Lula e Bolsonaro trocam ataques sobre corrupção em debate com “enxurrada” de pedidos de direito de resposta

Dupla não esteve frente a frente, mas protagonizou momentos mais quentes; Lula foca em legado de gestões, e Bolsonaro faz dobradinhas com Kelmon

Marcos Mortari Anderson Figo

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Os dois candidatos que lideram as pesquisas de intenção de voto para o Palácio do Planalto, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (PL), não tiveram interações diretas regulares no último debate entre os presidenciáveis antes do primeiro turno, promovido pela TV Globo nesta quinta-feira (29), mas protagonizaram um duelo peculiar com ataques durante interações com outros candidatos e uma enxurrada de pedidos de direitos de resposta.

O debate, realizado a três dias das eleições, reuniu sete candidatos à Presidência da República: Jair Bolsonaro (PL), Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Ciro Gomes (PDT), Simone Tebet (MDB), Soraya Thronicke (União Brasil), Felipe D’Avila (Novo) e Padre Kelmon (PTB). A escolha seguiu a Lei das Eleições, que determina que sejam convidados os candidatos de partidos políticos com representação no Congresso Nacional de, no mínimo, 5 parlamentares e sem impedimento na Justiça.

O centro dos enfrentamentos envolveu mais uma vez a pauta da corrupção, levantada logo no início do debate, em dobradinha feita pelo candidato Padre Kelmon (PTB) com Bolsonaro. Pesquisas e diversos analistas políticos, no entanto, vêm indicando que, ao contrário do que ocorreu em 2018, a corrupção não é tema prioritário para o eleitor no pleito deste ano.

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“Essa política da esquerda, do PT, que governou esse país por 13 anos, nós não podemos nos enganar, porque são mais do mesmo. Mentem o tempo todo, enganam as pessoas”, afirmou Kelmon, chamado pelos demais candidatos de “linha auxiliar” do atual mandatário e de “candidato laranja”, pelo fato de substituir Roberto Jefferson (PTB), impedido de disputar por estar enquadrado na Lei da Ficha Limpa.

“O que está em jogo é o futuro de uma nação. Nós não podemos voltar à fase que éramos há pouco tempo, onde era realmente uma cleptocracia – a roubalheira imperava em nosso país. O governo Lula foi o chefe de uma grande quadrilha, dezenas de delatores devolveram R$ 6 bilhões para pegar uma pena menor. Nós não podemos continuar em um país da roubalheira”, disse Bolsonaro em resposta.

“Não podemos voltar a esse estado de coisas que aconteceu há pouco tempo no país, onde a roubalheira imperava”, emendou. A fala suscitou pedido de direito de resposta por Lula, concedido pela comissão avaliadora escalada pela TV Globo, o que incomodou Bolsonaro, que fez insinuações de que a emissora estaria beneficiando o candidato petista.

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Em sua intervenção, Lula rebateu mantendo a pauta da corrupção, citando casos associados à atual gestão. “Eu esperava, em um debate entre pessoas que querem ser presidente da República, [que] o atual presidente tivesse o mínimo de honestidade, o mínimo de seriedade. Ele falar que eu montei quadrilha… Com a quadrilha da rachadinha dele, que ele decretou sigilo de 100 anos, com o Ministério da Educação com barra de ouro. Ele falar de quadrilha comigo? Ele precisava se olhar no espelho e saber o que está acontecendo no governo dele. Ele [deveria] saber o que foi a quadrilha da vacina, o que foi o oferecimento de US$ 1,00 para cada vacina importada”, disse.

Na sequência, foi a vez de Bolsonaro pedir direito de resposta e ser atendido. “Mentiroso, ex-presidiário, traidor da pátria. Que rachadinha? Rachadinha é (sic) seus filhos, roubando milhões de empresas após sua chegada ao poder. Que CPI é essa, da farsa, que você vem defender? O que achou a meu respeito? Nada”, respondeu.

O atual presidente também voltou a citar denúncias de supostos ilícitos envolvendo o Consórcio do Nordeste na aquisição de equipamentos durante a pandemia, e responsabilizou aliados de Lula por mortes de pessoas por falta de respiradores para atender pacientes com Covid-19.

Um terceiro pedido de resposta foi pedido por Lula e concedido pelos organizadores do debate, gerando flagrante incômodo entre os demais candidatos. “É uma insanidade um presidente da República vir aqui e dizer o que ele fala com a maior desfaçatez. “É uma insanidade um presidente da República vir aqui e dizer o que ele fala com a maior desfaçatez. É por isso que no dia 2 de outubro o povo vai te mandar para casa. E eu vou fazer um decreto acabando com o seu sigilo de 100 anos para saber o que tanto você quer esconder”, declarou.

Bolsonaro chegou a pedir mais um direito de resposta, que não foi concedido. Mas não demorou até que os dois candidatos que lideram as pesquisas se envolvessem em um novo embate indireto no debate. Ainda no primeiro bloco, Bolsonaro escolheu perguntar à senadora Simone Tebet (MDB). Em sua indagação, o atual presidente citou reportagem, que supostamente diz que a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), vice da candidata, teria pago para esconder um suposto vínculo com a morte de Celso Daniel, ex-prefeito de Santo André.

“Sua vice, há algum tempo vem falando, e ontem falou novamente, que Lula foi o mentor intelectual do assassinato de Celso Daniel”, disse. “Qual é a posição da senhora sobre esse episódio?”, questionou.

Em sua resposta, Tebet disse que confiava integralmente em sua vice e se recusou a avançar na discussão do tema. “Eu lamento essa questão ser trazida em um debate, neste momento tão importante da história do Brasil, e ser dirigida a mim. Eu acho que falta ao senhor coragem de perguntar isso ao candidato do PT, que, segundo o senhor, é envolvido e está aqui. Por que não pergunta sobre o candidato Lula sobre esse assunto? Vamos tratar do Brasil, vamos tratar dos reais problemas”, disse a parlamentar.

“Estamos a 3 dias da eleição, em uma das eleições mais difíceis do Brasil, e hoje o que vemos aqui não é a apresentação de propostas, mas ataques mútuos, para ver quem roubou mais, quem é mais incompetente, quem é mais insensível”, complementou. “É lamentável, presidente, que o senhor não esteja aqui para falar do Brasil real e apresentar soluções a ele”.

A fala de Bolsonaro deu origem a mais um pedido de resposta concedido a Lula, que se disse incomodado por ter que lançar mão tantas vezes do recurso. “Não é possível conviver com alguém com a cara de pau. Celso Daniel era meu amigo, era o melhor gestor público que esse país teve. Ele foi chamado para coordenar meu programa de governo de 2002”, disse. “Você vem culpar o Lula da morte do Celso Daniel? Seja responsável. Você tem uma filha de 10 anos assistindo o programa que você está fazendo. Pare de mentir, porque o povo não suporta mais”.

Em um novo direito de resposta, Bolsonaro cobrou de Lula a apresentação do decreto em que ele estabelecia sigilo de 100 anos para informações envolvendo seus familiares, negou atraso na compra de vacinas contra a Covid-19 e retomou acusações de corrupção associadas às gestões petistas.

“Pare de mentir. Quando se fala em fome, eu dei R$ 600,00 de Auxílio Brasil, você dava pouca coisa para os mais pobres. Usava os mais pobres como massa de manobra para ganhar voto. Quando se fala em devolver R$ 6 bilhões, que os delatores devolveram, foi de roubalheira do seu governo. Só na Petrobras o endividamento foi de R$ 900 bilhões no seu governo. Isso daria para fazer 60 vezes a transposição do [Rio] São Francisco. Tu foi (sic) condenado em três instâncias por unanimidade e o processo deixou de existir porque você tinha um amiguinho no Supremo Tribunal Federal que disse que você tem que ser julgado em Brasília, e não em Curitiba”, afirmou.

Aliado de Bolsonaro vai para cima de Lula

Assim como ocorreu no último debate, Bolsonaro lançou mão de “dobradinhas” com o candidato Padre Kelmon ‒ substituto do seu aliado Roberto Jefferson ‒ para atacar adversários, sobretudo Lula. Foram duas interações entre os aliados. Quando teve a oportunidade de escolher, o atual presidente não fez pergunta diretamente ao petista e preferiu terceirizar o enfrentamento.

Foi Padre Kelmon quem protagonizou bate-boca com Lula ao questioná-lo sobre escândalos de corrupção durante sua gestão. “Vários de seus comparsas foram presos e disseram que você era o chefe do maior esquema de roubo e corrupção da história mundial. Renato Duque, [Antonio] Palocci são alguns exemplos. Seu próprio vice disse que você quer voltar à cena do crime para continuar roubando o povo brasileiro. Explique para o povo por que tanta gente próxima a você foi presa e te denunciou. Você era o chefe do esquema?”, indagou.

Os dois candidatos se desentenderam depois que Lula, ao tentar responder, foi interrompido por Kelmon, que rebatia as afirmações do petista durante o seu tempo de fala. O jornalista William Bonner, mediador do debate, chamou a atenção do candidato do PTB de forma enfática algumas vezes por conta de desrespeito às regras previamente estabelecidas e acordadas com os participantes.

“Candidato Kelmon, eu não consigo entender, já falei algumas vezes. O senhor compreendeu que o debate tem regras, o senhor concordou com elas e que basta cumpri-las? Quando o seu adversário está falando, é só o senhor aguardar”, disse o jornalista.

“É que o candidato laranja não tem respeito por regras. Candidato laranja faz o que quer”, criticou Lula. “Eu tive 26 denúncias mentirosas, de uma pessoa que depois foi ser ministra do atual governo”, disse em referência ao ex-juiz federal Sergio Moro, hoje candidato a senador pelo União Brasil no Paraná. “Quando quiser falar de corrupção, olhe para outro, e não para mim”, completou.

Padre Kelmon insistiu em sua réplica: “O senhor é o responsável pela corrupção no Brasil. Todos nós sabemos que o senhor cometeu esses atos porque o senhor é um descondenado. O senhor é um descondenado. O senhor não deveria nem estar aqui como candidato a presidente da República. Por que o senhor está aqui? O senhor sabe por quê. A população precisaria saber a verdade, mas o senhor é cínico, mente. O senhor é um ator, mente o tempo todo”.

Lula interrompeu o adversário, chamando-o de “irresponsável” e dizendo que ele nem era padre e que estava “fantasiado”. Kelmon se apresenta como sacerdote da Igreja Ortodoxa do Brasil, mas tem o título contestado pela Igreja Católica, que alega que ele nunca foi seminarista ou membro do clero.

O bate-boca entre os candidatos durou pouco menos de um minuto, e Bonner chegou a dizer que chamaria o intervalo para “acalmar os ânimos”. Apesar de os microfones estarem desligados, foi possível ouvir Lula questionando a identidade de padre do adversário, e Kelmon chamando o petista de “abortista”.

Padre Kelmon também teve interações com a candidata Soraya Thronicke (União Brasil), a quem chamou de “esquerdista” e classificou a proposta de unificação de impostos federais como um aumento de carga tributária aos contribuintes. Em uma das discussões entre os dois, a senadora chegou a perguntar: “O senhor não tem medo de ir para o inferno, não?”.

“Nós temos um candidato cabo eleitoral do candidato Jair Bolsonaro, que, por sua vez, é o cabo eleitoral do candidato Lula”, disse a senadora em outro momento, referindo-se a Kelmon ‒ a quem chegou a chamar de “padre de festa junina”.

Lula era a vidraça

Líder na corrida pelo Palácio do Planalto e com possibilidade de vitória em primeiro turno, segundo pesquisas de intenção de voto recentes, Lula foi alvo de todos os demais candidatos ao longo do debate.

Os ataques vieram majoritariamente no campo da corrupção, considerado calcanhar de aquiles da campanha. Mas a pauta econômica também recebeu destaque, sobretudo nos discursos dos candidatos Felipe D’Avila (Novo) ‒ que, em interação com Bolsonaro, disse que a volta de um governo de esquerda, “com mais Estado intervindo na economia”, seria um desastre ‒ e Ciro Gomes (PDT).

Logo na primeira interação, Ciro confrontou Lula com indicadores de desigualdade social e endividamento das famílias no país. O ex-ministro disse que, após 14 anos de governos do PT, os 5 brasileiros mais ricos acumulavam o equivalente ao que os 100 milhões de brasileiros mais pobres possuem, o desemprego chegou próximo de 12%, mais de 60 milhões de famílias entraram no Serasa e no SPC.

Lula rebateu dizendo que os mais pobres tiveram 80% de aumento real de renda durante suas gestões, contra 20% dos ricos. O petista voltou a citar o dado de 22 milhões de empregos gerados, aumento de 77% do salário mínimo e distribuição de terras com a reforma agrária. “A verdade nua e crua é que eu tive o prazer de governar o país que nunca ninguém, e que você me ajudou… e fazer a maior política de inclusão social da história do país”, disse.

Apoio em troca de cargos

A candidata Soraya Thronicke (União Brasil) voltou a protagonizar um embate com o presidente Jair Bolsonaro, assim como nos dois outros debates. Nesta noite, a parlamentar repetiu que deixou de apoiar o atual governo porque ele teria abandonado pautas que ela defende, como o combate à corrupção.

Em resposta, Bolsonaro a acusou de ser oportunista e de ter virado “inimiga” do governo porque teve pedidos de cargos negados ‒ o que foi confrontado pela candidata, que disse que eles foram aceitos. Depois, Bolsonaro mudou o discurso e afirmou que os indicados foram afastados. “Os seus cargos, alguns foram atendidos, mas foram tirados, porque vimos que não eram pessoas adequadas, pessimamente indicadas por vossa senhoria”, disse.

“Então, a senhora gosta é de cargo, é de se dar bem, e virou inimiga porque alguns cargos, todos os cargos foram tirados, na verdade, sem exceção. Ficou sem nada, está chupando o dedo lá em Mato Grosso do Sul”, completou o candidato à reeleição pelo PL.

Soraya pediu direito de resposta, que foi concedido. Na oportunidade, ela disse que solicitou três cargos a Bolsonaro e que dois foram concedidos: um na Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco) e outro no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Em seguida, afirmou que os indicados não aceitaram os cargos porque não concordaram com a prática de “rachadinha” ‒ prática ilegal na qual o titular de um cargo destina parte de seu salário ao político responsável pela indicação.

No debate da semana passada, Bolsonaro chamou Soraya Thronicke de “estelionatária política”, afirmando que ela se dizia a “senadora de Bolsonaro” para se eleger em 2018.

Meio ambiente

O desmatamento da Amazônia e outros biomas brasileiros também foi abordado em alguns momentos. Logo no início do segundo bloco, Simone Tebet perguntou a Bolsonaro sobre as políticas ambientais do governo. Em sua resposta, o presidente minimizou a atual situação e disse que o Brasil era “exemplo para o mundo”.

“Eu morei no Mato Grosso do Sul e conheço bem o Pantanal. Não é verdade o que a senhora está falando aqui. Periodicamente pega fogo. Somos exemplo para o mundo. Somos a economia que emite menos gás carbônico. No corrente ano, não tivemos notícias de incêndios nem na Amazônia e nem no pantanal, a não ser os que acontecem corriqueiramente. (…) A senhora está com ciúme da Tereza Cristina, que tirou sua vaga no senado pelo Mato Grosso do Sul”, afirmou o presidente.

“Eu defendo as mulheres do campo também. Eu levei paz e tranquilidade ao homem do campo. Com o Ricardo Salles [ex-ministro do Meio Ambiente, hoje candidato a deputado federal], reduzimos as multas aplicadas no campo. Eles têm, com todo respeito, um homem que se preocupa de verdade com o campo. (…) O pessoal do campo me ama”, completou o presidente. De fato, houve queda no número de multas aplicadas no governo Bolsonaro, mas, segundo especialistas, isso reflete a menor fiscalização, e não uma redução do número de crimes ambientais cometidos.

Tebet disse que, se eleita, vai promover um “revogaço” nas decisões ambientais tomadas por Bolsonaro e Salles. No segundo bloco, a candidata do MDB voltou a falar sobre meio ambiente, quando perguntada por Lula, dizendo que em seu governo haverá “desmatamento ilegal zero”. E diz que não é meio ambiente contra agronegócio, que é meio ambiente com agronegócio.

Operário vs. Elite

O candidato Felipe d’Ávila (Novo) também questionou Lula sobre casos de corrupção durante o governo do PT, dizendo que R$ 300 milhões foram devolvidos aos cofres públicos por um diretor da Petrobras, sem citar nome. O ex-presidente aproveitou o momento para conduzir o debate para uma zona de conforto de sua campanha, que são os programas sociais executados em seus 8 anos de governo.

“O problema de pessoas como você, que querem entrar na política e parecem como as pessoas que vão salvar o mundo… Elas nunca deram certo neste país. Você está diante de uma pessoa que é o presidente que mais teve preocupação com a inclusão social neste país. E é por isso que eu vou voltar. Eu vou voltar porque o povo brasileiro quer que eu volte. Eu vou voltar porque o povo brasileiro está com saudade. Está com saudade de ter emprego, de ter aumento no salário mínimo, de ter a oportunidade de ter mais saúde, de ter Farmácia Popular, de ter Brasil Sorridente, de ter o SAMU funcionando melhor, de ter acesso a [médico] especialista neste país”, disse Lula.

“É por isso que o povo quer que eu volte. Sabe por que? Porque eu não sou boquirroto, eu gosto de cuidar do povo, eu não gosto de governar o povo. Eu quero que as crianças possam comer, tomar café, almoçar, jantar, ir para a escola bem-vestidas, que as pessoas possam trabalhar e serem respeitadas, que a empregada doméstica tenha registro em carteira, jornada, férias, horário de almoço, quero que ela não seja tratada como se fosse uma cidadã de segunda categoria. É esse o Brasil que eu aprendi a construir e que vocês nunca construíram. É esse o país que um operário deu ao povo brasileiro porque a elite nunca conseguiu dar”, completou.

O último debate entre os presidenciáveis ocorre em meio a forte esforço da campanha de Lula para tentar encerrar a disputa em primeiro turno ‒ possibilidade indicada por pesquisas de intenção de votos recentes. Já Bolsonaro tenta elevar a rejeição do adversário e levar a disputa para o segundo turno, que seria realizado em 30 de outubro.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.