de R$ 132 milhões no segundo trimestre do ano passado. “Houve uma reversão no resultado financeiro líquido, sendo o principal impacto a variação cambial nos períodos comparados, em função da desvalorização do real em 2021, comparado a valorização do real em 2022, com impacto direto nos financiamentos em moeda estrangeira”, explica a empresa.

A CBA fechou junho com uma dívida líquida de R$ 13 bilhão, ante R$ 1,1 bilhão em março e R$ 2,5 bilhões em junho de 2021.

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