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Os índices futuros de Nova York e bolsas da Europa sobem, mesma direção de fechamento dos mercados asiáticos nesta sexta-feira (9). Houve repercussão de um aumento sem precedente da taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) e mais comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que, contudo, não trouxe tantas surpresas.
O BCE elevou suas taxas de juros em 75 pontos-base na quinta-feira, de forma a conter a inflação crescente, mesmo com uma recessão se mostrando cada vez mais provável, já que a Europa perdeu acesso ao vital gás natural russo. Além disso, a instituição “espera aumentar ainda mais as taxas de juros para diminuir a demanda e se proteger contra o risco de uma persistente mudança para cima nas expectativas de inflação”.
Já Powell deu entrevista na véspera e ressaltou que o banco central está “fortemente empenhado em reduzir a inflação” e que quer fazer isso “sem custos sociais altos”.
Em indicadores, a inflação ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) na China ficou em 2,5% em agosto, abaixo dos 2,7% registrados em julho.
No Brasil, todas as atenções estão voltadas para divulgação de mais um dado de inflação. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referente ao último mês de agosto, com previsão do consenso Refinitiv de deflação de 0,39% na comparação com julho e alta de 8,72% na base anual.
Mais tarde, a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) divulga dados produção de veículos do mês de agosto.
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Confira mais destaques:
1.Bolsas Mundiais
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA operam em alta e caminham para quebrar uma sequência de três baixas semanais. Participantes do mercado repercutem o discurso do presidente do Fed na véspera.
Até ontem, o Dow Jones à vista acumula alta de 1,45%. Enquanto, o S&P 500 avança 2,09% e o Nasdaq está 1,99% maior.
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No entanto, a pressão sobre o mercado acionário continua, já que as expectativas de uma elevação de 0,75 ponto percentual na taxa de juros no final de setembro cresceram em Wall Street, depois que Powell disse novamente que está “fortemente comprometido” em reduzir a inflação.
A agenda americana é fraca em dados econômicos, com destaque para os números dos estoques no atacado de julho. O consenso Refinitiv aponta para avanço de 0,8% na comparação com junho.
Veja o desempenho dos mercados futuros:
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- Dow Jones Futuro (EUA), +0,80%
- S&P 500 Futuro (EUA), +0,82%
- Nasdaq Futuro (EUA), +0,98%
Ásia
Os mercados asiáticos fecharam o último pregão da semana no campo positivo, com os investidores digerindo últimos comentários do presidente do Fed e inflação na China abaixo do previsto.
A inflação ao consumidor chinês atingiu 2,5% em agosto, abaixo da previsão do consenso Refinitiv de 2,8%.
- Shanghai SE (China), +0,82%
- Nikkei (Japão), +0,53%
- Hang Seng Index (Hong Kong), +2,69%
- Kospi (Coreia do Sul), +0,33%
Europa
Os mercados europeus operam em alta nesta sexta-feira, com os investidores reagindo a um aumento recorde da taxa pelo BCE e mais comentários do presidente do Fed, Jerome Powell.
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A instituição monetária projeta que a economia da zona do euro entrará em um cenário de estagnação no final deste ano e no primeiro trimestre de 2023. Segundo comunicado após decisão de subir juros em 75 pontos-base, a autoridade monetária elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) da região em 2022, de 2,8% a 3,1%, mas cortou as estimativas de 2023 (de 2,1% a 0,9%) e de 2024 (de 2,1% a 1,9%).
“Os preços muito altos da energia estão reduzindo o poder de compra da renda das pessoas e, embora os gargalos de oferta estejam diminuindo, ainda estão limitando a atividade econômica”, afirma a instituição em nota.
- FTSE 100 (Reino Unido), +1,66%
- DAX (Alemanha), +1,61%
- CAC 40 (França), +1,76%
- FTSE MIB (Itália), +2,09%
Commodities
Tanto o contrato do petróleo tipo WTI quanto Brent operam em alta nesta manhã de sexta-feira (9) após registrarem baixa no início do pregão. No radar dos investidores continuam as preocupações de que os aumentos agressivos das taxas dos bancos centrais e as restrições à Covid-19 da China prejudiquem a demanda.
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Os preços do minério de ferro na China sobem novamente, nas máximas em duas semanas, depois que a maior produtora de aço anunciou mais medidas para apoiar sua economia. Além disso, a inflação de agosto abaixo do esperado na China despertou esperanças de mais flexibilização das políticas do banco central.
- Petróleo WTI, +1,74%, a US$ 84,99 o barril
- Petróleo Brent, +1,87%, a US$ 90,82 o barril
- Minério de ferro negociado na bolsa de Dalian teve alta de 3,74%, a 720,50 iuanes, o equivalente a US$ 104,16
Bitcoin
- Bitcoin, +7,55% a US$ 20.740,57 (em relação à cotação de 24 horas atrás)
2. Agenda
A semana termina com a divulgação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referente ao último mês de agosto. A média da projeção dos economistas consultados pela Refinitiv aponta para mais uma deflação, a segunda consecutiva, desta vez de -0,39%. Assim sendo, na comparação anual, o IPCA desaceleraria de 10,1% (de julho) para 8,71%.
“A leitura vai mostrar deflação de preços em combustíveis, eletricidade e comunicações, ainda refletindo redução de impostos e cortes feitos pela Petrobras em julho e agosto”, diz Mario Mesquita, economista-chefe do Itaú. Pelos cálculos do banco, só a redução no preço dos combustíveis deve ter um impacto de -0,74 ponto percentual no índice.
A sexta-feira também vai trazer os números mais recentes da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), referentes ao mês de agosto.
Brasil
9h: Índice preços consumidor amplo (IPCA) de agosto, com consenso Refinitiv de queda de 0,39% na base mensal e alta de 8,72% na base anual
10h: Produção de veículos Anfavea
10h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, tem reunião com Marcelo Maziero, Presidente-Executivo, e Fernando Fontes, Diretor Presidente, da CERC Central de Recebíveis (fechado à imprensa)
16h30: Paulo Guedes, ministro da Economia, tem reunião com o diretor global de Origination New Markets da Corio Genaration, Guillermo Martinez-Navas
17h30: Guedes se reúne com ministro da Educação, Victor Godoy
EUA
11h: Estoques no atacado julho, consenso Refinitiv aponta para avanço de 0,8% na comparação com junho
15h: Contagem de sondas Baker Hughes
3. Brasil vai crescer quase 3% neste ano, diz Guedes
O ministro da Economia, Paulo Guedes, enfatizou mais uma vez que a economia brasileira atravessou a pandemia com um desempenho melhor do que o das economias de países avançados.
“Já crescemos 2,5% este ano, mas é claro que vamos crescer mais. Vamos crescer quase 3,0% este ano, o Brasil já se levantou”, afirmou, em palestra na #ABX22 – Automotive Business Experience.
Governo libera R$ 1,7 bilhão do orçamento secreto após decreto de Bolsonaro
O governo federal liberou o pagamento de R$ 1,7 bilhão em emendas do orçamento secreto dois dias após o presidente Jair Bolsonaro assinar um decreto na véspera do feriado de 7 de Setembro destravando as verbas de interesse dos parlamentares. Bolsonaro adiou repasses da cultura e da ciência e tecnologia para abrir o espaço para as emendas.
As verbas estavam bloqueadas desde o início de agosto. De lá para cá, o presidente assinou duas medidas provisórias prorrogando repasses que estava obrigado por lei a fazer ainda em 2022, relativos ao setor cultural e ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). A manobra libera R$ 5,6 bilhões ainda neste ano para irrigar o orçamento secreto.
Piso de enfermeiros precisa de fonte de custeio, diz ministro do STF
O ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse ontem, em Brasília, que é preciso uma fonte de recursos para viabilizar o pagamento do piso salarial dos profissionais de enfermagem.
Na semana passada, ele aceitou o pedido de suspensão do piso – feito pela Confederação Nacional de Saúde, Hospitais e Estabelecimentos e Serviços (CNSaúde) – e concedeu prazo de 60 dias para que os envolvidos na questão possam encontrar soluções para garantir o pagamento.
4. Covid
Na última quinta-feira (8), o Brasil registrou 99 mortes e 4.099 casos de covid-19 em 24h, segundo informações do consórcio de veículos de imprensa, às 20h.
A média móvel de mortes por Covid em 7 dias no Brasil ficou em 83, redução de 42% em comparação com o patamar de 14 dias antes.
A média móvel de novos casos em sete dias foi de 8.249, o que representa baixa de 45% em relação ao patamar de 14 dias antes.
Chegou a 170.246.503 o número de pessoas totalmente imunizadas contra a Covid no Brasil, o equivalente a 79,25% da população.
O número de pessoas que tomaram ao menos a primeira dose de vacinas atingiu 180.885.511 pessoas, o que representa 84,2% da população.
A dose de reforço foi aplicada em 102.919.084 pessoas, ou 47,91% da população.
5. Radar Corporativo
Petrobras (PETR3;PETR4)
A Petrobras aprovou o encerramento do processo competitivo para venda da concessão de Albacora, que será mantida integralmente na carteira da estatal, conforme fato relevante publicado nesta quinta-feira (8).
A petroleira estava em fase de negociação com a PRIO (PRIO3), ex-PetroRio, para a venda do campo. No entanto, ambas as empresas não convergiram para condições que refletissem a avaliação do ativo para a Petrobras. Desta forma, a companhia dará continuidade ao projeto de revitalização de Albacora, localizado em águas profundas da Bacia de Campos, que contempla o desenvolvimento da produção do reservatório de Forno, localizado no pré-sal de Albacora.
A Petrobras também comunicou a prorrogação dos prazos para a manifestação de interesse em participar da oportunidade referente à venda de 40% da sua participação nas concessões exploratórias BM-POT-17, em que se desenvolve o Plano de Avaliação de Descoberta do poço Pitu (Blocos POT-M-853 e POT-M-855), e a concessão POT-M-762_R15 (Bloco POT-M-762). Os ativos estão localizadas em águas profundas na Bacia Potiguar – Margem Equatorial – no litoral do Rio Grande do Norte.
Vale (VALE3)
Os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, bem como diversos órgãos do Ministério Público e das Defensorias Públicas, enviaram nesta quinta-feira (8) um ofício ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para encerrar formalmente as negociações pela repactuação do acordo de indenização pela tragédia de Mariana, ocorrida em novembro de 2015.
No documento, os signatários afirmam que a proposta das empresas Samarco, Vale e BHP Billiton, responsáveis pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, “está em absoluta dissonância com a premência e a contemporaneidade da imprescindível e efetiva reparação e compensação devidas às pessoas atingidas e à sociedade”.
Ecorodovias (ECOR3)
A Ecorodovias (ECOR3) informou que volume de tráfego consolidado caiu 7,4% em agosto na comparação com o mesmo mês do ano passado.
O tráfego consolidado recuou 5,6% no acumulado ano frente ao mesmo período de 2021.
(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)
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