T4F, Brisanet e Santos Brasil: as ações que saltaram até 16% na sessão após balanços

A Brisanet teve lucro líquido de R$ 62,5 milhões, um aumento de 104,9% em relação ao 4T22, enquanto Santos Brasil lucrou 66% mais

Equipe InfoMoney

Painel de ações e gráfico (Crédito: Shutterstock)

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Correção: ao contrário do informado anteriormente, a Portonave não encerrou parte das operações por 27 meses; houve adaptações em parte do cais por conta de obras. A matéria foi corrigida.

Enquanto Vivara (VIVA3) e Cogna (COGN3) registraram uma sessão de forte queda nesta quinta-feira (21) na esteira dos resultados do quarto trimestre de 2023 (4T23), T4F (SHOW3), Brisanet (BRIT3) e Santos Brasil (STBP3), apareceram como os grandes destaques positivos entre as empresas que divulgaram seus balanços. T4F saltou 16,59% (R$ 2,67), BRIT3 disparou 12,50% (R$ 4,14), enquanto STBP3 subiu 7,21% (R$ 12,64).

A T4F saiu do prejuízo líquido de R$ 14,9 milhões no 4T22 e passou a ter lucro líquido de R$ 24,3 milhões no quarto trimestre de 2023.

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Grande destaque ainda para a receita líquida, que somou R$ 339,7 milhões no quarto trimestre do ano passado, crescimento de 625% na comparação com igual etapa de 2022. O número foi impulsionado principalmente por Promoção de Eventos, com o Festival Primavera Sound e The Eras Tour da Taylor Swift (envolto por polêmicas após tragédia e sucessão de problemas que chegaram a impactar a ação em novembro do ano passado) e Patrocínios.

A Brisanet, por sua vez, teve lucro líquido de R$ 62,5 milhões, um aumento de 104,9% em relação ao 4T22. Essa performance positiva foi pelo crescimento da receita líquida e pela melhoria nas margens operacionais. Além disso, a empresa realizou ajustes significativos no resultado do período, como a reclassificação de despesas com PIS/Cofins.

“A Brisanet apresentou mais um sólido trimestre, com receitas líquidas e margens em linha com as expectativas, mas superou em 42% o resultado líquido impulsionado por melhores condições fiscais (benefícios fiscais)”, apontou o Itaú BBA.

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A receita líquida cresceu 17% em relação ao ano anterior, principalmente apoiada pela contínua expansão orgânica do negócio de banda larga, que adicionou 35,4 mil HCs (ou casas conectadas) trimestralmente. A margem Ebit (rentabilidade operacional) atingiu 20,8% (0,3 pp acima das expectativas do banco e aumento de 0,8 pp trimestralmente), apesar do aumento em opex relacionado ao início da operação 5G.

A XP, por sua vez, ressaltou que o balanço foi majoritariamente em linha com suas estimativas, mas que o lucro líquido ficou 47% acima do que esperava devido ao reconhecimento de créditos de imposto de renda e contribuição social (“IR/CSSL”) e menores despesas com impostos sobre benefícios fiscais de ICMS (“ICMS”).

“Do lado negativo, devido ao cenário macroeconômico desafiador e à intensa concorrência, a empresa aumentou sua taxa de churn (cancelamento) para 2,32% no 4T23 (comparado a 2,24% no 3T23)”, ressalta a XP, que mantém recomendação neutra e preço-alvo para o final de 2024 de R$ 5 por ação.

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Já sobre a Santos Brasil, a companhia teve alta de 66% no lucro líquido na comparação com 4T22. O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA, na sigla em inglês) ficou em R$ 366 milhões no 4T23, alta de 85%.

No trimestre, o Bradesco BBI ainda apontou que os principais destaques foram: 1) margem Ebitda recorde de terminais de contêineres de 63%; 2) a empresa executando o plano de investimentos para acelerar a expansão da capacidade do TECON Santos; 3) O Ebitda de 2023 de R$ 1 bilhão ficou em linha com o guidance original para 2023 e 3% acima do limite máximo do atualizado; e 4) o forte Ebitda do 4T23 combinado com volumes adicionais de contêineres da BTP e do Porto de Navegantes, que pode desencadear uma revisão do Ebitda de 2024 de 13%.

“Com base nesses resultados robustos do 4T23, o mercado pode começar a discutir se o consenso do EBITDA de 2024 de R$ 1,298 bilhão é conservador ou não. O Ebitda anualizado do 4T23 sugere Ebitda de 2024 de R$ 1,467 bilhão, 13% acima do consenso e 5% acima do estimado pelo BBI. Esperamos que as estimativas de consenso aumentem à medida que a Santos Brasil capture volumes adicionais de contêineres da BTP e do Porto de Navegantes”, avalia o banco. No final de janeiro de 2024, a BTP sofreu um acidente com um de seus berços.

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O Porto de Navegantes iniciou o plano de expansão de investimentos e teve parte de suas operações adaptadas durante obras. Na verdade, os volumes consolidados de contêineres no 2M24 aumentaram +30% em base anual. Além disso, a Santos Brasil deverá entrar em um novo ciclo de renegociações contratuais em abril de 2025, o que poderá sustentar o crescimento do Ebitda.

O BBI mantém recomendação de compra e preço alvo para o final de 2024 de R$ 14,00. “Nossa visão positiva se baseia nos seguintes pontos: i) potencial discussão de M&A em 2024; ii) recuperação nos volumes; iii) a ação negociando com uma TIR de 11% (em termos reais)”, aponta.

A XP também reiterou compra para os papéis após o resultado, que apresentou Ebitda 10% acima do projetado pela casa. O BBA, que tem recomendação de “compra” para STBP3, com preço alvo de R$ 12,50 ao fim de 2024, ressalta que a surpresa positiva do balanço foi explicada por um mix de contêineres mais favorável bem como por reajustes de preço que vêm ocorrendo ao longo dos últimos meses. “Notamos, inclusive, que a performance do quarto trimestre poderia significar espaço para revisarmos nossas estimativas para cima”, avaliou.