Quanto tempo falta para o Bitcoin voltar a subir? Trader veterano Peter Brandt responde

Segundo famoso trader técnico americano, a criptomoeda ainda pode ir a US$ 13 mil, mas deverá disparar em seguida

CoinDesk

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O Bitcoin (BTC) está um marasmo, e provavelmente ficará assim até pelo menos o próximo ano e meio, mas voltará a subir depois disso rumo a novas máximas históricas, afirmou o veterano trader Peter Brandt, fundador e CEO da empresa trading Factor LLC, em entrevista ao CoinDesk nesta segunda-feira (24).

“Nós [vamos] ficar em movimentos curtos entre, digamos, US$ 17 mil e US$ 23 mil”, disse Brandt. “Acho que chegaremos ao fundo em algum momento, talvez no início do próximo ano, mas não creio que o Bitcoin realmente empolgue novamente por mais alguns anos”, ressaltou.

O preço do Bitcoin é negociado pouco acima dos US$ 19 mil neste começo de semana, e não supera os US$ 20 mil há mais de 15 dias.

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Trader técnico muito conceituado nos EUA, no mercado desde a década de 1970, Brandt prevê que levará 32 meses para que o BTC volte a atingir um novo recorde histórico. Até lá, ele espera que a criptomoeda ainda caia forte, para cerca de US$ 13 mil.

O preço do Bitcoin está sob pressão do aumento desenfreado dos juros nos Estados Unidos, destinados a conter a alta inflação deste ano. Traders e investidores de todos os mercados estão de olho na próxima reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (o banco central dos EUA), marcada para 2 novembro.

Com base em contratos futuros de fundos federais negociados na bolsa de derivativos de Chicago, Wall Street espera um quarto aumento consecutivo da taxa de juros de 75 pontos-base em novembro e, possivelmente, incrementos menores a partir de então.

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Brandt também espera um aumento de 75 pontos percentuais na próxima semana, porém projeta um novo reajuste de 75 bps na reunião seguinte, marcada para 14 de dezembro.

“Acho que o Fed sabe que a inflação é uma assassina”, disse ele. “O Fed precisa recuperar sua credibilidade. E, para fazer isso, acho que realmente precisa reduzir a inflação para pelo menos 4%”. A taxa de inflação anual mais recente dos EUA, medida em setembro, foi de 8,2%.

Reserva de valor

O Bitcoin tem sido visto como um ativo de “risco”, portanto se movendo segundo o apetite do mercado por risco. Mas, em meio à turbulência nas bolsas, o BTC passa por um momento histórico de baixa volatilidade – inclusive menor do que as ações.

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Enquanto isso, a correlação do BTC com o ouro, considerado um ativo de refúgio durante períodos de crise como o atual, atingiu seu nível mais alto em mais de um ano.

No entanto, afirma Brandt, o valor do Bitcoin deverá estar “separado do que qualquer coisa que o mercado faça”. “O Bitcoin será eventualmente correlacionado com o próprio Bitcoin”, disse ele. Segundo o especialista, apesar da narrativa de que o destino do Bitcoin está ligado ao apetite por risco do mercado, a criptomoeda será a “última reserva de valor” nos próximos 10 anos.

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