Bitcoin acelera alta com novos dados econômicos nos EUA e atinge maior preço em mais de 1 mês

Investidores institucionais têm aumentado suas participações em Bitcoin, mostram dados do mercado

CoinDesk

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O rali de criptomoedas que começou na tarde de ontem tem sequência nesta quarta-feira (26) com nova alta do Bitcoin (BTC), que se aproxima de US$ 21 mil e atinge seu maior patamar em mais de um mês após as vendas de novas casas nos Estados Unidos caírem 10,19% em setembro.

O mercado se move na expectativa de que os dados econômicos fracos possam contribuir para que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) desacelere o ritmo do aperto monetário, reduzindo o ritmo de alta dos juros.

A esperança de uma decisão mais “dovish” do Fed aumentou após o banco central do Canadá surpreender investidores com um aumento de juros menor do que o esperado: em vez do amplamente aguardado incremento de 75 pontos percentuais, o Banco do Canadá elevou nesta quarta a taxa em apenas 50 pontos-base, para 3,75%.

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As duas novidades ajudaram o Bitcoin a sustentar o rali. Nas últimas 24 horas, a criptomoeda acumula alta de 6,4%. Se comparado com o preço pré-rali, no entanto, a valorização chega a quase 8%. O Ethereum (ETH) também segue avançando pouco a pouco, e já se aproxima dos US$ 1.600, seu maior preço desde a atualização Merge (Fusão, em português), realizada em 15 de setembro. Desde a manhã de terça, seus ganhos já passam de 16%.

Gestores ampliam posições compradas

A alta das criptomoedas vem na esteira também de um maior apetite de investidores institucionais, que começou a dar sinais de aumento mesmo quando o Bitcoin era negociada “de lado” nos últimos meses.

O último relatório “Commitment of Traders”, que reflete dados da terça-feira passada (18), mostra que o interesse dos gestores de ativos no BTC estava em 84% comprado (aposta na alta) e 16% vendido (aposta na queda).

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Os números mais recentes representam um ligeiro aumento em relação ao relatório da semana anterior, em que os gestores de ativos estavam 80% comprados e 20% vendidos. Essa tendência tem sido moderadamente elevada desde 6 de setembro, quando os gestores de ativos estavam 74% comprados na criptomoeda.

As participações dos gestores mostram como eles estão usando as grandes quantidades de capital à sua disposição e geralmente servem como indicativo de sentimento do mercado.

Antes do aumento dos preços das criptomoedas nesta terça-feira, pouco havia mudado no preço do Bitcoin há semanas.

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O que olhar na semana

Investidores agora estão de olho em possíveis novos catalisadores de preço. As atenções recaem primeiro sobre a divulgação, na quinta-feira (27), do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos do último trimestre, de forma a avaliar o crescimento econômico e os prováveis efeitos da agressiva política monetária do Federal Reserve.

A expectativa atual é de que a economia tenha crescido 2,4% no terceiro trimestre – o que sugeriria que a atividade está crescendo, mas não de forma muito robusta. Consequentemente, isso significaria que os aumentos das taxas de juros do banco central dos EUA estão controlando a inflação sem estimular uma recessão acentuada.

Outro item que vale a pena monitorar é uma possível relação de mudança entre o dólar e o preço do BTC. Durante grande parte de 2022, o BTC e o índice do dólar (DXY) mantiveram uma relação inversa, com o DXY subindo enquanto o BTC negociava em baixa.

Recentemente, essa relação, medida pelo coeficiente de correlação, passou de -0,90, em setembro, para o nível atual de -0,54. O coeficiente de correlação mede a relação entre dois ativos e varia de 1 a -1. Uma leitura de 1 implica uma relação direta, enquanto -1 reflete o oposto.

Embora seja cedo para tomar uma posição definitiva, o DXY apresenta queda desde 27 de setembro, enquanto o BTC viu relativamente pouca alteração no mesmo período. Se DXY e BTC reverterem para uma relação de preço mais inversa, novas quedas no DXY podem levar a um movimento mais rápido de alta para o BTC.

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