Bolsas mundiais sobem no último pregão de setembro; PCE, taxa de desemprego no Brasil e mais assuntos do mercado hoje

Investidores também devem repercutir a inflação na zona do euro acima das expectativas

Felipe Moreira

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Os índices futuros dos Estados Unidos operam em alta nesta manhã de sexta-feira (30), ensaiando uma recuperação após atingir menor nível desde novembro de 2020, com investidores pesando preocupações sobre futuras decisões de aumento de taxas do Federal Reserve (Fed) e o impacto no mercado.

Apesar da alta de hoje, os principais índices americanos estão a caminho de encerrar setembro fortemente no vermelho. O S&P 500 cai 7,9% em setembro, enquanto o Dow e o Nasdaq caem 7,2% e 9,1%, respectivamente.

Nos EUA, às 9h30, tem o PCE de agosto, indicador de consumo pessoal considerado o índice preferido do Fed para acompanhar o comportamento de preços. O consenso Refinitiv prevê alta de 0,4% em setembro, na comparação com agosto, e de 4,7% na comparação anual.

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Além disso, vários membros do Fed devem falar nesta sexta-feira, e os mercados estarão atentos as indicações sobre o ritmo de aumentos futuros do BC americano.

Por outro lado, no continente asiático, a maioria das bolsas fechou em baixa após a queda do mercado americano na quinta-feira, apesar de novos dados mostrem que a atividade fabril da China cresceu acimada das expectativas em agosto.

No Brasil, Lula e Bolsonaro trocam ataques sobre corrupção em debate com “enxurrada” de pedidos de direito de resposta no último debate entre os presidenciáveis antes do primeiro turno, promovido pela TV Globo.

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Em indicadores, às 9h, tem a taxa de desemprego de agosto, com consenso Refinitiv de 8,9%, uma queda em relação aos 9,1% de julho.

1.Bolsas Mundiais

Estados Unidos

Os índices futuros dos EUA operam em alta nesta manhã de sexta-feira (30), após uma forte queda dos mercados a vista no pregão passado, levando o S&P a atingir uma nova mínima em 2022.

A Apple liderou o declínio da véspera, fechando em 4,9%, já que a gigante da tecnologia enfrentou relatos de recuo na demanda por seus novos produtos, especificamente o iPhone 14 . O Bank of America também rebaixou a gigante de tecnologia, o que pressionou as ações.

As ações da Nike também caíram no after-market depois que a empresa informou que as vendas aumentaram, mas problemas na cadeia de suprimentos e no estoque prejudicaram os resultados em seu primeiro trimestre fiscal.

Veja o desempenho dos mercados futuros:

Ásia

Os mercados asiáticos recuaram em sua maioria nesta sexta-feira, embalados pela nova mínima das bolsas americanas atingida na véspera.

O Índice de Gerentes de Compras da indústria manufatureira da China cresceu em setembro para 50,1, muito acima dos 49,6 previstos por analistas em uma pesquisa da Reuters.

O yuan chinês se valorizou em relação ao dólar, estendendo os ganhos pela segunda sessão consecutiva depois que a Reuters informou que o banco central pediu aos bancos estatais que apoiassem a moeda.

O Banco Popular da China alertou os especuladores para não apostarem no yuan em nenhuma direção no início desta semana.

Europa

Os mercados europeus também operam em alta na última sessão do mês de setembro, buscando recuperação após a liquidação global registrada ontem.

A inflação ao consumidor na zona do euro em setembro atingiu 10,0%, acima do consenso de mercado de 9,7% e uma alta em relação aos 9,1% aferidos em agosto, de acordo com uma estimativa divulgada hoje pelo Eurostat.

Já a taxa de desemprego ajustada na área do euro foi de 6,6%, estável em relação a julho de 2022 e abaixo dos 7,5% em agosto de 2021.

Commodities

As cotações do petróleo sobem e caminham para seu primeiro ganho semanal em cinco semanas, apoiadas por um dólar mais fraco e a possibilidade de que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) concorde em cortar a produção de petróleo em sua reunião de 5 de outubro.

Já os preços do minério de ferro engatam segunda alta consecutiva, sustentados por dados da atividade fabril chinesa acima do esperado.

A demanda por minério de ferro na China aumentou no início deste mês, mas o banco UBS diz que é um aumento de “vida curta” que entrará em colapso no próximo mês.

Bitcoin

2. Agenda

A semana termina com a divulgação da Pesquisa PNAD contínua de agosto. O consenso Refinitiv projeta uma taxa de desemprego em 8,9%, uma queda de 0,2 ponto percentual em relação ao mês de julho.

Nos Estados Unidos, sai o PCE de agosto, indicador de consumo pessoal preferido do Fed para acompanhar o comportamento de preços. O consenso Refinitiv prevê alta de 0,4% em setembro, na comparação com agosto, e de 4,7% na comparação anual.

Brasil

9h: Pesquisa PNAD contínua de agosto, consenso Refinitiv projeta a taxa de desemprego em 8,9%

9h: Roberto Campos Neto, presidente do BC, profere palestra no evento “DrumWave Day”, promovido pela DrumWave

9h30: Resultado primário de agosto, consenso Refinitiv aponta para deficit de R$ 28,75 bilhões

10h: Aneel realiza leilão de usinas termelétricas

14h: Campos Neto tem reunião presidente da CVM (fechado à imprensa)

15h: Campos Neto se reúne com dirigentes de instituições financeiras, em São Paulo, para tratar de temas estruturais e conjunturais do Sistema Financeiro Nacional (fechado à imprensa)

EUA

9h30: PCE de agosto, consenso Refinitiv aponta para alta de 0,5% na comparação com julho e de 4,7% na base anual

9h30: Discurso do presidente do Fed de Richmond, Thomas Barkin

10h: Discurso do presidente do Fed de Cleveland, Loretta Mester

10h: Discurso do presidente do Fed de Nova York, John Williams

10h: Discurso da vice- presidente do Fed, Lael Brainard

10h45: PMI Chicago

11h: Pesquisa de condições de negócios de Michigan

11h: Confiança do consumidor de setembro

12h: Discurso da diretora do Fed, Michelle Bowman

15h: Contagem de sondas Baker Hughes

3. Noticiário econômico

Bancos pedem a presidenciáveis reformas e fim de assimetria tributária

Em reuniões com representantes das equipes econômicas dos candidatos à Presidência da República, o setor bancário apresentou uma ampla pauta econômica e regulatória que acredita ser fundamental para os próximos anos, independentemente de qual seja o próximo governo. Segundo apurou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), temas como as reformas tributária e administrativa e o fim de assimetrias tributárias foram levados às reuniões.

Representantes da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), como o presidente da entidade, Isaac Sidney, se reuniram com membros das equipes do presidente Jair Bolsonaro (PL), de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de Simone Tebet (MDB).

Superávit primário poderá fechar o ano acima do previsto, diz Tesouro

Economia de recursos para pagar os juros da dívida pública, o superávit primário poderá fechar o ano acima da previsão oficial de R$ 13,5 bilhões, disse nesta quinta-feira (29) o secretário do Tesouro Nacional, Paulo Valle. Em entrevista para explicar o resultado das contas públicas em agosto, ele disse que vários fatores ajudarão as contas públicas neste ano.

O secretário citou o pagamento de dividendos da Petrobras à União, os contingenciamentos recentes feitos para cumprir o teto de gastos e o empoçamento de recursos em ministérios.

4. Noticiário político

Lula mantém 50% dos votos válidos; Bolsonaro oscila para 36%, aponta Datafolha

A três dias das eleições, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança na disputa pelo Palácio do Planalto, segundo pesquisa realizada pelo instituto Datafolha, divulgada nesta quinta-feira (29).

O levantamento, realizado entre os dias 27 e 29 de setembro, mostra que Lula tem 50% das intenções de voto válidas (ou seja, excluindo eleitores que indicam que votariam em branco, nulo ou estão indecisos). O Datafolha passou a divulgar o resultado de suas pesquisas em votos válidos, porque este é o critério utilizado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para contabilizar o resultado da disputa.

Já o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, aparece com 36% das intenções de voto válidas.

Lula e Bolsonaro trocam ataques sobre corrupção no último debate antes do primeiro turno

Os dois candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), não tiveram interações diretas regulares no último debate entre os presidenciáveis antes do primeiro turno, promovido pela TV Globo nesta quinta-feira (29), mas protagonizaram um duelo peculiar com ataques durante interações com outros candidatos e uma enxurrada de pedidos de direitos de resposta.

O debate, realizado a três dias das eleições, reuniu sete candidatos à Presidência da República: Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe D’Avila (Novo) e Padre Kelmon (PTB). A escolha seguiu a Lei das Eleições, que determina que sejam convidados os candidatos de partidos políticos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, 5 parlamentares e sem impedimento na Justiça.

Covid

O Brasil registrou nesta quinta-feira (29) 49 mortes pela covid-19 nas últimas 24 horas, totalizando 686.027 desde o início da pandemia.

Com isso, a média móvel de mortes nos últimos 7 dias é de 43. Em comparação à média de 14 dias atrás, a variação foi de -38%, indicando tendência de queda.

No total, o país registrou 9.894 novos diagnósticos de Covid-19 em 24 horas, completando 34.706.757 casos conhecidos desde o início da pandemia.

5. Radar Corporativo

Vale (VALE3)

A Vale (VALE3) informou que o Conselho de Administração da companhia aprovou a reorganização das operações de metais básicos detidas pela mineradora no Brasil. A aprovação prevê a transferência dos ativos de cobre para a Salobo Metais e a transferência dos ativos de níquel para uma nova sociedade a ser constituída pela Vale no Brasil.

Os ativos de níquel e cobre continuarão a ser consolidados e detidos integralmente pela Vale. A reorganização busca centralizar as operações de metais básicos no Brasil em duas sociedades, trazendo maior eficiência nos processos e na gestão.

A Vale também informou que concluiu as obras de descaracterização de mais três estruturas a montante, o Dique Auxiliar da Barragem 5, na Mina Águas Claras, em Nova Lima (MG), o Dique 3 do Sistema Pontal, na Mina Cauê e a barragem Ipoema, na Mina do Meio, ambos em Itabira (MG).

EDP Brasil (ENBR3)

A EDP Brasil (ENBR3) informou que, sua subsidiária Porto do Pecém Geração de Energia realizou a 1ª emissão de notas comerciais escriturais, sem garantia da EDP Brasil, no valor de R$ 1,5 bilhão, a ser paga mensalmente até julho de 2027 com recursos oriundos do Ativo.

Pecém é uma usina térmica movida a carvão mineral, com capacidade instalada de 720 MW, com contratos de energia (PPAs) vigentes até julho de 2027 e contrato de autorização até janeiro de 2044. O ativo possui receita fixa mensal de R$ 80,5 milhões e patrimônio líquido de R$ 2,8 bilhões.

(Com Estadão, Reuters e Agência Brasil)

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