Binance e FTX estão entre interessados na compra da plataforma falida Voyager, dizem fontes

Colapso da Voyager foi um marco na crise do mercado de criptomoedas deste ano e, agora, alguns dos maiores players do setor querem comprar seus ativos

CoinDesk

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A plataforma cripto falida Voyager Digital, cujo pedido de falência agravou a crise do mercado de criptomoedas, está atraindo o interesse de alguns dos maiores players do setor, incluindo as exchanges Binance e FTX, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

A exchange norte-americana Coinbase também chegou a avaliar um acordo, mas desistiu, disse uma pessoa.

As ofertas para os ativos da Voyager vencem em 6 de setembro em um processo de venda que ocorre por meio de seu processo de falência. Caso seja necessário para escolher um vencedor, um leilão aconteceria em 29 de setembro.

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O token voyager (VGX), nativo da Voyager Digital, subiu mais de 40% depois que o CoinDesk publicou a notícia, de acordo com o agregador CoinMarketCap.

De acordo com uma apresentação dos advogados da empresa no início deste mês, pelo menos 22 investidores passaram por due diligence e indicaram seu interesse em licitar os ativos da Voyager. Dito isso, Binance, FTX e Coinbase provavelmente não são os únicos pretendentes.

A Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo, deseja comprar a Voyager, de acordo com fontes do setor que souberam do interesse da empresa. “A Binance está animada e perseguindo muito”, disse uma das pessoas. A exchange está “pressionando fortemente a compra institucional”, disse uma segunda pessoa.

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“Temos uma política de divulgar apenas negócios após a conclusão e não podemos confirmar ou negar quaisquer negócios em potencial”, disse um porta-voz da Binance.

Em uma entrevista ao jornal New York Times publicada na semana passada, o CEO da Binance, Changpeng Zhao, disse que a Voyager – assim como a Celsius Network, outro credor de criptomoedas em falência – se aproximou de sua empresa para discutir a venda de ativos. “Nossa equipe está envolvida em todas essas conversas”, disse ele na ocasião.

O mesmo acontece com a FTX, que fez publicamente uma oferta no mês passado que os advogados da Voyager rejeitaram. A empresa, contudo, continua na disputa, de acordo com uma pessoa com conhecimento direto dos planos da exchange de criptomoedas. Um porta-voz da FTX se recusou a comentar.

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No caso da Coinbase, o envolvimento foi na forma de uma possível parceria com a Callaway Capital Management, uma empresa sediada em Washington, D.C., especializada em ativos em dificuldades.

De acordo com uma pessoa com conhecimento direto do assunto, a Coinbase avaliou um possível plano de reestruturação para a Voyager, mas desistiu depois de concluir que “as finanças não batem”. Um porta-voz da Coinbase se recusou a comentar.

A Callaway não respondeu aos pedidos de comentários até o momento da publicação. Moelis, banco de investimentos da Voyager, também preferiu não comentar. Já o escritório de advocacia de falências da Voyager, Kirkland & Ellis, não respondeu a um pedido de comentário.

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Relembre o caso

O colapso da Voyager foi um dos principais momentos da crise de criptomoedas deste ano. A queda dos preços das criptos assustou os clientes de credores como a Voyager, levando a uma corrida bancária, pois muitos tentaram retirar seus fundos de uma só vez.

A Voyager interrompeu as retiradas e depois entrou com pedido de falência.

Isso transformou seus clientes – e os da Celsius – em credores da empresa no tribunal de falências, forçados a se alinhar com sofisticados advogados e financistas de reestruturação como participantes iniciantes em um processo para recuperar seus montantes investidos.

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